Page 58 - Telebrasil - Janeiro/Fevereiro 1994
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TECNOLOGIA
G e r e n c i a m e n t o I n t e g r a d o d e R e d e s
Os computadores, menores e mais efi
cientes, foram organizados em redes
complexas, mas criaram um novo de
safio, o de como gerenciar tais redes
com eficiência.
A parada eletrônica de uma hora na
rede dc um banco significa um
prejuizo de mais dc US$50 milhões por
hora. O comportamento deficiente dc um
usuário pode causar a parada cardíaca dc
uma rede dc pacotes, como a Renpac. A
falha humana na interpretação dc alarmes
dc sobrecarga já fez cair todo um sistema
de comunicações, cm Nova Iorque.
Gerenciar redes, sejam elas de 'PC s ou de
teleprocessamento - afinal elas se con
fundem - mais do que brincar com telas
gráficas coloridas, deve ser um objetivo
fundamental das corporações, alertou
Sérgio Bonfá, da Promon.
Os padrões de gerenciamento de rede
mais em voga são o SNMP (vide glossá
rio) e o CM IP. A estes padrões, públicos
c abertos, devem ser acrescentados pa
drões ditos "proprietários", desenvolvi Gerenciai redes e organizara informação. Sérgio Bonfá, da Promon.
dos pelas grandes fornecedores da
informática.
O SNMP, mais simples e barato, ope
ra na base dc poliing - interrogação suces Esta camada contém diversos software por ora, favorece o SNMP - destinado a
siva dos elementos da rede - utiliza para gerenciamento de serviços denomi sistemas menores - ficando reservado para
datagramas (mensagens que caminham nados de ase {application service redes maiores e profissionais, o CMIP.
independentes pela rede) e está sendo element), dsa (directory service element) A OSF desenvolveu o sistema
reformulado para uma versão mais sofis e dua {directory user agent) além dc uma operacional "osf/l"; a interface gráfica
ticada SNMP2 que move as informações mib {management information base). "osf/motif"; o ambiente de computação
em grandes blocos. Já o CM IP se baseia Ainda na camada n°7 e apoiando-se na descentralziada "osf/dee"; e a arquitetura
no modelos em camadas OSI, opera com camada n°6, existem os programas ftam de gerenciamento distribuída "osf/dme"
eventos e transporta a informação orien (file transfer access management), rose que atende ao CMIP e ao SNMP. Para o
tada a conexões. O CM1P é mais caro, {remote open service element), cmise futuro, as gerências de transporte e admi
mais complexo e requer mais memória c {common management information nistrativa das redes deverão se integrar,
mais recursos de processamento do que o service element), acse (associative control previu Fernando de Albuquerque, da
SNMP. O CMOTé a adaptação do CMIP service element) e ccr {concurrency Unysis.
para redes TCP/IP, o CMOL é sua versão commitement and recovery system Diversas empresas oferecem produ
para redes locais e o CM IS para gerenciar element). tos para gerenciar redes. A Promon opera
arquiteturas de redes locais, tipo cliente- com o DPN-100 da Northern, implantado
servidor. EUA na Renpac da Embratel e o ISBN da
O gerenciamento SNMP serve para Hughes, utilizado para sistemas Vsat. O
monitorar (status, desempenho, alarmes), O aparato estatal dos Estados-Uni DPN-100 é um produto sofisticado com
controlar (velocidades, endereços, proto dos, que defende os modelos abertos OSI, sistema de inteligência artificial para ava
colos) c administrar (histórico, incluiu o CMIP no seu perfil de aquisi liar alarmes e ditar medidas de segurança.
faturamento) os elementos da rede, trans ções GNMP e já aceita o gerenciador A Hughes também possui um sistema
portando informações dentro ou fora da SNMP, como ligado ao "padrão de fato" gestor SNMP para telecomunicações em
faixa dc comunicação. O gerenciamento TCP/IP. Levantamentos mostram que que os nós das rede são equipados com
de configuração, falhas, desempenho e grande parte dos usuários de informática placas eletrônicas que trocam informa
tarifação da rede se apoia na camada norte-americanos pretendem ter ções de status e controle com o
superior (n°7) do modelo OSI. gerenciamento de redes e que a maioria, processador central da rede (NCP). As
