Page 18 - Telebrasil - Julho/Agosto 1997

POLÍTICA a NEGÓCIOS
C o n g r e s s o i n t e r n a c i o n a l a n a l i s a
C o l a b o r a ç ã o : A n a
om o tema central “Competindo
na Era da Tecnologia da Infor­
mação”, o VII Congresso Inter­
nacional de Automação Bancá­
ria, ocorrido no mês de junho, em São
Paulo, promoveu uma profunda análi­
se sobre as mudanças que estão acon­
tecendo no setor bancário, decorrentes
das novas tecnologias de automação.
Num ambiente de estabilidade da
moeda e de maior integração do Brasil
à economia internacional, elas são fer­
ramentas que promovem a compe­
titividade e o aumento de oferta de ser­
viços, com menor custo e mais quali­
dade.
Para o presidente da Federação
Brasileira das Associações dos
Bancos (Febraban), Roberto Se­
túbal, os serviços e o atendimento
bancários estão, cada vez mais, con­
dicionados a essas tecnologias, o
que requer uma atualização cons­
tante. “O sucesso dependerá consi­
deravelmente das opções adotadas
e do volume de investimentos em
tecnologia”, prevê.
O evento propiciou aos cerca de
500 participantes do setor, o debate de
todas estas questões que, segundo con­
siderações feitas por Setúbal, “são vi­
tais para o futuro do sistema financei­
ro”. Ocorrendo paralelamente ao con­
gresso, a VII Exposição de Equipamen­
tos, Produtos e Serviços de Automação
Bancária reuniu 45 expositores e re­
cebeu cerca de 6 mil visitantes duran­
te os três dias do evento.
Aperfeiçoamento
“As tecnologias emergentes, a exem­
plo da Internet e dos recursos de
multimídia, estão contribuindo de for­
ma radical para as mudanças atuais,
criando novos mercados e reorganizan­
do o trabalho nas empresas.
a s m u d a n ç a s q u e e s t ã o o c o r r e n d o n o s e t o r b a n c á r io .
A questão é como utilizá-las da me­ mais fácil o acesso aos serviços fi­
M a r i a O l i v e i r a O I i v a
lhor maneira para obter mais qualida­ nanceiros, independentemente do horá­
de em benefício de clientes e usuári­ rio de expediente de atendimento ao pú­
os...”, reflete Eduardo Conde, diretor blico dos postos e agências.
Setorial de Automação Bancária da Uma pesquisa realizada junto a 128
Febraban. No texto de apresentação do bancos múltiplos e comerciais, respon­
evento aos congressistas, ele enfatizou sáveis por 96,6% da rede de agências
que as empresas voltadas para o mer­ e 92,14% dos funcionários, apontou o
cado deverão buscar o aperfeiçoamen­ seguinte resultado: cerca de 28 milhões
to contínuo que a tecnologia propicia e de clientes detentores de 70% das con­
procurar diferenciais para atender seus tas correntes acessam seus bancos por
clientes. intermédio de telefones e computado­
Norteado por essas premissas, o res.
evento debateu, entre outros assuntos, As Unidades de Resposta Audível
a utilização de canais alternativos, des­ (URA) permitem em média40 milhões/
tacando a presença dos bancos na mês de consultas automáticas viatele-
Internet, a potência do banco virtual e fone/computador, e a prestação de ser­
os aspectos relacionados com seguran­ viços bancários pela conexão de com­
putadores pessoais, em escritórios
e residências (home banking/office
banking) atende a mais de 1,4 mi­
lhão de clientes, sendo um milhão
de pessoas físicas.
Os 234 bancos do País — 160
6.15°/.
privados nacionais, 41 privados es­
trangeiros e 33 públicos — man­
têm 16.484 agências e 9.229 pos­
tos para atendimento a clientes e
usuários, sendo que 86% já estão
conectados on-line e 72% on-line/
real time.
ça. Da pauta constou também o deba­ Em 1996, os bancos realizaram mais
te das tecnologias emergentes, como o de 11,5 bilhões de lançamentos em con­
smart card, data warehouse e dabase tas correntes. A compensação bancá­
marketing e como el as afetarão o setor ria processou 3 ,1 bilhões de cheques e
financeiro. 488 milhões de bloqueios de cobrança
para atender às necessidades de paga­
Investimentos mentos e recebimentos dos clientes.
Segundos dados da Febraban, os inves­ Quase 50 milhões de clientes utili­
timentos em tecnologia de informática zam cartões para realizar cerca de 458
e de telecomunicações, em 1996, não transações (média mensal) entre reti­
foram pequenos: chegaram a R$1,5 radas de dinheiro, transferências entre
bilhão. Com isso, possibilitaram au­ contas, consultas de daldos e aplicações
mentar a oferta dos sistemas de auto- financeiras. O uso crescente de cartões
atendimento por meio de equipamen­ permitiu uma redução na emissão de
tos remotos, plataformas de retaguar­ 1,3 bilhão de cheques em relação a
da, telefonia e microcomputadores in­ 1993. O volume de cheques compen­
terligados aos sistemas dos bancos. sados diminuiu de 4,4 bilhões em 1993
Esses equipamentos tornam cada vez para 3,1 bilhões em 1996. T