Page 47 - Telebrasil - Setembro/Outubro 1997

marketing, vê no uso rural do Iridium
“capatazes que queiram se comunicar
cornos proprietários de fazendas".
Por ora, o Iridium tem licença do
governo brasileiro para operar experi­
mentalmente. Na Venezuela a licença
já foi conseguida, na Colombia foi apro­
vada, no Chile tem normas publicadas
e na Argentina as negociações estão
avançadas.
ICO A ICO Communications foi fun­
dada em 1995 como uma empresa pri­
vada global para fornecer serviços de
comunicações pessoais móveis globais
via satélite. O primeiro lançamento da
ICO está programado para 1998. disse
José Morais, diretor
regional técnico da
ICO para a América
Latina, explicando que
os serviços mundiais
previstos pela IC O ea
telefonia móvel celular
são complementares.
O capital circu­
lante da ICO é de US$
1.5 bilhão angariados
pela subscrição de
ações de 47 investi­
dores dentre os quais
contam-se operadores,
como os PTTs suíços,
as Telccomunicaci •
ones de M éxico, a
Telefónica dc Espanha
efornecedores de tec­
nologia com o
HughesTelecommuni-
cations& Space Com­
panha T-Mobil alemã
e a Morsviazsputnik
russa.
No Brasil, há planos da Portugal
Telecom (51 % estatal c no futuro 26%
golden share) para montar um con
sórcio — não vai ser com a Tclebrás
— para a distribuição dos serviços da
ICO, disse à TELEBRASIL, Eliseu
Crespo, diretor de novos negócios da
operadora lusa.
A ICO tem sede em I xmdres e es­
critórios sendo abertos cm diversas
partes do mundo. C) segmento espacial
da ICO compreende 10 satélites big
Mcos, situados cm dois planos orbitais,
inclinados a 45% e localizados a
10.355 km de altura. Cada satélite per­
correrá sua órbita em seis horas c
apontará 163 feixes concentrados para
o solo. Os Meos. por estarem mais alto, os terminais.
introduzem um retardo de 200 ms na Os serviços diretos para o satélite
comunicação, mas estão sujeitos a me­ vão operar na faixa S (1,9/2,2 GHz) e
nos hcind-offe sua constelação é me­ os enlaces com a Iconet, na faixa C
nor — vale dizer mais barata — do (7,0/5,1 GHz), com retardo limitado a
que os Leos. 200ms. A ICO atingirá clientes através
O segmento espacial atingirá equi­ de parceiros de serviço e de varejistas
pamentos móveis portáteis em qual­ nacionais, como operadores de PCS,
quer lugar do mundo bem como veícu­ celular e de serviços de valor agre­
los, aeronaves e embarcações em mo­ gado.
vi mento. O segmento terrestre com­
preende 12 nós de acesso ao satélite Globalstar A Globalstar tem corno lí­
— nos EUA, Brasil, Chile, México, der a Spacesystem/Loral, que conta
África do Sul, Alemanha, índia. China, com três blocos de parceiros: empresas
Coréia e Indonésia — que formam a estratégicas como Aerospaciale,
Iconct. interligada a redes públicas de Daimler-Benz e Alenia; exploradoras
dados, voz e de serviços móveis. Os do sistema, como AirTouch, Vodafone,
France Telecom ; e
fornecedores de
tecnologia com o
Qualcomm (CDMA).
Hyundai e Alcatel.
Segundo Ricardo
Albuquerque Maio,
diretor de marketing,
para a Globalstar no
Brasil — a empresa é
a Brasilstar, de Nasci­
mento Brito, do Jornal
do Brasil — o sistema
vai enfocar a expansão
dos serviços fixos para
as áreas rurais e se de­
dicar a uma rede mun­
dial de fax e paging.
Os primeiros artefa­
tos serão lançados ain­
a da este ano e o sistema
estará operacional em
( elular, satélite e computador é um trio meados do ano que
imbatívcl em qualquer ponto do globo vem.
O sistema Global­
terminais pessoais serão duais para star se vale de rede de gateway e re­
operar com satélite e com redes celula- des terrestres, além de uma constela­
res/PCS e de tecnologias diversas ção de 48 satélites big Leos situados
comoTDM A ou CDMA. em oito planos, a 1.400 km de altura,
O fornecimento dos satélites e da cobrindo latitudes dc 70°ecircundando
telemetria para a 1('() está a cargo da o globo a cada 114 minutos. O Brasil
1 Iughes Space & Communications, já vai contar com quatro gateways - em
no 24° de implementação. Os veículos Presidente Prudente, Montes Claros,
lançadores incluem os norte-america­ Terezina e Amazônia - ligados aos sa­
nos Atlas II A, Delta II; o russo Proton; télites, e com processamento em terra.
e o internacional Zenith Sea Launch. "A tecnologia CDMA (code divi-
Os nós de acesso e os centros dc sion multiple access), com diver­
gestão de rede da Iconct correm por sidade de espaço e a estrutura simples
conta da NEC, Hughes Network do sistema, vai tornar o custo do minuto
System s e Ericsson. O centro de econômico", disse Ricardo Maio.
controle dos satélites fica em Londres Contratos firmados na Europa darão
e o de gerenciamento da rede, no uma cobertura Globalstar para as
Japão. NEC' e Mitsubishi vão prover operadoras locais.