Page 8 - Telebrasil - Janeiro/Fevereiro 1990
P. 8
0 e s c r i t ó r i o s e m p a p é i s
(Full Documentation Architecture) des
crevendo a arquitetura completa de do
cumentos processáveis.
A arquitetura de documentos eletró
nicos para escritório é hoje objeto dos pa
drões ISO 8631, CCITT f .411/8 e ECMA
101 (em nova versão revista). A docu
mentação eletrônica também se vale de
padrões ISO existentes para sintaxe,
O que é necessário para eliminar, texto e gráficos, do ISO 9541 (para des
na práticq, todo e qualquer papel
do escritório? E só operar através de crever fontes tipológicas), e do CCITT
meios eletrônicos? Jacques Henry, da Rec. T. 4/6 (para fac-símile). A atividade
Buli, explica que três processos estào mundial em torno da definição de perfis
em jogo no escritório sem papéis: a gera de aplicações de documentos eletrônicos
ção e editoração eletrônica de documen é bastante elevada, visto que levará
tos, a arquitetura do documento eletrô vantagem (estratégica), quem se pro
nico (o “jeitão” do documento) e o inter nunciar primeiro. Não é à toa que enti
câmbio eletrônico de dados. “Hoje em dades de padronização da Europa
dia, no escritório moderno, um docu (Ewos, Cen/Cenelec), dos Estados Uni
mento escrito em papel poderá ser re dos (Nist, Top), e do Japão/A O WS, Posi)
transmitido, via fac-símile, a um local mantêm constantes entendimentos, tal
distante, mas isto é apenas um passo in él como a Pagoda (reunião conjunta Ewos
termediário na direção do verdadeiro Daniel Maurice Perpignan. da Embratel. e Posi).
escritório sem papel do futuro”, diz o es
pecialista da Buli. A seguir, o resumo da Desk Top
palestra que ele proferiu no Rio de Ja CCITT, a especificação T.73 referente
neiro, sobre automação de escritório. ao serviço de Teletexto. No ano se Quanto aos padrões de intercâmbio
guinte, seria a vez do padrão ECMA 101 de sinais para documentos eletrônicos,
Documento Eletrónico diz o especialista da Buli que estão
sendo implementados padrões (Q lll)
O coração da automação de escritório Documento para intercâmbio de documentos, do
define um documento eletrónico que de P<í|*'l tipo simplificado, mas que, para 1990. já
substitua o documento de papel, com o existirão padrões (Ql 12) para intercâm
qual convivemos desde os tempos do an bio de documentos mais sofisticados, in
tigo Egypto. Um documento pode ser cluindo gráficos e organização de texto,
descrito pelo trinômio: estrutura lógica, até chegar, em 1991, com padrões
FAX
conteúdo e layout (ou estrutura de apre (Ql 13)y próprios para Desk Top Pu-
sentação). Estas características, uma bl ish i ng.
vez identificadas e codificadas, podem Jacques 1 lenry disse, ainda, que a re
ser transformadas num trem de impul ODA de de intercâmbio ODA (Office Docu-
sos eletrônicos digitais que permitem ment Architecture) pressupõe os concei
transmitir, armazenar o reconstituir tos de que um equipamento poderá ou
um documento eletrônico. não aceitar determinado trem de pulsos
— Corre por conta do layout, descre digitais (confoianance) e que ele poderá,
Documento
ver o documento (tal como uma carta, ou não, gerar determinado trem de pul
íletrómco
relatório, nota fiscal, memorando inter sos digitais (performance). Assim, cada
no); por conta do conteúdo, descrever o A verdadeira automação do escritório substituirá equipamento de uma rede para inter
tipo de caracteres empregados (latinos, o papel pelo documento eletrónico. Esto é o oh/e câmbio de documentação eletrônica
arábicos, kanjii), a fonte tipográfica, o tivo OPA (Office Documontation Architecture). terá devidamente registrado, provável-
tipo de margem e de formato de tabelas
utilizados. O conteúdo descreverá, tam
bém, se existem ilustrações (definidas
em pixels) e gráficos, definidos em li Glossário
nhas, arcos, retículas). Finalmente, a
estrutura lógica do documento eletrô • ABAE - (Associação Brasileira de Au ção de documento ao ser humano; 3 —
nico informará sobre a estrutura, em ár tomação de Escritórios), com sede em São forma processãveí formatada (FPF) ou in
vore, dos capítulos, páginas, colunas, Paulo, reúne cerca de 200 associados, pes tegração de PF e FF. A maneira mais
parágrafos, blocos que constituem o do soas jurídicas. O PR eleito até jan./90 é completa para o intercâmbio, aberto, de
cumento. Jorge Coimbra (31 Informática), coadju documentos eletrônicos é a FPF.
vado por oito VPs. São da ABAE empre
— Para transmitir um documento sas como Ensil, Itautec, Multitel, Vil- • ODA — (Office Document Architec
ture) — literalmente, arquitetura de do
eletrónico, ele deverá estar na Forma lares. cumento de escritório. O objetivo ODA é
Proccssávol, isto é, tanto a estrutura ló • Dados — no contexto ODA é a informa padronizar a representação eletrônica de
gica quanto o conteúdo do documento ção, sob forma de pura lógica, sem levar um documento, de modo a permitir sua
estarão presentes. Já para imprimir um em conta sua apresentação ao ser hu manipulação via equipamentos e produ
documento, bastará ter o layout e o seu mano. tos de qualquer fornecedor que siga o pa
conteúdo (ou Forma Formatada). • EDI — (Electronic Data Interchange) drão.
— intercâmbio eletrônico de dados.
A partir dos anos 80, entidades como • Forma de documento — o conceito in • ODI — (Open Document Interchange)
— significa arquitetura aberta para in
a ISO, a ECMA e o CCITT dedicaram-se clui: 1 — forma processa vel (FP), que é a tercâmbio de documentos.
a discutir padrões básicos para arquite soma do conteúdo da informação e cie sua • PODA — (P iloting Office Document
tura de documentos eletrônicos, bem organização lógica; 2 fornia formatada Architecture) -- projeto piloto para pro
como padrões de “perfis funcionais” des (FF) que é a soma do conteúdo da informa moção ODA.
tinados a implementar determinadas ção e cio layout utilizada para apresenta
aplicações. Assim, em 84, surgiu no