Page 18 - Telebrasil - Março/Abril 1989
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C o m u n i c a b i l i d a d e : é n o v a Abinee elege
p a l a v r a d e o r d e m n a i n f o r m á t i c a nova diretoria
A nova diretoria da Ass. Bras. da Ind
Elétrica e Eletrônica tem como PR, Paulo
“Conectividade”, do inglês connecti por exemplo, que um computador qual
vity (to connect), será a palavra de or quer se dirija a outro, através de um d’Arrigo Vellinho (Constr. Eletromecâ-
dem que cada vez mais ouvirá a indús meio de comunicação, para pedir, diga nicas S.A.) e como VPs, Benjamin Funari
tria de teleinformática. O vocabulário mos, acesso a uma consulta a Bancos de Neto (Milfra), João Chiminazzo Neto
significa a necessidade de que diversos Dados. O modelo OSI está sendo objeto (Porcelana Ind. Paraná)e Stefan B. Salej
equipamentos e serviços, com base na de refinamento adicional, denominado (Tecnowatt). A extensa lista de VPs
eletrônica digital, não importando qual ODP (Open Distributed Processing), ainda inclui: A. Bessa (Arno), E. Maga
origem ou fabricante, possam falar en que visa padronizar o acesso a dados e a lhães (Sharp), G. Vikberg (Xerox), L. C.
tre si. Melhor seria falar, em português, íunções específicas entre computadores Bahiana (Equitel), P. Triches (Triches),
de comunicabilidade, um conceito abor distantes. R. Amato (Springer Carrier do NE) e S.'
dado pelo setor de TCs, com a implanta A padronização de equipamentos e Juvenal (Philips). Como secretários: R.
ção da Rede Digital de Serviços Integra serviços envolve problemas econômicos Salles Cunha (Sicom), C. Robles (Pirelli),
dos — RDSI. e até geopolíticos. O antigo dispositivo I. Shinohara (National); e como tesourei
Quem diz comunicabilidade, diz so deve permanecer compatível com o mo ros: C.A. Gravatá (Daruma) e W. Bar
bretudo padronização, o que significa a derno, (ainda que este possa realizar bosa (Philco Rádio e Televisão).
decisão de um grupo de como fazer algo mais) e ativos físicos existentes, im A lista de vinte diretores inclui: A
de determinada maneira. Na Europa, plantados com base em determinada Hennel (Semp/Toshiba), A. Carasso
em 84, fabricantes, tais como Siemens, tecnologia, devem ser preservados de (Compo), F. Freitas (Bravox), F. Maurí
Ofivetti, Buli e outros, criaram o SPAG uma obsolescência anti-econômica. cio Neto (Cerâmica Santana), G. Herz
(Standard Promotion & Application A IBM, por exemplo, desenvolveu (Unysis), G. Garbi (Nec), G. D’Arrigo (In-
Group) para desenvolver, testar e im para suas máquinas uma arquitetura trai), J. Grossmam (Engro), J. Coelho
plantar normas de comunicabilidade. proprietária denominada System Ni't- (Trafo), J. Marques (Asea B.B.), J. Viel
Com similar objetivo, o Japão lançou work Architecture (SNA) que, numa (Renomax) M. Lacerda (Batik), M. Man
pouco depois, a POSI (Promotion for primeira fase, tendia a manter os usuá gels (Mitec), P. Viera (Itel), R. Kaminitz
Open System Interconnection) congre rios cativos do sistema. A partir de 86, (Douglas), R. Isnard (Multitel), R. Braga
gando fabricantes nipônicos, como a porém, a organização mudou de estraté (Orteng), S. Perrotti (CBB), T. Lage
NEC, Toshiba, Fujitsu. Em 86 foi a vez gia passando a dar suporte também as (Nansen). T. Nikoloff (Eletrônica R. G.).
dos norte-americanos que reuniram 17 aplicações OSI, além das SNA. Para o Se contarmos com os membros do Conse
fabricantes e 6 usuários ao formarem a futuro a tendência deverá ser rumo ao lho Fiscal, são nada menos que 43 empre
COS (Corporations for Open Systems). SAA (System Aplications Architec sários participando da gestão da Abinee.
