Page 63 - Telebrasil - Janeiro/Fevereiro 1998

------------------ (RECURSOS HUM ANOS^-------------------
T e c n o l o g i a e e d u c a ç ã o
idar com a capacilação do re­
L cursos humanos no mundo
de hoje c uma larefa comple-
xa. Trecho que extraímos do
livro Gestão Estratégica - A Arte de
Vencer Desafios, dos amigos Eraido
Montenegro e (orge Dalledone. dá
uma boa idéia dessa complexidade:
As mudanças paradigmáticas sem­
pre afetaram posições consolidadas.
Os postos de trabalho criados sem­
pre exigem formas diferentes de
capacitação e dificilmente são su­
pridos por aqueles que ocupavam
os postos anteriores
mica do mercado de trabalho que
afeta o nível de emprego, principal-
mente quando o tempo de resposta
das entidades encarregadas pelo su­
primento de lais recursos é longo
Como lidar com esse dia-a-dia num
país como o nosso, com uma enor­
me carência educacional?
A dimensão da nossa carên­
cia pode ser medida pela quantida­
de de crianças e adolescentes anal­
fabetos: são 3.6 milhões 16.1% de
jovens brasileiros entre 11 e 17
anos. No (apáo. 99% dos jovens che­
gam ao 2o Grau. enquanto no Brasil
apenas 39% deles alcançam essa eta­
pa. Estamos abaixo da média mun­
dial. que é de 54%.
A tecnologia, que nada mais
é do que a arte do fazer diferente,
produz ferramentas indispensáveis
para lidar com tal realidade. Em
primeiro lugar, ela promove o aces­
so da população às fontes de conhe­
cimento. o que tende a ser irrestrito,
como. por exemplo, no caso da te­
levisão. No entanto, nem sempre o
acesso ao conhecimento é o proble­
ma Existe também a dificuldade de
acesso aos recursos financeiros
parte da população pobre. E ai t;
bem as soluções tecnológicas ï
cionam. como foi o caso da Esc
Santa Cecília, no Ceará, que Iam
uma página na Internet estimul
1 0 Parceiros para a "adoção virti
* '¦ seus 33 alunos, todos provi
?mes de famílias de baixa renda
mirro de Pirambu. periferia de 1
•' e/a Cada criança custa à esc
s 24 e as adoções podem ser
,ls 0,11 dinheiro, em materiais es
José Luiz Valle
lares ou mesmo cm serviços pres­
tados à comunidade
O Brasil encontra-se. hoje,
num impasse histórico, gerado pola
globalização: ou investe em educa­
ção e eleva o nivel básico da popu­
lação. ou estaremos fora do bonde
da história.
Mas, voltemos ao tema mer­
cado de trabalho, em que a especia­
lização da mão-de-obra garante por
si só melhor qualidade dos produ­
tos. fator indispensável à competi­
tividade global. Nesse caso. a mes­
E essa dinâ­ ma tecnologia que apoia e incre­
menta o processo produtivo pode­
rá ser utilizada no desenvolvimen­
to dos recursos humanos.
Vejamos o computador. Tra­
ta-se de uma máquina que revolu­
cionou a forma de o homem ganhar
dinheiro. Tal afirmação, embora ver­
dadeira não reflete o poder que
essas máquinas têm nos dias de ho­
je. Elas não alcançam apenas o
mundo dos negócios: estão num a-
celerado processo para transforma­
rem-se num objeto pessoal impres­
cindível ao dia-a-dia de cada um. Ê
um poder que confere ao computa­
dor a imagem da caixa de pandora
dos tempos contemporâneos Hoje
não poderiamos pensar em capaci­
tação continuada sem tal dispositi­
vo. que permite que se adeque a for­
ma e a carga de treinamento às con­
dições e capacidade do treinando.
Vejamos os meios de teleco­
municações Cada vez mais eles per­
mitem o acesso das instituições as
fontes de conhecimento, seja pela
capilaridade das redes, e aqui não
poderiamos deixar de citar a Inter­
net. seja pela sua real capacidade de
trafegar simultaneamente sinais dis­
tintos de fontes variadas e dispersas.
Não poderiamos conceber qualquer
instituição, por menor que seja. to­
talmente isolada, sem estar ao me­
nos interligada por uma linha tele­
fónica à sua comunidade de inte­
resse. e isto cm princípio basta para
prover sua capacitação.
losr L u u Volle, enfrnheirv. > in n iib m
Conselho Fdrtonal da U n ista TELCBfíÁSIL
r diretor executivo da M arketruinning.
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