Page 29 - Telebrasil - Janeiro/Fevereiro 1996
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Mas apesar de esforços heróicos —
como as maletas tipo 007 para uso
com o Inmarsat — o serviço móvel,
via satélite geo-estaeionário. não
conseguiu decolar. O terminal de
monstrou-se caro e sua portabilidade
duvidosa. Dois fatores, porém,
criaram um clima favorável ao
surgimento de Leos e Meos.
Um deles, foi a expansão espeta
cular sofrida pelas comunicações
celulares, embora nem toda locali
dade justifique o custo de ser coberto
por uma radio-célula. Leos e Meos
encontraram um nicho de mercado
ao complementar o sistema celular
terrestre. O outro fator, foi a tecno
logia da indústria bélico-espacial que
encontrou nos Leos e Meos um aque
cimento. ao declinar a "Guerra fria".
?
Orbitas, média ( 10 mil km )e baixa
(1.4 mil km) — janelas altimétricas
que escapam às radiações de Van
Allen — para uso com satélites de
comunicações, estão ficando na or
dem do dia. C onjugadas com o uso
de novas bandas de frequências, os
Leos ilow luirth orhit satcllitcs) e
Meos (médium earth orhit satellites)
vào permiti! serviços de coimmi
cações, onde antes eles nfio eram
economicamente viável, fim termos
práticos, a verdadeira revolução, já
tra/ida pelo terminal celular, será
ampliada pelo uso de fieos e Meos.
podendo o aparelho celulai satélite
Os satélites geo estacionários (Geos), como o Intelsat VIII na foto,
falar de qualquer parte do mundo,
nêo s. io adaptados pars as comunicações móveis.
haja ou nào uma estação rádio-base
celular, por perto.
Geos A título de exemplo, pode ser a transmissão digital, compressão de
A tecnologia dos satélites geo esta lado o novo modelo I1S 702 para sinais, feixes dirigidos (spot beams)
eionários. desde do lançamento dos o geo estacionái io que a Hughes e ilcsenvolvimento das faixas de 20
pioneiros Syneom I e II (1%3) e >ace & Communications pretende e 30 MH/. Televisão e audio são o
Pássaro Madrugador (I% 5). tem nçar em I98S. O 1 IS 702 terá es- outro grande mercado dos satélites
evoluído sensivelmente. Lançadores, bili/ação tri axial, controle térmico geo-estacionários. Segundo a I ,sa
dotados de mais empuxo, consegui sistema de propulsão utilizando uma espécie de Nasa européia —
ram colocar cada ve/ mais transpon :non. e a previsao de sua vida litil as tendências futuras são para a
ders (repetidores de sinais), em órbita ile quin/e anos. Com peso de até introdução da televisão digital de alta
6 t, a estrutura MS 702 pode su- definição, compressão de tevê, uso
síncrona sobre o Equador. O uso de
frequências mais altas (banda Ku) e )rtar até 90 transponders e tem da banda Ka para expandir a faixa e
de sinais mais possantes, facultou lulas solares de arsenieto de gálio a introdução da difusão digital de
baterias de niquel-hidrogênio, ga- aúdio. com qualidade de CD, para
que os lares do mundo pudessem
captar sinais de televisão, apontando niindo potência dc 10 Kv\ para os usuários móveis.
uipamentos eletrônicos. Tudo isso, A European Space Agency - Esa
uma superfície parabólica, nào maior
m longe do primeiro Intelsat I começou a desenvolver satélites em
que uma bacia, para o céu. fi novos 1968 e hoje representa o esforço
sistemas de antenas permitiram aos arly Bird) que pesava 68 quilos e
suportava um canal de tevê. espacial de quatorze países-mem
artefatos concentrar, em terra, feixes
Os uso dos satélites de comunica bros, valendo-se de um orçamento
de sinais, onde mais demandados. A
o geo--estacionários começou com anual dc US$7 bilhões. Voltada para
vtda útil do satélite uma função
rviços fixos e com terminais Vsat o futuro, uma das atuais preocupa
do combustível gasto para manter o ções da instituição é a comunicação
geo posicionamento c do desgaste f'/ v stncill (tperture terminais). fiste entre artefatos e para missões em
dos componentes eletrônicos um mercado que continua eres
ndoa 159É ao ano e se move rumo plataformas no espaço. Nesse sen-
também cresceu.