Page 19 - Telebrasil - Maio/Junho 1996

tecnologia celular em 800 MHz e outra multiline para empresas, hotéis, con­

do DECT (Digital Enhanced Celular domínios e regiões de alta densidade de

Telephony), na faixa de 1,9 GHz. tráfego, com até 95 linhas de assinantes

Joecir Susin, gerente de vendas do e 16 transceptores celulares, padrão

w
celular fixo. destacou o sistema CMS TDMA (IS-54 rev.B).

8800, como a solução rádio oferecida Helder Souto Santos, gerente de

pela Ericsson para terminais fixos e que produto, mostrou a solução DRA

adota a mesma estrutura do celular 1900 (Digital Radio Access), especi-

analógico AMPS (Advanced Mobile fícamente projetada para RLL (Radio

Phone System) ou sua versão digital in the Local Loop) pela Ericsson e

DAMPS. Ele observou que o rádio que tem como base o padrão europeu

celular fixo não é destinado apenas ao microcelular DECT. Este padrão foi

uso rural e em regiões de baixa densidade desenvolvido para dar cobertura local

e sim também para uso urbano, com a à telefonia sem fio, em suas diversas Susin: "dispomos mais de uma

adoção de estrutura hierárquica de modalidades, e é baseado no acesso solução para o enlace local Wireless

macro, micro e picocélulas. TDMA (Time D ivision M ultiple

nós de acesso DECT (DAN), cada um
O sistema CMS 8800 suporta vários A ccessjU D D (Time Division Du­

tipos de terminais, variando do modelo plex) com codificação de voz a 32 com seis estações radio-base, pre-

singleline para uso individual, ao Kbit/s. O DRA 1900 já é comer­ configuradas para serem montadas em

cializado na Europa e opera na banda telhados ou em mastros e dando

de 1,88 a 1,9 GHz. cobertura omnidirecional; e unidade de

Para a expansão RLL, com o padrão acesso fixo (FAU) que ficam na casa

do cliente e apontam para a DAN. A
DECT, não há necessidade de repla-

nejar freqüências, bastando acres­ ligação da controladora com a central

centar novas estações rádio base. O telefônica local e com a estação radio-

custo por terminal é mantido baixo, base ocorre a 2 Mbit s, equivalentes a

numa ampla faixa de densidades de 60 canais de voz ADPCM (Adaptaiive

assinantes e uma instalação DECT Diferencial Pulse Code Modulation).

pode ser feita em apenas nove ao invés Do ponto de vista sistêmico, uma

dos vinte e um meses de uma rede DAN suporta cerca de 400 assinantes.

tradicional. Unidades repetidoras (C oxerage

O DRA 1900 tem como elementos: Enhacement Units) permitem estender
Adelino: “temos todo tipo de

tecnologia para as aplicações sem fio ” controladoras dos nós rádio (RNC): a cobertura da DAN a regiões de
sombras rádio. Uma unidade deno­

minada FRU (Fixed Repeater Lnit)

conjuga o acesso fixo da FAU com a

Multiple Access) e íMPS O sinal de implantação e planos de comer­ mobilidade do telefone residencial sem

voz ( DMA dotado de Vocoder de 13 cialização. " fio. Para o futuro, a mobilidade do

Kbit/s tem qualidade de 4.0, avaliada Javier Romeu, da Motorola, centrou telefone residencial sem fio poderá ser

pelo teste MOS(Mean Opinion Score), sua palestra nas necessidades do usu­ estendida ao pedestre que vai para à

e equivale ao da rede f ixa de alta qua­ ário final de comunicações que quer farmácia da esquina, via microcélula.

lidade. I ma rede com base no acesso encontrar na comunicações sem fio. Empresas européias como Ericsson,

CD MA permite serviços de telefonia, a mesma qualidade encontrada na Alcatel, Equitel, Philips e Nokia são

comunicação de dados, fax e de bus- comunicação wireline e a preços mais fornecedores de terminais DECT e têm

ca-a-pessoa e evolui para as aplica­ baratos. Ele defendeu a tecnologia produtos diferenciados para operar na

ções de RDSl, vídeo e multimídia, além CDMA para o enlace local do assi­ faixa do PCS (Personnal Communi­

de oferecer privacidade inerente a seu nante como dando cobertura no ter­ cations System) norte-americano.

sistema de codificação. reno com muito menos células do que

“E nos países médios que resi­ os sistemas AMPS ou TDMA. A solução PHS

dem as melhores oportunidades da tec­ Ao comparar o padrão DECT com Em sua apresentação, Paulo Hideshi

nologia (DMA, em aplicações WL1 o ( DMA. para aplicações em rede Ogato, da divisão de tecnologia da

(Wirelcss Local Loop), para aumen­ externa Javier Romeu disse que o NEC do Brasil, mostrou que cabos de

tarem sua densidade telefônica As ( DMA é superior devido ao tipo de pares, coaxias, fibras ópticas e rádio

nações ricas já estão ''cabeadas " e as recepção Rake que integra sinais podem, em várias arquiteturas. levar o

pobres não tem recursos para investir. advindos por diversos caminhos, além sinal ao usuário fixo ou ainda até uma

Mas há que se lançar editais e alocar de apresentar maior eficiência es­ estação radio-base que então perfaz

logo frequências para WLL. na faixa pectral. Ele mostrou que na cidade de uma irradiação local.

de !,85 a 1,99 GHz. de conformidade São Paulo, a tecnologia ( DMA per­ Ele observou, didaticamente, que

com a proposta norte-americana para mite alcançar até 3,9 milhões de usu­ WLL (Wireless Local Loop). RLL

PCS feita na ( itel e apoiada pelo Bra­ ários Javier Romeu ainda defendeu (Radio Local Loop) e celular fixo são

sil", disse Rafael Steinhäuser O exe­ a alocação de duas suh-faixas da te­ denominações equivalentes e dis­

cutivo da Qualcomm concluiu com lefonia P( S para uso em telefonia ce­ tinguiu o PCN (Personnal Commu­

drama tu o apelo para maiores defini­ lular fixa e sugeriu que o espectro seja nications bíetwork) europeu, o PC S

ções na área do W! L, por parte da outorgado gratuitamente ao operador (Personnal Communications Servi­

administração brasileira ' faltam para não onerar o custo do serviço ces) norte-americano e japonês e o

tarifas padrões a adotai locais de para o usuário final, PI IS (Personnal Handy phone Sys­

tem) do Japão como soluções rádio