Page 40 - Telebrasil - Janeiro/Fevereiro 1994
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TECNOLOGIA W Ê Ê Ê Ê M
A s a s t ú c i a s d a m u l t i p l e x a ç ã o
Os meios de transmissão são as operação inversa - a demultiplexação. dão um agregado de 120 canais de voz a
estradas pelas quais transita a Multiplexações sucessivas formam 8 Mbit/s (8.448 Mbit/s). Novamente qua
informação. hierarquias padronizadas. A hierarquia tro feixes de 8 Mbit/s dão um agregado de
Tal como no mundo rodoviário - FDM segue a sequência, 12 e 60 canais 480 canais de voz a 34 Mbit/s (34,368
em que caminhos de menor de voz, respectivamente denominados Mbit/s) e quatro destes dão um agregado
tráfego desembocam em outros grupo e supergrupo. Este, multiplica de 1920 canais a 140 Mbit/s.
de maior capacidade - meios do por 5 e depois por 3, dá nascimento,
menores são agregados em respectivamente, ao master de 300 ca Evolução
outros maiores para se lograr um nais e ao supermaster, de 900 canais. O
transporte mais eficiente. supergrupo também pode ser multipli As redes estão evoluindo da tecnologia
cado por 16 obtendo-se um agregado analógica para a digital, uma evolução
de 960 canais. Um grupo ocupa uma gradual, efetuada por etapas. Na década
faixa passante de 60 a 108 kHz; um de 70, a idéia foi transformar os sinais
E m telecomunicações, ao invés de es supergrupo de 312a 552 kll/; um gru digitais, como os de um computador, em
sinais que fossem aceitos pela rede tele
trada fala-se em “canal” e para expli
po mestre de 212 a 2044 kHz; e um
car sua integração, em “multiplexação”. supermestre de 8516 a 12.388 kHz. fónica. O equipamento modem, que sig
Canal é o percurso - real ou virtual, físico Um agregado de 960 canais ocupa de nifica modulação/demodulação, faz exa
ou lógico, permanente ou temporário, 600 a 4.028 kHz. la mente isso.
individual ou agregado que uma infor Na hierarquia MDT agregam se 30 ca
mação precisa percorrer para ser transmi nais digitais de vo/ a 64 kbit/s, obtendo-
lida entre dois pontos. Multiplexarécom se um agregado de 2,048 Mbit/s. abrevi
partilhar um meio de transmissão por ado 2 Mbit/s. Quatro feixes de 2 Mbit/s
i n formações di st i tilas.
Por mais tle um século, as telecomuni
cações foram dominadas pelo serviço te
lefónico. O “canal de vo/”, de particular
interesse para a telefonia, tornou se uma
das referências básicas tios sistemas de
telecomunicações. O CCCIT, organiza
ção internacional que recomenda padrões
para assuntos de telefonia e telegrafia
vale dizer dados - padronizou um canal de
voz de referência.
Tecnicamente, ele ocupa uma largura
de faixade4kHz, constituída de um inter
valo de 0.3 a 3,4kHz para a comunicação
de voz, acrescido de uma sinalização em
3,825 kHz. No mundo digital, são neces
sários 64 kbil/s para carrear um canal de
voz de 4 kHz, padrão CC1TT. Utilizando
técnicas de compressão e outras, é possí
vel transmitir a voz de forma inteligível, Equipamentos de linha a
em velocidades dc 32, 16, 8 e até mesmo 140 Mbit/s para fibra
4 kbit/s. óptica (embaixo): pai'«
Existem várias técnicas para agregar 34 Mbit/s (esquerda): e
ou multiplexar canais. No processo para 622 Mbit/s.
MDF (por divisão cm frequências), o síncronos (em cima).
(Siemens/Equitel)
meio comum é repartido cm faixas de
freqiiências, uma faixa para cada canal.
No MDT (por divisão em tempo) ele é
atribuído sucessivamente a cada canal.
No MCP (por código de pulos), pulsos
digitais codificados, representativos da
informação de cada canal, são agrega
dos para formar um agregado comum.
A técnica de multiplexação, ao ser apli
cada cm cascata, permite formar agre
gados cada vez maiores e para recupe
rar s i n a i s multiplexados utiliza-se a