Page 31 - Telebrasil - Março/Abril 1994

P E R S I S T E M A S A G R U R A S

O ano com eça com m ais um plano

econômico. Desta vez é o “Plano Collor

II", ou seja, outro (mais um!) conjunto

de m edidas de correção da política

econômica. Mas os velhos e perversos
T e l e b r o / i l
estigmas da economia brasileira, con­

tinuam . Parecem resistir a tudo e a

todos. A inflação acumulada nos últimos doze meses já é

de 1.198,54%, informa o IBGE-Instituto Brasileiro de

Geografia e Estatística.

Por sua produção global, a economia brasileira é uma

das dez maiores do mundo. No entanto, detém uma das

mais cruéis distribuições de renda do mundo: 1% dos

mais ricos retêm 15% da renda nacional. Apesar das

promessas do presidente Fernando Collor sobre a ina­

balável estabilidade do seu Ministério (“ficará comigo

até o fim"), sai a M inistra (da Economia, Fazenda e

Planejamento) Zélia Cardoso de Mello. O novo titular é

o em baixador brasileiro nos EUA, Marcílio Marques

Moreira.

Ao Plano Nacional de Desestatização, acrescenta-se

um Programa Nacional de Privatização, que começa • ?

vendendo a siderúrgica estatal Usiminas. Vazam notícias

sobre corrupção grossa na área federal. Na área das TCs, O desenho, capa de uma edição de TELEfíRASIL,

continuam baixas as tarifas e m uito reduzidas as como que expressa a angústia vivida pelo

brasileiro diante das adversidades nacionais.
encomendas do sistema Telebrás, o que explica o cada

vez maior congestionamento da rede.

Frente á crise e à abertura do mercado interno ao exte­

rior. surge mais uma palavra de ordem: competitividade.

Sensível aos novos tempos, o sistema Telebrás lança pro­

gram as para m elhoria da qualidade de produtos e

serviços. A estratégia privatizante do governo Collor

perante o monopólio estatal da União sobre as telecomu­

nicações, continua sendo a de reinterpretar a Constitui­

ção. Portarias são emitidas neste sentido, pelo Secretário

das Comunicações, permitindo que a empresa privada A V tarifas são baixas

também explore a telefonia móvel celular. e caem as encomenda

da Telebrás.
Cai outro ministro, o da Infra-estrutura (a quem estão

subordinadas as TCs), Ozires Silva. E substituído por

Eduardo Teixeira, presidente da Petrobrás. 45 dias

depois, este cede lugar a João Santana. Na Telebrás, o

novo presidente é um ex-senador, José Ignácio. É apro­

vado o fim da reserva de mercado para a Informática

para o próximo ano. É inaugurado pela Telerj, no Rio de

Janeiro, o primeiro sistema de telefonia móvel celular no

Brasil. A NEC' é a fornecedora do sistema.

É em Maceió, AL, em maio, o XXII Painel TELE-

BRASIL. O assunto central é: “Telecom unicações: O Rio de Janeiro

já tem telefonia
Novos Modelos Institucionais*’. Em novembro ocorre o

móvel celular.
XXII1 Painel, em Florianópolis, SC.

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