Page 45 - Telebrasil - Julho/Agosto 1991

CRT não privatiza
ncampada pelo Estado no início da tar cerca de 1 milhão de terminais até o
Edécada de 60, durante a gestão do Go­ ano 2000 para solucionar este problema.
vernador Leonel de Moura Brizola, a Ele anunciou que durante a gestão do Go­
CRT-Companhia Riograndense de Teleco­ verno Alceu Collares serão implantados
municações — antes CTN-Cia. Telefôni­ 520 mil terminais.
ca Nacional, subsidiária da ITT — conti­ A telefonia móvel celular é o primei­
nua sob controle majoritário do Governo ro investimento da CRT na gestão de Mil­
do Rio Grande do Sul (84% das ações), ton Zuannazi, que pretende inaugurar o
tendo a Telebrás 14% e os acionistas mi­ sistema, no máximo, em abril de 1992. A
noritários apenas 2%. Segundo o novo companhia também está estudando a im­
presidente da empresa, o engenheiro Mil­ plantação do serviço de comunicação de
ton Zuannazi, 34, não existe, no momen­ dados para entrar em operação ainda es­
to, qualquer plano para reverter esta situa­ te ano. “As classes produtoras do Estado
ção, mas ele, pessoalmente, não é contrá­ estão ansiosas por esse serviço”, revelou
rio à concorrência da iniciativa privada. Zuannazi. JP).
Mesmo assim, continuará defendendo o
monopólio estatal das TCs.
PELO BRASIL
• A Listei — Listas Telefônicas S.A. está dis­
tribuindo a nova lista telefônica de Campo
Grande (1991), no Mato Grosso do Sul. São
ao todo 62 m il exemplares distribuídos gratui­
tamente aos assinantes da Telems.
• A Telebahia até o final do m ês de março
de 1991 apresentou a seguinte performance:
430.215 terminais instalados; 396.88 terminais
em serviço; 430 localidades atendidas com
DDD/DD1; 28.380.000 de fichas comercializa­
das; 46.147.000 chamadas interurbanas. 3.065
empregados.
• A T e la sa ~ Telecomunicações de Alagoas
Milton Zuannazi, presidente da CRT.
S.A. está iniciando a construção das novas ca­
O presidente da CRT acha que a de­ bines telefônicas na orla marítima de Maceió,
manda reprimida de telefones no Estado, que vão funcionai com o serviço Te/etur, infor­
mando aos visitantes os pontos turísticos do
atualmente, é de, no mínimo, 250 mil ter­ Estado, além de proporcionar mais espaço c
minais, e que a empresa teria de implan- conforto aos usuários.
correios
ECT “associa-se” à iniciativa privada
A Empresa Brasileira de Correios e ra, acrescentando que o sistema é muito
Telégrafos (ECT) continua implantando simples.
o sistema de franchising, considerada Mediante a celebração de um contra­
atualmente a mais arrojada tentativa não to, a ECT concede à pessoa jurídica o di­
só de reduzir a presença do Estado na vi­ reito de prestar serviços e vender produ­
da do cidadão, mas principalmente de tos postais, sem exclusividade. Contudo,
buscar a modernização de serviços histori­ o transporte e o encaminhamento de car­
camente monopolizados pelo setor públi­ tas e encomendas continuam sendo exclu­
co. Desde junho do ano passado, pessoas sividade do Correio, que mantém assim
jurídicas já podem instalar e operar uma o monopólio postal, de acordo com a Cons­
agência de Correio. Basta que elas cele­ tituição Federal. Além disso, o contrato
brem com a ECT um contrato que as au­ tem caráter provisório.
torize a operar através do sistema de fran­ A remuneração pela prestação dos ser­
quia. viços é feita pela ECT mediante a conces­
A adoção do sistema pela ECT também são de descontos no fornecimento dos pro­
faz parte da meta da empresa de ampliar dutos. A margem de lucro pela venda de
ao máximo possível o número de agên­ selos, recebimentos de encomendas, malo­
cias em todo o território nacional. Segun­ tes e Sedex é de 10%. Pela venda de ca­
do o assessor de imprensa do Correio, Jo­ misetas da grife dos Correios é de 5%.
sé Valfrânio de Oliveira, a ECT preten­ As mochilas escolares, 10%. No caso de
de ampliar para 20 mil o número de pos­ recebimento de carta já selada, a remune­
tos até o final do governo Collor. As agên­ ração é de 5%. Os preços cobrados devem
cias do Correio Satélite — como são deno­ ser sempre os da tabela de tarifas da ECT.
minadas — operadas por particulares aju­ A medida vem interessando a proprietá­
dariam a atingir esse objetivo. “Quem ga­ rios de lojas, administradores de shopping
nha com isso é o cidadão”, lembra Olivei- centers e condomínios residenciais.
Clubes de usuários é
marketing sofisticado
Sob égide da IBM transcorreu, em
maio, a 13a Conferência Guide Latin-Amé-
rica — a Associação de profissionais de
informática que operam em empresas com,
pelo menos um, computador IBM de mé­
dio porte. Foram cinco dias, de cinco es­
trelas, no Hotel Sheraton onde ocorreram
mais de 150 palestras, debates, painéis,
mostras, reuniões de projetos, para qua­
se 800 pessoas,
A Unysis, por sua vez, reuniu 150 em­
presas, usuárias de seus produtos, congre­
gadas pela Anuni — Associação Nacional
dos Usuários Unysis, durante cinco dias,
no Hotel Rio Palace. O 36° Enanuni, apre­
sentou palestras nacionais e internacio­
nais inclusive sobre produtos para Base
de Dados orientados para objetos.
No caso da Digital, existe a Decus
— Digital Equipment Computer Users
Society, com 120 mil associados no mun­
do. Desde 82, a Decus-Brasil promove en­
contros Decus. O próximo, 9o da série, se­
rá no Mofarrej-Sheraton, em São Paulo
(13 a 16.10), com tema livre e já com 36
palestrantes inscritos. A Decus-Austrália
dá como prêmio a seu melhor palestran­
te (adivinhem?) uma viagem para que es­
te apresente sua palestra no Decus-Brasil.
on-line
• Na área de importados, o IDNX — lntegra-
ted Digital NetWork, IBM 9736/7/8, tem como
saída um fluxo digital de 56 kbit/s a 2 Mbit/s
e na entrada sinais advindos de PABX e da­
dos diversos, sob forma analógica ou digital.
• O carro-chefe da Octus é a compactação de
dados, interligando micros com gateway para
o mundo IBM. Uma empresa de Belo Horizon­
te, a Octus tem como fonte tecnológica a
UFMG e é orientada para softw are para com u­
nicação de dados.
• A Parks, de Porto Alegre, apresentando dois
modems, importados, para comunicação de da­
dos via rádio (a 400 MHz) e com alcance de até
30 km.
• Lançado, em 86, nos EUA, será produzido
e comercializado no País a família de termi­
nais de vídeo IBM Infowindow 4732 (foto) além
da multicontroladora 3174. Os terminais, de
nova geração, com ênfase em softw are, vêm
nas versões monocromática, colorida e gráfica.
Eles sucedem aos IBM 3270, que datam de 72
e têm base instalada de 90 mil unidades, no
Brasil. (JCF)