Page 58 - Telebrasil - Setembro/Outubro 1993
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mformatica J.
I B M p r o m o v e e v e n t o
d e j o r n a l i s m o
O evento ocorre ano sim, ano não. No A lesa de debates,
ano intermediário, distribuem-se os anais com An na Arruda vê *
entre os participantes. A IBM se faz as ( U F R J ) ao microfone.
sim lembrada entre os jornalistas, profes
sores de comunicação, profissionais de te
levisão, por patrocinar encontros de jor
nalismo. O quarto evento da série ocor
reu recentemcnte no Hotel Maksoud em ;
São Paulo, com a presença de cerca de
300 profissionais.
O programa do “ 4o quarto encontro
internacional de jornalistas” , incluiu, den
tre outros, Edward Del.aney, líder de cam
panha de Bill Clinton nos EUA; Stephen ma informação é inocente, sempre há al
Lynas, do Daily Mirror; John Morris, edi gum interesse conectado” , puderam ser nal e revista sempre terão um nicho ga
tor fotográfico da Life e do New York ouvidos no decorrer do encontro. rantido por que analisam fatos que a te
Times; e James Squíre, do Chicago Tri- Jesser de La Senna, de Madrid, dis levisão apenas mostra. A televisão abusa
bune. Jean Paul Jacob, conferencista-cien correu sobre o curso de mestrado manti ao m ostrar “ flashes” do homem da rua
tista da IBM, contribui para o g ra n fin a le do pelo “ Diário Del País” , para formar opinando sobre um fato, não tendo um
com uma palestra sobre multimídia. jornalistas “ na prática” e cujo pré-requi segmento correspondente para sua análi-
Opinião sobre jornalismo não faltou. sito é ter formação universitária. Jorge se. A “ anchorwom en” canadense, Pame
“ Jornalismo são texto e imagem que des Lannata que há seis anos edita o “ Página la W allim, traçou um panorama sobre o
mascaram o poder; jornalismo tranquili 12” , um jornal de crítica argentino — tuturo da televisão gratuita (vai acabar)e
za os aflitos e aflige os tranquilos; o maior autor da manchete: “ Collor, você abu como será um mundo com transmissão
poder do jornalista é o da dúvida; jorna sou" — disse que cabe ao jornalista mos direta de tevê, via satélite. A tecnologia
lista é quem tem curiosidade e tendo-a trar apenas o problema e ao político re vai permitir ao usuário ter centenas de
satisfeita tem a compulsão de contar; jor solvê-lo. canais à sua disposição e as atuais redes
nalista tem que ter nível superior; nenhu Durante os debates, falou-se que jor- de tevê terão que se adaptar, *¦
(J.C.F.i
«btCOíltl
Já na opinião do presidente da Abcprcst,
L e i d e l i c i t a ç õ e s Rui Leme Alvarenga, “ não tem sentido
p r o v o c a p o l ê m i c a s LEI DE o know-how ficar com o funcionário que
executar o contrato, usando a estrutura e
o próprio know-how da empresa. Afinal,
O setor de telecomunicações já antevê licitações são obras muito técnicas, muito comple
as profundas mudanças no perfil do merca xas, impossíveis de serem executadas por
do, que ccrtamcntc serão provocadas pe uma só pessoa. Uma das consequências
la aplicação da nova lei de licitações e CONTRATOS dessa medida, caso não seja modificada,
contratos na administração pública. Enquan NA a d m ,nist* a ç Ao púbuca é que ninguém vai dar o acervo técnico
to a Tclcbrás se adianta e prepara um ma ao profissional” . t
nual com os critérios dc seleção para as DE 11 Dt JUNHO*de 1 9 9 3 Para o deputado federal Aroldc de Oli
concorrências, representantes da socieda veira, referindo-se aos cronogramas das
de sc articulam no debate sobre as qualida obras, “ o setor de telecomunicações é
des c deficiências da legislação que, a par l i muito abrangente e integrado, isto é, quan
tir dc agora, vai determinar as contrata do se contrata uma central de comutação
ções dc obras e serviços. simultaneamente é preciso contratar a
“ Com pontos polêmicos c avanços no obra de energia elétrica, sistema dc trans
táveis, a I^ei n° 8.666, dc 21 de junho de dc uma nota técnica que hoje já não exis missão de rede e outros serviços. Enfi®.
1993, embute uma vitória moralizadora te” . Na escolha pelo menor preço - segun comercializar telefones é uma ação inte
para qualquer atividade pública, brilho já do a Lei 8.666 - se houver empate, o pro grada, e os prazos são muito rígidos. É im
ofuscado cm parte após a publicação dos cedimento se dá de acordo com a Constitui portante levar em conta essa rigidez de
vetos presidenciais, que, em alguns itens, ção. prazos na hora de se definir a capacitação
foram considerados como verdadeiros re “ Outra exigência muito importante da da empresa contratada” , enfatizou o parla
trocessos c por vezes até desastrosos pa nova lei - explicou Nory - é que não se mentar.
ra os fornecedores dos governos federal, rá permitido abrir licitações sc não hou No parágrafo único, do Artigo lc, !
estaduais e municipais” . ver verba orçamentária e esta previsão só Lei 8.666 estabelece que “ subordinam**
A observação é do deputado federal é possível com o preço. Nesse caso, o pri ao regime desta lei, além dos órgãos &
Walter Nory, atual relator do projeto, acres meiro passo é obter o projeto básico c exe administração direta, os fundos especiais*
centando que “ essa nova determinação cutivo, e a empresa que apresentar o me as autarquias, as fundações públicas,
modifica totalmcntc o Decreto 2.300, de nor preço será contratada, Em caso dc frau empresas públicas, as sociedades de econo
1993, que trabalhava com o preço referên de, está prevista a punição de 2 a 6 anos, mia mista c demais entidades controlada
direta ou indirctamente pela União, Esta
cia e estabelecia um limite superior c infe prazo de subvenção para uma determina dos, Distrito Federal e Municípios”.*
rior, onde o desempate era feito através
da entidade” . (W