Page 5 - Telebrasil - Novembro/Dezembro 1998

Opinião
P r i v a t i z a d o ,
e a g o r a ?
Telebrasil, no XXXVII Painel.em novembro, na Bahia,
A ente A opinião dos participantes foi unânime: um succs-
»bordou o tema acima, com um conteúdo bastante atra­
i)bser%amos a desenvoltura com que se conduziram, neste
tuin ;do "novo cenano*\ a Anatei e as novas operadoras.
Palestras brilhantes, projeções evtremamente confortáveis
sobre um futuro muito promissor, debates acalorados confir-
n iram o que já estávamos prevendo: um grande mercado a
explorar, crescimento a taxas anuais bastante expressivas, de
um lado; ação gerencial agressiva, de outro, para baixar os
preços de insumos e produtos.
Paltou apreciarmos as espelho", porque essas só virão a
v xMir em futuro próximo.
\ própria Telebrasil, de roupa nova, dançava com graça c
beleza, ocupando espaço, como se tudo se passasse ja de
longa epoca. coordenando as palestras, conduzindo os deba­
tes. proporcionando momentos de encontro so-
v.ul muito agradáveis.
Tudo isso pela graça c pelo axé ’ de uma
terra com alegria no ar e nas atitudes de um povo
educado, feliz e orgulhoso de seus encantos
Acorreram ao congresso importantes auto­
ridades municipais, estaduais e federais para
prestigiá-lo com suas presenças, parecendo até
que haviam imaginado previamente a favorável
repercussão do nosso evento
Os Fins de noite, como estavam agradáveis’
De improviso, sempre se arrranjava um local para
os nossos músicosí acho que já podemos tratá-
los dessa forma carinhosa, tantas têm sido suas
participações); sempre aparecia um garçom com bebidas, sem
pre tínhamos os cantores Chegamos a ter, sem a\ iso prévio e
sem organizar, mais de 100 pessoas participando das tertúlias
Havia, no meio de todo este estado de transferencia de
informações, cm alto astral, duas classes de associados que
não estavam, como ainda não estão, em condições de respon-
a pergunta-tema do Painel São os fabricantes e os presta-
*''res de serviços.
Desconfio seriamente que eles ainda estão tentando ima-
^nar o que fazer e cono fazer para participar deste processo
c°ni as novas operadoras.
f onio atuarão essas operadoras? Irão trabalhar com en­
genharia própria ou delinearão seus sistemas e os entrega-
rj° ao mercado para a produção?
Carece haver uma tendência moderna, nas operadoras, de sim-
P^mente operar, deixando de fazer a engenharia de especificar o
e°ntorno de cada produto e a forma dc agregá-los nos sistemas.
Joáo Ferreira Durão
Sc assim for. como serão instalados os produtos fabricados ’
trocadas pelo pessoal da operadora*7
Como serão mantidos'’ Na base de placas sobressalentes.
Há também uma tendência moderna dc manutenção, dile-
rente da tradicional a que estamos acostumados, onde se en­
trega a manutenção ao fabricante ou a um seu designado, pa­
gando a operadora um preço para manter o sistema dentro de
indicadores de desempenho, atualizando-o nas sucessivas ver­
sões e docum entando pelos m odernos processos
tecnológicos Será esta a linha de ação a ser traçada aos fabri­
cantes9 Quem irá fabricar9
Os fatores de escala de produção proporcionarão preços
baixos, capazes dc manter a acirrada competiçãoe deixar mar­
gem de lucro atrativa9
As redes que fazem chegar aos assinantes o equipamento.
como serão contratadas?
Permaneceremos com o modelo recente­
mente adotado pelo Sistema lelebrás. o “turn-
Os fatores de escala de
key", contratado a empreendedores que con­
tratarão prestadores de serviços para as redes ’
produção proporcionarão
Ou. caso negativo, como as empreiteiras se­
preços baixos, capazes rão contratadas * Hoje há o processo de par X
Km, Fibra X Km, em que a contratada fornece
de manter a acirrada tudo; há também o processo chamado UR (Uni­
dade dc Rede), em que a empreiteira fornece
competição e deixar mão-de-obra e alguns materiais especificados
no Manual dc Rede Externa (Mare).
margem de lucro atrativa? Será tudo assim, ou complctamcnte diferente?
Há uma tendência moderna, que consiste ma­
is ou menos em traçar algumas especificações
construtivas, algumas especificações dc desempenho orientadas
por indicadores de qualidade, e entregar tudo isso à prestadora
dc serx iço, pagando um preço para cumprimento das metas
Quem irá ser comprometido neste processo de prestação
de serviço ’
Estará a estrutura de preços compatível, biunivocamentc
com a boa prestação de serv iços e a tendência decrescente de
tarifas cobradas aos assinantes dos serviços ’
No Painel Telebrasil da Bahia, os fabricantes e os presta­
dores dc sen iço não obtiveram, no meu entendimento, res­
posta às suas indagações básicas, embora eu acredite que
eles tenham ficado empolgados e satisfeitas com os temas
apresentados, os debates e tudo o mais. Mas lhes faltou sua
resposta à pergunta: Privatização? E Agora?
João Ferreira Durão e superintendente da
Seile e vice-presidente da Telebrasil