O Brasil acompanhou a tendência in ture), um sistema que visa atender inte O Conselho Superior é formado por Paulo
ternacional e instituiu, em 88, a Socie gralmente aos requisitos da ISO. A. Vellinho; Aldo A. Lorenzetti; Firmino
dade Brasileira para Interconexão de Hoje em dia, a IBM se convenceu que Rocha de Freitas; Manoel da C. Santos;
Sistemas Abertos (BRISA), que tem é melhor negócio partir para a comuni Affonso B. Hennel; Antonio Carreira;
sede em S. Paulo, e visa congregar usuá cabilidade total e passou a incentivar a Antonio Müller; Atilano de Ons Sobri
rios, fornecedores, operadores, interes comunicação de seus produtos com am nho; Carlos R. Villares; Eduard T. Laun-
sados na implantação do modelo OSI. A bientes náo-IBM. Em seu Centro Cien berg; Eggon João da Silva; Eugênio
Brisa se propõe a testar a “interopera tífico, de Dallas, no Texas, a organiza Staud; S.H. Sluiter; Felipe Arno; Her
bilidade” de sistemas e a outorgar certi ção possui uma rede incluindo equipa mann H. Weber; Hugo Etchenique; Ro
ficados. Ela já possui estatutos, se pro mentos e facilidades de procedência dis dolfo Bertola; Rubem Ludwig; Rundolf
põe a apoiar a comissão CB-21, da Asso tinta, como 3090,9730, VAX/DEC, PCs, Hohn; Sergio Prosdócimo; Sergio Hu-
ciação B rasileira de Normas Téc HP, além de redes locais Token Ring, goline.
nicas, e tem como sócios participantes Ethernet, tudo visando testar produtos No Rio, a nova diretoria regional tem
empresas nacionais (pela Lei de Infor de comunicabilidade interfabricantes como PR Otávio Jardim (Moddata) e VP
mática). Seu lema é “cooperar para “in- como Mitek, Flexilink e SNA/SDLC. Haroldo C. de Mattos (Sesa). Os 14 conse
teroperar”. Como explica Henry Bass, do centro da lheiros são: João Batista P. Neto (Micro
Outro esforço para padronização IBM em Dallas: — tudo que funciona system s); Renato S. e Silva (ABC
de equipam entos digitais partiu de num computador não-IBM deverá tam Teleinf.); Walter Conte (Agena); Murillo
grandes usuários de teleinformática bém operar em um ambiente IBM — Lamas (Avel); Nelson Gurman (General
que passaram a especificar o que deseja mais não poderia ser dito. Electric); Felipe Altberg (Induco); Carlos
vam adquirir. Foi o caso da General Mo Uma organização que procurou esta D’Harcourt (Lys); Sergio H. Silva (Micro-
tors com o seu Manufacturing Automa belecer seus próprios padrões foi o De lab); Hélio Geraldino (Setha); Caio A.B.
tion Protocol (MAP) e o da Boeing com o partamento de Defesa norte-americano de Alcântara (Stieletrônica); Edwaldo
Technical Office Protocol (TOP). Mas o (DOD) que, preocupado (ao início da dé Cedro (Transmitel); João Alberto S. Ara
centro do esforço para padronização da cada de 80) com a incompatibilidade nha (Van Den Científica); Carlos Joa
teleinformática deve-se à UIT (União existente entre seus milhares de compu quim Carvalho Westinghouse); Gunar
Internacional de TCs) e à ISO (Organi tadores, desenvolveu o Transaction Vikberg (Xerox). v
zação Mundial de Padrões), que apoia Control Protocol/Internet Protocol, mas
ram um modelo de referência aberto de conhecido como TCP/IP, que ele impõe a
7 níveis — o modelo OSI. seus fornecedores. Dentre as vantagens
Este modelo visa padronizar as inter que oferece o TCP/IP está o de permitir
faces entre determinado nível (onde que determinada máquina se torne,
certo tipo de funções acontecem) e os ní para a maioria dos efeitos práticos, um
veis adjacentes, superior e inferior. terminal (virtual) de outra. “Nos Esta B í â s i l
Tudo acontece como numa corrida de re dos Unidos, Governo, militares e o sis O S CAMINHOS
vezamento de bastões. O bastão (a infor tema financeiro e bancário pensam se PARA UM PA IS MELHOR
mação) só é recebida por um atleta (ní riamente na integração de seus sistemas
vel), se o seu companheiro obedecer a visando sua comunicabilidade” — afir
determinadas regras e códigos que mar mou Henry Bass, que esteve recente
cam o rito desta passagem. Assim é que mente no Brasil. (JCF) v
o atual modelo OSI, de 7 níveis, permite,