Page 64 - Telebrasil - Janeiro/Fevereiro 1995

Modernização de
cen trais é
prioridade em 95
Com o objetivo de descongestionar as
linhas telefônicas do Rio de Janeiro, a
Teleij adotou como prioridade para 1995,
a substituição das antigas centrais rotati­
vas por cerca de 240 mil novos terminais
digitais. O anúncio foi feito pelo seu novo
presidente, Edilberlo Braga. Bairros com
excesso de linhas, como Copacabana.
Ipanema, Tijuca e Flamengo, serão ini­
cialmente os mais beneficiados. “Vamos
investir cerca de USS 150 milhões na
modernização", informou o presidente,
acrescentando que o investimento total
previsto para todo o ano, nos diversos
setores da empresa é de USS 570 mi­
lhões.
Com a finalidade de enfrentar o
crescimento da demanda, provocado pelo
Plano Real, a Companhia Telefônica do
Brasil (.'entrai (CI BC)
ra privada de telecomunicações do País
anunciou sua intenção de investir nada
menos que US$ 42 milhões ao longo
deste ano. A maior parle dos recursos
será aplicada na ampliação da telefonia
móvel celular do Triângulo Mineiro e na
modernização da planta telefónica básica
como um todo. Somente na digitalização
da rede interurbana, a empresa investirá
recursos da ordem de US$ 8,5 milhões.
Desde setembro, a comercialização de
linha celulares foi suspensa pela (TBC,
em função do aumento do volume de
chamadas, provocado por dois motivos:
aquecimento dos negócios e redução das
tarifas. Para expansão da telefonia móvel
celular, até dezembro serão investidos
USS 16 milhões. Durante o ano, o número
de terminais habilitados deverá passar dos
atuais 11.800 para 57 mil, O serviço, de­
verá se expandir de Uberlândia, Uberaba,
franca e Jardinópolis para mais 19
municípios da área coberta pela empresa.
A necessidade de ampliação das cen­
trais provocada pela implantação do
Plano Real. surgiu inicialmente na telefo­
nia básica. O número de chamadas
interurbanas mensais saltou de 113 mil
nos primeiros três meses de 1994 para
64 Jnn /* -<v /95 'nlebrosit
Algumas das centrais telefônicas em
operação no Rio de Janeiro já contam
com mais de 60 anos de existência.
Segundo o presidente da Telerj. em
outros municípios do Estado a situação
é ainda pior. como em Nova Iguaçu e
Niterói. Nesta cidade, os prefixos 718
e 722, considerados pela em presa
como em pior situação, serão moder­
nizados até o mês de novembro. Antes,
em abril, será a vez dos prefixos 228,
234. 254 e 248, no bairro da Tijuca. Em
dezembro, Ipanema e Copacabana terão
os troncos 227, 247. 236, 237, 256 e 257
substituídos. obsoletas e sobrecarregadas. A expec­
O investimento na modernização das tativa é de que a renovação se complete
linhas faz parte da preocupação da em dois anos. As melhorias previstas
empresa com a sua própria imagem, pas­ incluem a telefonia celular, que em janei­
sando a oferecer melhores serviços.
Atualmente, cerca de 250 mil linhas são ro deste ano estava com 40 mil linhas em
tase de instalação a se concretizar até o
atendidas precariamente por centrais final de fevereiro. (R.N.H)
CTBC
169 mil no último trim estre do ano.
estaremos melhor preparados para o qu
Segundo Nelson Cuscelli Reis, diretor-
dei e vier , a!uma ele. A Telemig, tereeit
superintendente da (TBC, o fato provo
única operado muioi operadora brasileira em número d
cou logo o congestionamento das linhas
tei minais em serviço (cerca de I milhão
principal mente em Uberlândia. Para reso I*
«'fuá em 2.195 localidades do Estado
ver o problema, a empresa está ativando
Iatuiu cerca de R$55 milhões por mês.
uma nova central trânsito, adquirida em
Rn sua ve/, a C TBC atende a mais d
icgunc de urgência. O equipamento deve
• !H) localidades do Triângulo Minem
tá garantu melhoiias do fluxo de li cações
tcgiào Norte de São Paulo e Sul de Go\í
com o sistema telefônico nacional.
c Mato (irosso do Sul, onde estão instai:
Parceria para enfrentar 1 os mais 280 mil terminais telefôn
flexibilização p O S ; 0 Presidente da CTBC, Luís Albert
«aicia, também presidente da holdin
A ( TBC e a Telemig fecharam, recen­
' Algar, do Grupo Algar, afina se
temente, um acordo de parceria para
pensam ento com o do presidente d
compartilhar recursos, racionalizar custos
cm presa-parceira: “Quando todas :i
e conquistar competitividade. Tudo isso
gtandes companhias internacionais cl
com o objetivo de enfrentar a possível
telecomunicações voltam seus olhos er
flexibilização do monopólio estatal das
ireção ao mercado brasileiro, depois d
telecomunicações, pretendida polo gover­
ucsiKução com o Leste Europeu, é boi
no do presidente Fernando Henrique
iccuperar o tempo perdido e nos prepare
( ardoso. As duas empresas estão agora
para enírentar a concorrência”.
unidas através dc um acordo inédito entre
operadoras do Sistema Telebrás, pelo qual Tecnicamente, o acordo sc traduz n
exploração, em parceria, de serviços d
passam a aluar juntas na busca de maior
telecomunicações e o compartilhamcnt
eficiência c qualidade na prestação de
serviços e aplicação de investimentos c me,()N de transmissão. As duas empre
sas P rendem atuar juntas nas áreas d
Segundo Júlio Braga Boeehat, presi­
telelonia celular, serviço público de men
dente da Telemig, as duas empresas
sagens, videotexto, transmissão de d a d o .'
perderam muito tempo no passado, por
' ideoconferência, compartilhamento d<
nao atuarem de forma conjunta “Hoje
ledes para serviço interurbano e local
com a perspectiva de fim do monopólio'
compartilhamento de redes e transferên
temos que somar nossas forças. Juntos
eia de tecnologias. (R.N.H.)