Page 48 - Telebrasil - Setembro/Outubro 1993
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tecnologia
Ben Cavazos, vice-presidente de
negócios da AT&T para o Brasil, co
ordenou encontro de alto nível. Cin
co dos cientistas dos laboratórios Bell
da AT&T estiveram em São Paulo
apresentando “ Os avanços tecnológi
cos para o século XXI“ para um pú
blico de pesquisadores, empresários e
convidados locais. As palestras deram
uma visão geral do futuro das teleco
municações e das redes para o ano
2010, com tópicos sobre inteligência
artificial, tendências na integração mo
nolítica do silício e processamento di
gital da vóz.
Redes
Larry Bern- Bquipe de cientistas do Bell Lab.
stein, vice-presi
dente da AT&T por segundo), muito mais do que ho há dispositivos de até 0,1 míerom dc
Sistemas Opera je. O rádio celular utilizará microcélu- intervalo mínimo entre dispositivos,
cionais, desta las e o telefone pessoal acompanhará mas o desafio é como manter sua uni
cou a eletróni o indivíduo em toda parte. As redes formidade em volume industrial. 0 ta
ca, a fotônica e serão dotadas de inteligência e forne manho economicamente ótimo do chip
o software “ co cerão, a pedido, a exata faixa passan vai evoluir dos aluais 1,3 para 13cm
mo tecn o lo te que o usuário precisar para seus ser quadrados no ano 2010. Para o ano
gias-chave da viços multimídia. 2000 existirá o chip com 50 bilhões
B cn C avazos, vice-
p resid en te du A T & T . indústria da in William Chriss mostrou que o ne de transistores (a 0,15 micron) e me
formação até o gócio das telecomunicações vai gerar mória de 1 Gbyte capaz de armazenar
ano 2010“ . A mundialmcnte US$660 bilhões, em uma enciclopédia inteira.
m icroeletrônica continuará seu pro 1995 — a receita da AT&T foi de Investimentos de capital da ordem
gresso, porém, dentro de uma década, US$65 bilhões em 1992 — e chega de US$200 milhões são necessános
terá atingido seu limite e a próxima rá a US$865 bilhões, ao fechar este para ter uma fábrica na tecnologia de
fronteira poderá ser a dos elementos século. A conectividade mundial digi 0,55 micron, mas cresce para USS1
monoelétron balísticos, regidos pela tal vai aumentar e a tecnologia “ atm “ bilhão para a de 0,15 micron. “Mais
física quântica. de células de informação síncronas, uma década e teremos chegado ao li
A trajetória da fotônica inclui trans com uma camada de adaptação para mite da melhoria útil do silício con
missões ópticas de Terabits (dez eleva dados, imagens c vídeo será prevalen vencional“ , previu Boulin. Para telefo
do <) doze) e a distâncias de 9 mil qui te, com um fórum de mais de 100 en nia celular é necessário processar 100
lômetros— já alcançadas em laborató tidades, criado em 1992, para sua pa milhões de instruções por segundo, mas
rio — com o uso de amplificadores dronização. para processar uma imagem de vídeo
puramente ópticos. A lógica fotônica A rede será cada vez mais “ inteli é preciso um milhão de vezes mais
se dará com a luz controlada pela luz gente“ e vai incorporar informação — um grande desafio a ser resolvido
e permitirá a confecção de computado distribuída, sinalização por canal co com com ponentes do tipo dedicado.
res e de dispositivos de comutação mum para troca de dados, base de da Henry Kautz didaticamente expli
puramente ópticos. O desenvolvimento dos para o usuário e potencial para cou o que pode fazer a inteligência
do software continuará um grande de criação de novos serviços. Em torno artificial — obter, representar e racioci
safio, agora renovado com a chegada de um núcleo de transporte, com uta nar com conhecimento — e que a má
da computação paralela. ção e controle de serviços estarão liga quina de IA “ geral“ ainda está mui
Para o ano 2010, a tradução auto dos diversos ambientes locais de TCs, to longe de ser obtida. Stephen Levin-
mática será possível, o videofone te como PABX e RDSI para negócios, son, falou do processamento digital
rá alcançado 20 milhões de unidades telefones sem fio para o lar, telefonia da voz incluindo codificação (gentf
e a televisão de alta definição estará celular e busca-a-pessoa para uso m ó falando com gente), síntese (máquina
em 60 milhões de lares norte-america vel além de cabos para levar entreteni falando com gente) e reconhecimento
nos. A realidade virtual — imagens mento. da voz (gente falando com máquinas)
de computador interagindo com o in O pesquisador David Boulin deta A m áquina já reconhece números i$°*
terlocutor — também estará disponí lhou as limitações físicas e econôm i lados falados por qualquer interlocu
vel. Conjunto de computadores interli cas da integração do silício CM OS, tor mas não pode fazê-lo com o dis*
gados terão poder computacional de bipolar e Mosfct (limitado a 50nm) curso fluente.»
10 mil “ m ips“ (milhões de instruções bem como do GaAs. Em laboratório (J .C .F .)