Page 42 - Telebrasil - Maio/Junho 1991
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CPqD:
S P X - 3 4 / 1 4 m e l h o r a o c o n t r o l e d a r e d e
além de proteção por comutação pa
ra os entroncamentos digitais de trans
missão de alta capacidade, melhoran
do muito o desempenho da rede de
transmissão. Hoje, 80% da queda do
tráfego telefônico se dá devido a fa
lhas nos entroncamentos de transmis
são, cuja recuperação pode levar até
5 horas (!) com os meios existentes.
Um gerenciamento de redes envol
ve ações a curto, médio e longo pra
zos e que vão desde simples identifica
ção da falha até o ajuste de rotas, com
base em análise do comportamento
do tráfego. Renato Carrião cresce
em seu entusiasmo ao dizer que o
SPX vai aumentar a disponibilidade
de tráfego, aumentar a receita, e dimi
nuir os custos de manutenção. O de
senvolvimento do SPX-34/14. que te
ve início em meados de 86 com uma
equipe de 15 pessoas, já tem 90% do
hardware sob forma de documentação
José Luiz Carnào. do CPqD e o modelo do SPX-400. transferida ao segmento industrial, e
o software para o supervisor central
a ficar pronto até o final deste ano.
ais um passo na direção do Ge so e de tarifação, constatou Renato Participam do desenvolvimento do
Mrenciamento Global da Rede do Carrião que. a seguir, acrescentou: SPX, além do pessoal do CPqD, espe
Sistema Telebrás está sendo dado — A introdução do SPX no Siste cialistas da NEC, Equitel, Telemulti
no CPqD, com o Projeto SPX-34/14, ma Brasileiro de TCs trará supervi e Elebra Telecom (Standard Eletrôni
que se detinha ao controle do entron são hierarquizada, local e remota, ca). (JCF)
camento urbano e interurbano entre
centrais. O novo sistema, numa visão
rápida, monitora até 7 troncos digi
tais de um enlace de transmissão (4x34 Gerenciar a rede
Mbit/s ou 1920 canais digitais de voz
por tronco digital) e efetua a comuta Ç*upcrvisionar e controlar remota- res (MD), rede de comunicação local
ção para um tronco reserva ao detec ^ mente os elementos da rede telefô (LCN), bem como pontos de referência
tar qualquer falha. Mas não é só. Co nica e tê-los sob comando de uma te que marcam o intercâmbio de dados
la de vídeo e de um teclado, tem sido
mo explicou o pesquisador do CPqD, o sonho de todo homem de operações. entre dois blocos distintos. Embaixo
Renato L. Carrião, 31, que está à tes A crescente complexidade da rede, a da arquitetura funcional opera a deno
minada arquitetura física da rede, que
ta do projeto, hoje, a capacidade de informatização dos equipamentos de é definida através de interfaces e proto
gerenciamento da rede é limitada no telecomunicações, e a existência de vá colos padronizados que garantem a com
Sistema Telebrás. rios fornecedores diferentes levou à in patibilidade entre os diversos equipa
Algumas centrais analógicas pos trodução pelo CCITT (órgão regulador, mentos da rede.
suem supervisão centralizada dada mundial, de aspectos técnicos de TCs) No CCITT. diversos tipos de inter
pelo sistema Sitasu; as centrais CPAs do conceito de Rede para Gerencia faces (Gl, G2, G3, F, X, G) estão em
têm uma gerência de falhas locais, mento de Telecomunicações (Télécom estudo, como. por exemplo, utilizar pro
do tipo O&M; e existe o centraliza munications Management Network tocolos dos níveis inferiores do mode
do de operações e manutenção, que — TMN) que viabilizará este sonho. lo OSI, já existentes (X.25; sinalização
n° 7 MT/SCC; Q921I Q931) e definidas
A idéia é ter uma arquitetura glo
abriga protocolos implementados pa bal de gerência (administração, opera para a interface Q3 a fim de garantir
ra conversação com as centrais Trópi- ção e manutenção) integrando o geren um conjunto único de protocolos para
co-C e AXE, mas não com outros ti ciamento dos elementos físicos da re as camadas 4 a 7 do modelo OSI. Uma
pos de Centrais (NEAX, ESWD). de que são basicamente: nós de comu conceituação final: a TMN, bem como
Além disso, os sistemas de transmis tação, meios de transmissão e multiple- a Rede Inteligente, nada mais são do
são analógico e digital possuem pou xaçâo a fim de produzir serviços (da aue grandes sistemas de informações
ca ou nenhuma facilidade de supervi dos, fonia ou imagem). que concentram, processam e redistri
buem a informação para atender a em
O CCITT definiu a TMN em tor
são e de controle centralizados. Não no de blocos funcionais: sistemas de presa operadora (no caso da TMN) ou
existe, portanto, uma real gerência operação (OS), elementos de rede para atender ao usuário final (no caso
de rede envolvendo a identificação e (NE), rede de comunicações de dados da Rede Inteligente).
o isolamento de falhas, monitoração de controle (DCN). elementos mediado-
e mudanças de rotas, controle de aces
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