Page 73 - Telebrasil - Janeiro/Fevereiro 1987
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quadrados na Riotec (pólo industrial de
ao desenvolvimento. Desta forma, o con de produtos, os engenheiros dispõem, informática), em Jacarepaguá, para
vênio com a Facens tem contribuído no também na fábrica, de sistemas avança construir uma fábrica dedicada ao setor
estabelecimento de uma colaboração re dos. O laboratório de integração hnvd- de informática, segundo as característi
cíproca no campo da engenharia elétri ware/software possui, inclusive, um cas estabelecidas pela Riotec.
ca, através do incentivo da atividade de sistema de desenvolvimento multi- É intenção da Splice contratar rnao-
ensino e pesquisa. Os alunos desenvol usuário, com capacidade para oito usuá
vem projetos visando sua aplicação dire rios simultâneos, onde os engenheiros de-obra local em Manus e Rio de Janei
ro, a exemplo do que vem sendo feito em
ta na indústria, sob a supervisão de pro podem testar os programas criados em Campinas. Apenas o pessoal responsá
fessores da Facens e engenheiros da condições reais de campo.
Splice, e têm a facilidade de contar com vel pela gerência das novas fábricas
os laboratórios da faculdade e da pró De olho no futuro será de Votorantim.
pria indústria. Além disso, o currículo é A exportação também está nos pla
constantemente atualizado, visando nos da Splice, segundo adiantou o presi
atender a renovação tecnológica, de Como qualquer empresa bastante jo dente da empresa, que pretende desta
acordo com as necessidades da indús vem, o futuro é um elemento sempre forma buscar novos mercados.
tria, e inclui programas de pesquisa e presente na Splice, que tem muitos pla "Temos feito alguns esforços neste
desenvolvimento de novos produtos.” nos em relação à ampliação das instala sentido. No momento, estamos inclu
Ao ingressar no terceiro ano da facul ções e ao desenvolvimento de novos pro sive aguardando a resposta de uma lici
dade, os alunos interessados iniciam o dutos não só dirigidos para os setores tação que participamos no Chile, para
estágio na Splice e, uma vez formados, das telecomunicações e automação de fabricação de carriers. E estamos nos
são todos aproveitados. escritório, mas também para o lazer. preparando para participar de outras
No momento, a empresa tem colo Em Campinas, onde a empresa já duas na Argentina.”
cado em prática uma nova filosofia, den possui uma filial para pesquisa e desen A Splice também tomou parte, recen-
tro do convênio com a Facens: é o estágio
remoto, como explicou Alexandre Beldi
Neto.
'Tor este novo programa, os alunos
iniciam o estágio dentro da própria fa
culdade, com total supervisão de enge
nheiros da Splice. No quinto ano, o está
gio é transferido para a indústria e, as
sim, quando se formam, os novos enge
nheiros já são profissionais experien
tes”.
O presidente da Splice revelou ainda
que dentro da Facens há também a for
mação de mão-de-obra de nível médio,
através de cursos profissionalizantes,
"que têm se revelado um excelente in
centivo para o ingresso na carreira de
engenheiro.”
Além de contratar o pessoal que está
se formando, a Splice também recruta
profissionais de alto nível no mercado,
quando há necessidade de preencher
áreas bem específicas, como é o caso da
tecnologia digital, "na qual ingressa
mos recentemente”. O "olhào” da Splice despertando a curiosidade do público jo v e m , em recen te exposição
"Aliás, o primeiro microcomputador
educacional registrado na Secretaria
Especial de Informática (SEI) é da Spli volvimento de alguns projetos, foi cria Leniente, c m uucts
ce: é o SED-80, cujo desenvolvimento foi do um pólo de desenvolvimento tecnoló cou, União Soviética. A primeira, exclu
iniciado em 1980.” gico: a Splice Pesquisa e Desenvolvi siva de telecomunicações, reuniu diver
Sempre preocupada em manter seus mento, que se dedica à pesquisa e desen sas empresas brasileiras do setor, numa
profissionais em dia com novas tecnolo volvimento na área de comunicação de iniciativa que ficou a cargo do Itamara-
gias, a Splice possui em Sorocaba uma dados, contando com cerca de 25 empre ti. A outra mostra foi sobre o Brasil, com
empresa de treinamento, dirigida, em gados. a apresentação de produtos de diversas
particular, para a área de microcompu Com a entrada em funcionamento áreas de atividades.
tadores. das novas instalações, o núcleo de pes De um início discreto e destinada ex
"Nossos engenheiros são periodica quisa e desenvolvimento de Votorantim clusivamente a suprir o mercado de
mente reciclados e com isso estão per vai se dedicar exclusivamente à área de construção de redes telefônicas, a Splice
manentemente atualizados no que diz telefonia: transmissão, comutação e ins é hoje uma empresa de porte médio, já
respeito aos avanços tecnológicos. Mas trumentos de testes de rede. com tradição no setor das telecomunica
um fato tem que ser destacado: todos os "Mas nossos planos vão mais além”, ções e eletrônica e com disposição para
produtos da Splice são sempre desenvol revelou Alexandre Beldi Neto. disputar mais e mais clientes. O segredo
vidos com tecnologia própria. Este é um Em M anaus, a Splice está cons do sucesso? Para Alexandre Beldi Neto,
princípio do qual não abrimos mão. Em truindo uma fábrica onde serão desen a resposta é simples:
nossa fábrica de Votorantim, o núcleo volvidos e industrializados produtos "Não podeipos estar voltados exclusi
de pesquisa e desenvolvimento tem eletrônicos ligados ao lazer. A nova fá vamente para ganhar dinheiro. Temos
cerca de 150 pessoas, 80 das quais de ní brica deverá entrar em operação até o fi que pensar a longo prazo, investir na
vel superior, com dedicação integral à nal do ano. formação de profissionais especializa
pesquisa.” No Rio, a empresa comprou um terre dos, de técnicos de alto nível. Só assim
Além disso, para o desenvolvimento no de aproximadamente 1 2 mil metros enfrentaremos o desafio do futuro.”