Page 68 - Telebrasil - Setembro/Outubro 1989

Treinamento

Na IBM e na Ericsson os enfo­ São 23 salas de aula dotadas de equi­

ques podem variar, mas o obje­ pamentos de comutação — a Ericsson

investiu 3 milhões de dólares — para
ensi­
tivo é sempre o mesmo — dar treinamento sobre centrais com
nar ao cliente e ao pessoal da Controle por Programa Armazenado

casa como utilizar, com profi­ (CPAs), da família AXE, e também so­

ciência, máquinas complicadas. bre centrais eletromecânicas de barras

cruzadas. Ao longo de seus trinta anos
A excelência atingida pelos cen­ de existência, o centro da Ericsson já

tros de treinamento destas mul­ treinou 43 mil pessoas, dos quais 31 mil

tinacionais, a longo tempo ins­ eram clientes. Os cursos soore AXE já

taladas no País, já é utilizada representam 60% da atividade do centro

para dar treinamento a alunos de treinamento que opera em três tur­

nos e emprega uma equipe de 35 instru­
da América Latina e a países da tores, em regime de tempo integral, e

língua portuguesa. O centro da treina 200 mil alunos/hora por ano.

Ericsson está completando 30 Na organização da Ericsson do Brasil

anos. Sem educação não há pro­ Heitor Quintolla, orientador acadêmico do cabe ao diretor de tecnologia, Paulo
Instituto Latino-Americano do Tecnologia-

gresso tecnológico, e sem treina­ ILAT, dn IBM. Castelo Branco, a responsabilidade

geral das áreas de tecnologia da produ­
mento não há sucesso empre­ ção, planejamento de suporte, sistema,

sarial duradouro, são as lições a processamento de dados e desenvolvi­

serem aprendidas com estas em­ mento. O diretor de desenvolvimento,

presas de âmbito mundial. Antonio Martins Ferrari, responde

pelas áreas de documentação —algo ex­

tremamente crítico, em se tratando de

softwure para CPAs — além do desen­
P ara a Ericsson do Brasil, o treina­ volvimento de comutação, transmissão

mento técnico é item contratual do

negócio. As operadoras pagam para ter e aparelhos telefônicos e do treina­

seu pessoal treinado em operação e ma­ mento. Frequentam os cursos da Erics­

nutenção de centrais telefônicas. Fun­ son do Brasil, não só técnicos brasilei­

dado em 1959, no Rio de Janeiro, o Cen­ ros, como também de 16 países da

tro de Treinamento Ericsson — a em­ América Latina, além de países africa­

presa está no Brasil desde 1924 e seus nos de língua portuguesa, clientes da

equipamentos desde 1891 — transferiu- Ericsson, explica o engenheiro formado

se em 1971, juntamente com a matriz da pelo Inatel, Sulimar Bitar Silva (17

empresa, para São Paulo. Hoje, o centro anos de empresa), gerente do Centro de

de treinamento fica na Avenida Guara- Treinamento.

piranga no operoso bairro industrial do O treinamento dado pela Ericsson é
(E-D) Jaime B. Rodrigues (chefe do centro),
Socorro, cobrindo uma área de 6 mil me­ Higino Corsetti (Ministro das Comunica­ modular, incluindo disciplinas tais

tros quadrados de área construída, onde ções), Dione Craveiro (Dentei), Gunnar como princípios fundamentais de telefo­

antes era o depósito da Caloi para expor­ Vickberg (diretor gerente da Ericsson), em nia e CPAs, hardware e software dos sis­

tação de bicicletas. 1972, no centro de treinamento Ericsson. temas AXE, marketing intensivo, ins­

talação, teste, operação e manutenção

de centrais. Para operar e manter uma

central AXE são necessárias 240 horas

de treinamento técnico-prático. Ob­

serva Bitar Silva que o treinamento téc­

nico é feito em pequenos grupos de 4 a 5

alunos que interagem com equipamen­

tos instalados, no próprio centro, sob a

supervisão de um instrutor.

Martins Ferrari diz que a introdução

de software modificou radicalmente a

concepção que se tinha das centrais tele­

fônicas, cujo hadware agora é mais ou

menos padrão. “Uma central AXE, do

tipo CPA, é organizada ao longo de uma

malha comutadora e de um sistema de

controle. Cada um destes grandes seg­

mentos, por sua vez, divide-se em mó­

dulos menores denominados blocos fun­

cionais. Estes são implementados ape­

nas via software ou combinado com had-

w aré\ ele ensina, acrescentando:

— Para atender às requisições do cli­

ente e montar um sistema de aplicação

consultamos uma biblioteca de fontes,
No grupo de estagiários, do curso Ericsson, na sede da CTBC-Borda do Campo, em 1960: o PR

da CTBC Oliver Tognato (ao centro), o chefe do Dep. de Redes, Joaquim Fontoura (3? E) e que é um repertório mundial de funções,

Robeli Libero — hoje, alto executivo na IBM (3? D). incluindo módulos software ou combi-