Page 42 - Telebrasil - Maio/Junho 1996
P. 42
o tráfego Internet”. Nos EUA o pro
blema, hoje não é mais de acesso à
Internet sim da velocidade dos Internet
backbones que migram de 45 para
150 Mbit/s, disse João Lisun, do pode
Chase Manhattan Bank. Alertou Sér
gio Paiva, do planejamento daTelesp, entupir o
que é preciso encontrar uma solução
para a Internet e num momento em Sistema
que é preciso investir para atender às
metas do planejamento setorial PAS
TE.
Surgiu nos debates do Painel que
de acesso sua ligação ao backbone e
haveria certa incongruência no fato
mais uma taxa (para o IP dedica
da RNP atuar comercialmente e ao
do). No entender de Dílio Penedo, a
mesmo tempo se privilegiar de um
desconto que os demais backbones Internet representa uma quebra
não possuem. No Brasil, o tráfego tecnológica do que até agora existe.
“E uma mudança de paradigma e é
Internet vai ter aos backbones comer De Lima: acesso a Internet nao
ciais da Embratel, da Rede Nacional preciso saber mudar”, concordou é problema
de Pesquisas (RNP) e da iniciativa José Luiz Ribeiro F°, para quem as
privada. Os usuários da RNP gozam telecomunicações passaram a ser um TCs que “tem procurado resolver
de 50% de desconto em suas cone novo tipo de commodities. mais problemas de natureza política,
xões. Em resposta, argumentou José Para Antonio Luiz Mesquita, da do que os referentes às telecomunica
Luiz Ribeiro F°, da UFRJ, que o ob Insync, a cultura Internet, muito mais ções”. Em tom semelhante, o ex-pre-
jetivo da RNP é dar suporte ao meio voltada para a comercialização, é sidente da Telebrás, José de Alen-
acadêmico e a iniciativas como a distinta da cultura clássica dos ser castro e Silva, disse que “serviço pú
Universidade Solidária, VoxNet, vol viços de TCs num ambiente de mo blico é tarifa, coisa que a administra
tada para o deficiente visual. nopólio e de extrema regulamenta ção brasileira não aprendeu” e que
O custo de uma ligação, via Inter ção. “Com a Internet, vão surgir até esta prefere utilizar tarifas “para os
net, é realmente baixo. O usuário deslocamentos de profissões”, obser ajustes macroeconômicos do País”.
paga um ligação local e o provedor vou o empresário. Luiz Paulo Veiga — “Para o futuro a Internet pode
Pereira, da Telebrás, achou que a vira representar uma armadilha e vai
Tclebrás e suas operadoras precisam ter que apresentar um serviço de me
competir, o que será salutar para to lhor qualidade que o atual. Novos
dos”. Ele explicou que o Comitê protocolos terão que ser utilizados nos
Gestor da Internet-CGl, da qual a backbones e daí os serviços da
Telebrás é parte, tende a estabele Internet podem não ficar tão baratos
cer um código de acesso (300) único assim”, prognosticou Freddy Van
para a Internet. Laer, da Ericsson.
Segundo lembrou Marco Aurélio Roberto Lima, gerente geral da
de Almeida, presidente da Qual- Equitel, achou que o atual problema
comm, e diretor da Telebrasil, os ser do acesso à rede Internet tem solução
viços da Internet são de cunho digi como pelo uso de estágios de comu
tal, ao passo que os acessos telefô tação de linha remota, ligados á cen
nicos são ainda, em grande parte tral mãe por enlaces a 2 Mbit/s. A
analógicos. Com a digitalização da Equitel tem contratos de fornecimen
rede, tarifas vão cair inexora to de rede digital de serviços integra
velmente, previu o executivo. dos com a Telern, Telemig e Telesc e
O ângulo das tarifas foi abordado Teleceará. Nesta última, já ocorreram
pelo ex-ministro das comunicações, experiências RDSI entre duas cen
Euclides Quandt de Oliveira, ao afir trais. A Embratel vai viabilizar a si
mar que “inexiste no País uma ver nalização ISUP (ISDN User Point) e
dadeira política tarifária para os ser já há clientes interessados. Faltam, no
Mendonça: Telesp testa tecnologia viços de telecomunicações”. Ele ain entanto, tarifas para o serviço RDSI
de ponta ADSL da criticou a gestão superior das que estão sendo estudadas. V