Page 41 - Telebrasil - Janeiro/Fevereiro 1996

e oxigênio líquido da Pratt & Whitney,
que é a mesma empresa das turbinas
de aviões a jato. A Honeywell é a
responsável pelos sistemas de nave­
gação inercial e a Gulton pelos sistemas
de digitais de aquisição de dados. Os
norte-americanos ainda contam com a
McDonnel Douglas com seu foguete
Delta II que utiliza a base da força aérea
Vandenberg, na California, para alguns
de seus lançamentos.
A tecnologia básica do Proton, com
o uso de propelentes líquidos, vem
sendo aperfeiçoada pelos russos,
desde da década de 60. Em 1965. foi
lançado o prim eiro Proton, um
modelo ‘D” de dois estágios, que
evoluiu para versões de três (SL-13)
e quatro estágios (SL-12), ainda em
uso. O Proton pode colocar até 3.9
toneladas em órbita geo-estacionária
de transferência, com inclinação de 7o.
Também é capaz de inserir 2,1
toneladas, diretamente, em órbita geo-
estacionária. Em órbitas mais baixas
(Leos), com inclinação tie 5 Io. o Pro­
ton consegue posicionar cargas úteis
de até 20 toneladas. Ele é o mais
possante foguete russo para missões,
sem gente a bordo, até que o super
foguete Energia se torne operacional.
Os estágios mais baixos do Pro­
ton funcionam com a exótica mistura
de tetróxidode nitrogênio combinado
com dimetilhidra/ine. O primeiro
estágio é facilmente identificado por
constituir um tanque central, cercado
por seis tanques de combustível. O
quarto estágio do Proton, também de
combustível líquido, tem um sistema
de pilotagem independente de re­
dundância tripla e pode ser aceso de
terra, até um total de sete vezes du­
rante o voo. Se tamanho lor docu­
mento, o comprimento de 57 metros
do Proton é maior que o do Atlas
ou do foguete Arianc.
Europeus
A Arianespace representa o esIorço
europeu, liderado pela França, para
lançamento de satélites, valendo-se
de sua base de lançamentos em
Kourou, na Giiiana Francesa.
Mais de trinta artefatos Ariane-4
serão responsáveis p o r colocar cerca
d e 5 0 s a t é l i t e s e m ó r b i t a ,
d e 9 6 , a n o e m q u e d e v e r á c o m
e x p l o r a ç ã o c o m e r c i a l d o A r i a n n e
A o r g a n i z a ç ã o A r i a n e s p a c e
d e 5 0 a c i o n i s t a s r e p r e s e n t a n d o o s
r e c u r s o s t é c n i c o s , f i n a n c e i r o s , c i e n ­
t í f i c o s e p o l í t i c o s d e d o / e n a ç õ e s
europeias.
Lançador europeu, Anane 5, largando a coifa, antes de injetar
um satélite em orbita.
Na base de sua formação, a em­ órbita geo-estacionária de transfe­
presa contou com a Agência Espacial rência até 4,7 toneladas de carga útil.
Europeia (ISA ) e com Agência O próximo passo da Arianespace
Espacial Nacional Francesa (CNI S) leva o nome de Ariane 5 Desenvol-
que, desde 1973. se dedicavam a \ ido desde 1987, este novo lançador
desenvolvei um lançadoi espacial. de dois estágios estará habilitado,
( 'nada em 1980, como companhia ainda este ano, a colocar em órbita
comercial para o transporte espacial, até 6,8 toneladas ou 5,9 tonela­
a Arianespace colocou em órbita d as, no caso de lançamento dual
cm 1984. com um lançador Ariane com dois satélites e até 20 tone­
1. o seu primeiro satélite um ladas. para sistemas em órbitas bai­
ai tefato Spacenel para a Ci.T.H norte- xas. Novas facilidades foram pre­
americana. A organização, agora, vistas em Kouru para os lançamentos
começa a sentir a pressão dos do Ariane 5 que mede 51 metros e
lançadores chineses e da aliança conjuga um estágio criogênico com
russo-norte-americana cujos baixos motores de estado sólido. Os líderes
preços de lançamento oferecidos industriais do projeto são as em­
resultam, no seu entender, de subsí­ presas européias Aerospatiale, Sep
dios governamentais e de máquinas (Sneema), Dasa. Fiat, Matra,
militares transformadas para uso Marconi Space, Oerlikon. Contraves,
civil, segundo afirmaram seus altos Europropulsion, Snpc, Man.
executivos, durante a Telecom 95, O limite para consórcios e novos
negócios é a imaginação. Norte-
em Genebra. americanos, russos e escandinavos
O ano de 1984 ainda marcou o
lançamento de dois satélites, via se uniram em parceria para efetuar
Ariane 3 e o de 1988 de três artefatos, lançamentos de satélites de uma
com um Ariane 4. No ano seguinte, plataforma, no mar, tendo um navio
confiante com o sucesso alcançado, como suporte de comando. São
a Arianespace encomendou para a membros integrantes da Sea Launch
— este é o nome do consórcio — a
indústria européia um total de 50 Boeing dos EUA, os estaleiros
lançadores, Ariane 4. Nos últimos
a t é o f i n a l noruegueses Kvaerner e os fabri­
seis anos, a Arianespace, que em­
e ç a r a cantes russos de foguetes da RSC
prega cerca de 15 mil pessoas, se
5 . Energia e ucranianos da NPO-
orgulha de ter colocado em órbita, a
t e m m a i s Yuzhoye. Segundo planos da Sea
média de um satélite a cada mês. O
Launch. plataforma e navio ficarão
foguete de três estágios Ariane 4,
fundeados na Califórnia e irão ao mar
dotado de boosters de propelentes
para os necessários lançamentos
líquido e sólido, pode colocar em
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