Page 46 - Telebrasil - Novembro/Dezembro 1999

Joõo Carlos Fonseca

INFRA-ESTRUTURA
INDUSTRIA

F o r n e c e d o r e s n a c i o n a i s T e l e r e d e s e m

d e f e n d e m s e u e s p a ç o f r a n c a a t i v i d a d e

- Hoje, no Brasil, fruto da to sobre Produtos Industriali­ ado local. As empreiteiras de rede aju­

desnacionalização, os bens e zados) e na certificação do tra­ Num caso agora histórico, a dam a construir o Brasil das te-

serviços são avaliados global - balhador nacional. Abecortel denunciou à im ­ lecomunicações. E o caso da

mente pelas empresas com­ - Trabalhadores estrangei- prensa e ao G overno que Teleredes.

D entre as obras em anda­
pradoras. Isto torna a coloca­ ros, como engenheiros ou téc­ um a operadora da Região

mento na empreiteira, Mauro
ção dos produtos de fornece­ nicos que aqui aportam, deve­ Centro Sul queria trazer 11

Villar Furtado, diretor-presi­
dores brasileiros, mesmo para riam ser onerados de alguma empreiteiras de rede de fora

dente, citou o contrato com a
produtos de média tecnologia, maneira, a fim de valorizar o e preterir as nacionais. Baixa­

Telefônica para a área regional
como antenas, muito mais di­ talento local existente e man­ da a poeira e no desfecho,

de São José dos

fícil, comentou o economista ter a reciprocidade com a le­ dentre as 48 firmas contrata­
Cam pos (SP).

Fernando G. de Almeida. gislação de outros países, ob­ das pela operadora, cinco vie­
Junto à Tele-

Segundo ele, para se tornar servou Pradal, acrescentando ram do exterior e o incidente
mar, a Teleredes

viável, “um produto nacional não ser contra o que vem de serviu para aproxim ar a
tem obras no

deve preencher, no mínimo, fora, mas que “defender o Abecortel da operadora.
Rio de Janeiro,

três condições: 1) escala de que é nosso é perfeitamente Em outra instância, em dois
Campos e São

produção no volume deseja­ legítimo”. estados do Nordeste, uma to­
Gonçalo e tam­

do pelo cliente; 2) preço in- A Portaria ri 155, que re­ mada de preços precisou da bém na Bahia. Mauro \£ Furtodo

ternacionalmentc competiti­ gulam enta os contratos de contratação de uma auditoria Com a Embra-
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vo; e 3) apresentar a qualifi­ concessão no tocante ao for­ da Anatei - que se quer vigi­ tel, a empreiteira atua na im­

bro/99 cação internacional correta”. bem intencionada, mas na prá­ lante - para verificar se não plantação de cabos ópticos.
necimento nacional, no enten­

der dos empresários, é muito
houve favorecimento, inde­
Já o engenheiro e consultor
A Teleredes fechou contrato

bro-dezem acha que a ação do Governo tica tem se revelada inócua. Até invisível do mercado existe, Doce para implantar 300 qui­
vido, a um grupo local. “A mão
H um berto C hagas Pradal
com a Companhia Vale do Rio

lômetros de fibras ópticas, na re­
para conseguir editais, com o
mas é preciso evitar que fi­
federal, na valorização do pro­
gião de Carajás, e tem contra­
que presa em cumbuca”, co­
objetivo de apresentar propos­
duto e da mão-de-obra naci­
novem onais, deve surgir sob forma tas, tem se revelado, cm certos mentou uma experiente rapo­ tos na área de telefonia nos es­

tados do Pará, Rondônia e Acre.
sa do setor.
casos, difícil para o empresari­
de incentivos do IPI (Impos-

Telebrasil R e s o l u ç ã o 1 5 5 / 9 9

d a A n a t e i a b r e m e r c a d o

— P e r s p e c t i v a -

A Resolução n° 155/99, da comprar algo. Acima de R$ 1 • A Intel, maior fabri­ • A Ericsson depois da par­

Anatei, regulamentou a com­ milhão, essa intenção terá que cante de microchips do ceria com a Qualcomm domi-

pra de bens e serviços prom o­ ser divulgada automaticamen­ m undo, ad q u iriu por na os padrões celulares

vida pelas prestadoras. Reple­ te na Internet, cinco dias úteis US$ 1,6 bilhão a D SP C D M A O ne e CDM A2000.

ta de boas intenções, ela pre­ antes do recebimento das pro­ Communications de Isra­ • Rege Romeu Scarabucci,

tende coibir conchavos — até postas. el, especializada em chips diretor da Asga, professor da

mesmo internacionais - entre Qualquer fornecedor parti­ e software para celulares. Unicamp e PhD por Stanford,

com prador-fornecedor. Sua cipante terá o direito de acessar ganhou o 44.° Prêmio Santista,

fonte são as cláusulas 15.8 e o resultado das cotações pro­ por seus trabalhos na área di­

9.8 dos contratos de concessão movidas pelas prestadoras, no gital. José Ellis Ripper, funda­

c dos termos de autorização, prazo máximo de 10 dias, a dor da Asga, ganhou o prêmio

celebrados pelo Governo fede­ partir da escolha do contrata­ em 1987.

ral com as operadoras. do e “com a devida motivação”. • Moysés Pluciennick, dire­

Agora fica assegurado ao for­ O fornecedor que se sentir tor-geral da Globocabo, é o

necedor saber que um a prejudicado terá 10 dias para novo presidente da Associa-

prestadora tem intenção de recorrer à Anatei.