Page 31 - Telebrasil - Setembro/Outubro 1991
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0 futuro são as comunicações pessoais
0 futuro das comunicações rádio-celula exijam comunicações de rádio como no lar, o uso do espectro de freqüências será um
sonalizado de cada usuário. Neste cenário,
res são as comunicações pessoais e re
na rua, no escritório, no campo.
des inteligentes que “ sabem" onde está ca ivan Tunon, da Northern Electric, distin bem precioso e disputado, havendo os pa
da usuário. 0 cenário é fascinante e o uso guiu a macrocélula que tem raio da ordem drões CT2 e PCI (800/900 MHz) e DECT
do rádio-celular servirá não só para dar mo de vários quilômetros e opera com potên (1.88-1.9 GHz).
bilidade ao terminal mas também, ao liber cias na Estação Rádio-Base acima de 10 Ivan Tunon enfatizou que, ao lado da ne
tá-lo do fio, para expandir a rede fixa. Será watt e a microcélula com raio menor que cessidade de padronização, o estabelecimen
cada vez mais difícil saber o que é de âmbi 500 m e potências acima de 0,1 watt. Exis to de uma rede de comunicações pessoais
to público ou privado. te também a picocélula, com raio até 50 m precisa da liberalização do mercado das tele
John Baila, da Bell Atlantic, descreveu e potência menor do que um décimo de comunicações. Ele destacou, ainda, que as
as comunicações personalizadas como a ex watt, esta para uso residencial interno. A TCs da rede fixa crescem a taxas entre 5 a
tensão natural da telefonia móvel celular e idéia é a de que células pequenas podem 10% anuais, a que se contrapõem as taxas
achou que os sistemas de telecomunicações, ser utilizadas por pedestres, levando a cus de crescimento entre 15 a 30% das comu
com ou sem fio, irão operar no futuro de tos de até 300 dólares por usuário, bem me nicações rádio-celulares.
maneira integrada. As comunicações cami nores do que aqueles da telefonia móvel ce Mauro Sentinelli, da STET/SIP, vê o servi
nham em direção ao uso de pequenas célu lular que prevê o uso veicular. ço de telefonia rádio-celular como cobrindo
las, com sinais digitais transitando com bai Para o executivo da Northern, arquitetu diversas áreas que se integram entre si, co
xa potência, sinalização por canal comum e ras celulares, gerenciamento inteligente da mo o telefone sem fio e PABX sem fio para
aparelhos cada vez mais portáteis e baratos. rede e enlaces digitais rádio, acabarão por uso residencial, sua extensão ao ser utiliza
Nas edificações se terão microcélulas com integrar os mercados residencial, de negó do na rua (Telepoint) e podendo através de
o PABX sem fio. Repetidores e amplificado cios públicos numa coisa só, ao chegarem telefonia móvel celular cobrir geograficamen
res rádio-celulares serão utilizados para lu as comunicações pessoais. Para o futuro, te até um País e, via satélite, o mundo. Já
tar contra zonas de silêncio ou de sinal fra se terá uma rede de transporte e comutação Jonathan Gunter, da Southwestern Bell Inter
co. A rede celular futura terá, como arquite com gerenciamento inteligente e uma serie national, descreveu a telefonia celular co
tura, centrais digitais de comutação e contro de interfaces, via rádio, com o terminal per mo sendo um bem de consumo de massa.
le, que farão interface com a rede de telefo
nia fixa e utilizarão sinalização do tipo n° 7.
A IDÉIA BÁSICA DA COMUNICAÇÃO PERSONALIZADA
Um sistema de fibras ópticas, formando
anéis, poderá se integrar com os sistemas
rádio-celulares.
Há previsão que, a partir de 1997, a quan serviço
via satélite
tidade de terminais celulares com tecnologia
digital igualará a de terminais do tipo analó
gico, disse Draja Mhalovic, da Ericson do
Brasil. Ele destacou a tecnologia celular rá sistema
rádio-celular
dio-móvel como a plataforma mais promisso
ra para se chegar as telecomunicações per
sonalizadas. Mas haverá lugar para o PABX
telefone sem
sem fio, no interior de edifícios, para o Cen-
fio residencial
trex (um PABX na central pública) também
sem fio, e para o acesso a rede pública do
tipo Telepoint. Os terminais portáteis tendem
PABX J
a diminuir de tamanho e peso, ainda que sem fio
os primeiros terminais digitais não serão tão
pequenos assim, devido à complexidade da
eletrônica a eles associada. O problema dos acesso Um só
terminais continua sendo o das baterias cu rádio à rede número
ja indústria não está ainda voltada com prio pessoal
ridade para este mercado. via cartão
Do ponto de vista sistêmico, a complexi inteligente
dade se reparte entre as estações rádio-ba
se e os terminais portáteis. A estrutura das
células, que começou hexagonal e depois
Rede Básica
direcional, hoje vão rumo às micro e picocé- serviço
ponto-multlponto
lulas, cuja limitação principal reside na cres
cente complexidade da decisão de quando
entregar o controle da comunicação à célu A Rede Básica se encarrega do transporte e comutação e possui base de dados que sempre é atuali
zada para saber onde está o usuário (g e re n c ia m e n to In te lig e n te ). Meios físicos (cabo, fibra óptica),
la vizinha ao se mover o terminal (hand-off). ou não (rádio) transportam o sinal até o ambiente celular ou via satélite que chegam ao usuário, es
Diversos tipos de células poderão se sobre teja ele em casa, no escritório, na rua, no campo. O usuário tem um term inal rádio que passa a ter
por para atender a diferentes situações que o número pessoal do Indivíduo, depois de devidamente ativado através, por exemplo, de um cartão
Inteligente ou do reconhecimento da voz.
Telehrnsll