Page 9 - Telebrasil - Março/Abril 1986

Pesquisa:
I I
Depois de dois meses de trabalho, o
Ibope d ivu lgou os resultados de uma
pesquisa encomendada pela Telebrás no
sentido de se avaliar estatisticam ente o
que mudou na expectativa da população
no primeiro ano de atuação do M inistro
Antonio Carlos M agalhães à frente do
TELEFONE E UM
BEM PRECIOSO
• Um em cada três entrevista­
dos (34,3%) tem telefone e
acham que o mesmo:
— dá maior comunicação
(76%)
— é bom na em ergência
(65%)
— economiza combustível
(31,8%)
— dá maior
(20,3%)
— é bom in vestim ento
(22,2%)
• Dois terços dos entrevistados
(65,6%) disseram não ter tele­
fone e se comunicam:
— via telefone
(79,2%)
— pelo telefone do vizinho
(25%)
— no trabalho (18,7%)
Usuários opinam sobre
o serviço telefônico
M inistério das Comunicações. A conclu­
são da pesquisa indica que a grande
m aioria dos entrevistados (76,6%) con­
siderou entre "ótim o” e "bom ” o serviço
telefônico prestado pelas empresas de
telecomunicações.
A pesqu isa tam bém m ostrou que
ainda se usa muito pouco o telefone no
Brasil e, por isso mesmo, o Ministro A n ­
tonio Carlos M agalhães tem definido
como prioridade o programa de popula­
rização do telefone, baseado principal­
mente na ampliação do atendimento a
cam adas de m enor poder aqu isitivo,
através de alternativas técnicas como
as Centrais Telefônicas Comunitárias e
o aumento da Rede de Telefones Públi­
cos. O resultado desta pesquisa está nos
quadros anexos.
Telefones Públicos
Ao determinar a implantação, até o
final deste ano, de pelo menos 60 mil no­
vos telefones públicos, a Telebrás estará
alcançando imenso número de usuários,
como mostra a pesquisa do Ibope, onde
79,2% recorrem aos "orelhões” para fa­
zer qualquer chamada. De acordo com o
0 USO DO TELEFONE
REFLETE A SOCIEDADE
S 3
segurança
público
• Poucos (6,6%) fazem mais de
Quase a metade (49,9%) dos
usuários usam o telefone
duas vezes por dia para cha­
madas locais, principalmente
para falar com
(27,6%) ou por necessidade
(20,7%).
Uma boa parte (22,5%) usa o
telefone entre 3 e 5 vezes por
dia, principalmente para tra­
tar de negócios (31,1%) e falar
com parentes (27,8%).
Uma minoria (6,6%) usa o
telefone mais de 10 vezes por
dia. Trata-se de conversações
de negócios (73,4%).
De cada três usuários (30%)
um, pelo menos, faz duas
chamadas interurbanas por
mês para falar com parentes
(65,9%).
10 chamadas interurbanas
mensais. Metade para negó­
cios (51%) e o restante para
falar com parentes.
levantam ento, apenas 27,9% das pes­
soas entrevistadas não precisam se co­
municar com o interior.
Contudo, 23,5% dos entrevistados
acham que o serviço é "r e g u la r ” ou
"ruim ” . O Ibope ouviu habitantes de to­
dos as regiões do País, porém concen­
trou a distribuição dos questionários no
Sudeste (Espírito Santo, M inas Gerais,
Rio de Janeiro e São Paulo), onde foram
ouvidos 60,8% do total de pessoas entre­
vistadas, divididas em 72,7% de áreas
metropolitanas e 27,3% do interior.
M a is de 60% dos e n tr e v is ta d o s
acham que as ligações locais e interur­
banas são "caras” . Outras 39,2$ enten­
dem que não são "baratas” e acham o
custo das chamadas locais "m ediano” .
21$ dos usuários pensam o mesmo dos
interurbanos. 43,7% não acreditam que
o preço das ta rifa s tenha ficado, em
1985, abaixo da inflação, embora seja
verdade, segundo a Telebrás. Apenas
6,3$ dos entrevistados concordam com
a "holding”, e outros 36,6% acham que
as tarifas ficaram iguais à inflação.
As demais informações da pesquisa
do Ibope estão relacionadas nos quadros
anexos. "®"
A IMAGEM DO SETOR
• A maioria (76,6%) acha o ser­
viço ótimo e bom.
parentes
• Praticamente todos (99,6%)
utilizam o telefone público.
As fichas são encontradas fa*
cilmente (81,5%) e os TPs
também (69,8%).
• Os entrevistados desejam:
— Mais telefones públicos
(10,4%).
— ampliação da rede (10,3%).
— tarifas mais baixas (8,6%).
• 0 telefone compartilhado
não é conhecido (76%), mas
tem demanda (32,6%).