Page 46 - Telebrasil - Novembro/Dezembro 1991

TELEBRASIL
A i n d a
a l c a n ç a r o r e b o q u e
ções, com a participação maciça dos
164 países membros da União.
Mil e trinta e oito entidades governa­
mentais e privadas ocuparam no Palex-
po, em Genebra, 65.000m2 de estan-
des, oferecendo 752 famílias de diferen­
tes produtos e serviços numa competi­
ção acirrada e agressiva onde a profu­
são de novas tecnologias, novos servi­
ços e novos equipamentos punham con-
ftiso e estupefato não só os observado­
res do segmento técnico, aparentemen­
te transladados ao futuro, mas também
os da área política (policy makers) face
a pujança tecnológica e indu strial alcan -
çada por países com políticas de desen­
volvimento setorial aparentemente con­
trastantes.
O pavilhão dos Estados Unidos, coor­
denado pelo Departamento de Comér­
cio, apresentou 135 miniestandes de
pequenas e médias empresas, grande
parte surgida com o processo de desre-
gulamentação, lutando por novos mer­
cados, ao lado de colossos como a ATT,
Motorola, Ameritech US West e outros
que se apresentaram isoladamente em
pavilhões monumentais.
A Alcatel, gigante em processo de cres­
cimento, investiu 60 milhões de dólares
no evento. Além do magnífico estande
corporativo, 22 de suas companhias
se apresentaram individualmente em
10 pavilhões nacionais distintos. Causa­
ram forte impressão os pavilhões da
Alemanha, França, Japão, Grã-Breta­
nha, Canadá e Suécia não só pela gran­
diosidade de sua arquitetura e pela exu­
berância técnica exibida, mas também
pelo número de empresas apresentadas.
O pavilhão francês apresentou 156 em­
presas nacionais e estrangeiras com
sede na França. Não ficaram muito
atrás a Alemanha, a Grã-Bretanha, Ca­
nadá, Suécia e outros.
Um espaço livre em defesa de idéias Revista Brasileira de
Telecomunicações
e Informática
Uma publicação bimestral da
h á c h a n c e d e TELEBRASIL - Associação
Brasileira de Telecomunicações
CGC 42.355.537.0001-14
d o b o n d e Sede
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Salomão Wajnberg (•) Fax:(021)542-4092
Rio de Janeiro - RJ
A União Internacio­ A variedade de novos serviços e a di­
Secretário Executivo:
nal de Telecomuni­ versidade dos avanços tecnológicos apre­ Gcnnyson Castro Azevedo
cações — UIT pro­ sentados por essas empresas nos seg­
DIRETORIA DA TELEBRASIL
moveu, em outubro mentos de ISDN em banda larga e estrei­
de 1991, o maior ta, rede inteligente, rede síncrona, re­ Luiz de Oliveira Machado
evento da Área de de corporativa, CT2, PABX sem fio, tele­ Diretores:
Telecomunicações, fonia celular digital, comunicações espa­ Armando Luiz Medeiros
Carlos de Paiva Lopes
a 6a TELECOM — ciais, transmissão de dados e terminais Haroldo Corrêa de Mattos
Feira Internacional nos conduziram a verdadeira dimensão Jaymc João Mansur
Oswaldo L. Nascimento F®
de Telecomunica­ de nossa realidade, até então fantasia­
Salomão Wajnberg
da e inflada pelo ufanismo gerado no
EXPEDIENTE:
exagero da aplicação da política de self
Diretor-Responsável
reliance nacional da década passada. Armando Luiz Medeiros
Há motivo jpara temores, mas não
Editor:
para pânico. E preciso lembrar que os João Carlos Pinheiro da Fonseca
primeiros sistemas ISDN apresentados (MTb. 12.886/DRT/RJ
há 8 anos só agora estão entrando em Conselho de Redação:
alguns mercados específicos... e deva­ Antonio Martins Ferrari. Armando
Lutz Medeiros. Andrea BenitoLo-PresU.
gar. Este fato pode se repetir para mui­ Gennyson Castro Azevedo. Humberto
tas das novas e emergentes tecnologias Chagas Pradal. João Carlos P. da
Fonseca. João Ferreira Durão. José
em busca de mercados utilizando o su­
Luiz Azevedo Valle. José Raul AUegrettl,
porte de um marketing bem estrutura­ Josemar da Costa Valllm. Lázaro José
do e adequado aos países com deman­ de Brito. Lenlne Rocha. Luiz Eduardo
da Rocha. Luiz Ernesto Krau. Luiz
da telefônica atendida. Mauro Vlanna Camargo, Márcio
O importante é a nossa indústria es­ Machado Rabello. Raphael Roger
Douck. Roberto Aroso Cardoso.
tar preparada para atender a todas as Salomão Wajnberg. Solon Benayon
necessidades do grande mercado que da Silva.
é e ainda será por longo tempo a constru - Redação:
ção da rede básica de telefonia. A de­ Jenner de Paiva
(MTb. 12.009/DRT/RJ)
manda prevista de 26 milhões de termi­ João Carlos Pinheiro da Fonseca
nais até o ano 2000 constitui um mer­ (MTb. 12.886/DRT/RJ)
cado potencial que nos ajudará a fir­
Produção e Diagramação:
mar acordos que permitam produzir, Silvio Sola (MTb. 12.224/DRT/RJ)
logo que viável os bens que importamos
Comercial:
para o atendimento dos serviços de Gennyson Castro Azevedo
maior nível que a moderna economia C&P Publicidade e Representações
S/C Ltda. - SP
das nações exige.
A quebra de barreiras para ingresso Apoio:
Aureo Nascimento
de tecnologias, o estabelecimento do
processo de competição interna e de Composição a laser
Blue Chip
exposição gradual da indústria nacio­
nal ao comércio exterior, não significa Fotolito:
desamparo do governo, mas sim um Quhnlcolor Ltda.
processo político de fortalecimento no Impressão:
qual estão incluídos o incentivo ao de­ Graphos Industrial Gráfica Ltda
senvolvimento tecnológico, da microele- Laboratório Fotográfico:
trônica ao produto pronto e a preferên­ Wanda
cia na aquisição da produção local. Ale­
manha, França, Japão, Suécia, Espa­
nha e Estados Unidos nos mostraram
na 6a TELECOM os caminhos a seguir.
As matérias assinadas sáo de respon­
sabilidade de seus autores, e náo ne­
cessariamente expressam posições
(•) Salomão W ajnberg é diretor do G catlc e diretor da Associação ou da Revtsta.
da Telebrasll