Page 68 - Telebrasil - Maio/Junho 1986
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operadoras
TELESP
Ainda não há decisão
COMBATE MALÁRIA
sobre telefonia móvel
Surto de febre amarela, "dengue” e
h e p a tite no Rio de Janeiro. O sani-
dio e Televisão — Abert, a respeito do tarista Oswaldo Cruz morreria de des
espectro de freqüências. Enquanto isso, gosto se ainda estivesse vivo no ano de
o setor de TCs perde receita, o usuário 1986. As epidemias assolam os grandes
(ainda que elitista) não pode usufruir de centros urbanos e para evitar em Sáo
um novo serviço, e a indústria que deixa Paulo os mesmos índices fluminenses e
de fa tu ra r na produção de eq u ip a cariocas é que a Telesp resolveu encam
mentos. p a r um a cam p an h a preventiva in
serindo nas contas telefônicas com ven-
Brasil / Itália cim en to em m aio, a frase: "Febre
Amarela não é brinquedo! Esvazie reci
O M inistro Antonio Carlos Maga pientes que acumulam água”.
lhães e o Ministro dos Correios e Telé A in ic ia tiv a p artiu da constante
grafos da Itália assinaram acordo de preocupação da Sucen — Superinten
cooperação técnica e tecnológica no dência de Controle de Endemias, sobre a
campo das telecomunicações. Segundo o crescente invasão do "Aedes Aegypti”,
Ministro das Comunicações, o acordo mosquito transmissor da febre amarela
Telefonia móvel dependendo da Telebrás e itálico-brasileiro terá a seguinte pre e do "dengue” no Estado de São Paulo.
da Abert para entrar em ação. missa: "enquanto nos interessa levar à Os prim eiros focos foram descobertos
Itália os serviços de televisão e telefo em A raçatu b a, em março, e daí em
nia, os italianos esperam oferecer ao diante, gradativamente, outros municí
A telefonia móvel não deslancha ape Brasil as técnicas mais modernas dos pios foram sendo infestados. A orienta
sar de ter mercado, enquanto não se re serviços de base: telefonia, telex e ele ção presente na conta visa evitar a proli
solver o conflito entre a Telebrás e a As trônica, o que nos perm itirá adquirir feração dos insetos através de águas es
sociação Brasileira de Emissoras de Rá maior experiência na área”. tagnadas. (CDL).
Vida longa aos TP’s, é cada vez mais difícil
Enquanto em Santa Catarina, a partir adultos para o problema de recuperação nio João Ribeiro, o índice de "orelhões”
de abril, o Telefone Público vai poder con dos aparelhos. Além da peça, fazem parte danificados no Grande Rio chegam a 10*7
tar com a amizade e dedicação de todas as do que a SC — Serviços de Comunicação dos 7.152 instalados e o conserto de um
crianças para se defender de seu arquiini- Ltda. e o publicitário Emílio Cerri cha aparelho avariado pode demorar, em mé
migo, o "Capa Preta”, outros perversos mam de programa educativo, filmes para dia, 72 horas. No Rio Grande do Sul. o nú
agentes do mal continuarão agindo, em TV, spots para rádio e anúncio para jor mero de "orelhões” atingidos por depreda
diversos Estados do Brasil, tirando de cir nais; além de botons, jogos, revistas para ções chegou a 4 mil dos 6 mil do Estado.
culação os chamados "orelhões”. colorir e adesivos, distribuídos às cri Segundo a Companhia Riograndense de
A conservação dos telefones públicos anças. Telecomunicações (CRTi, essa quanti
anda cada vez mais difícil frente aos fre dade está apresentando redução depois do
quentes atos de vandalismo que danifi Recuperação caso de um rapaz que autuado em fla
cam a cada mês, só no Estado de São Pau grante ato de vandalismo foi condenado,
lo, cerca de três mil aparelhos. Esquemas Em São Paulo, um "orelhão” pode fi ano passado, a trabalhar 64 horas auxili
de reparo sáo adotados pela maioria das car quebrado até, no máximo, uma se ando as equipes de conservação.
empresas do grupo Telebrás, embora pou m ana, se não houver reclam ações à Em Belo Horizonte, os telefones públi
cas tenham se preocupado efetivamente Telesp. Isso porque, como garante o chefe cos avariados chegam a 5^ do total de
com medidas preventivas. Entre estas úl de gabinete da presidência da empresa, 4.406. Já em Salvador, foram registrados
timas encontra-se a Telesc, que recente Carlos Eduardo Vassimon, cada um dos 1.500 aparelhos danificados dos 3.212
mente lançou, em conjunto com a Secre 38.784 TPs do Estado é vistoriado rotinei existentes. Em Curitiba, estão perma
taria de Educação do Estado, a Campa ramente, uma vez por semana. Ligar para nentemente em reparos cerca de 17Tc dos
nha de Preservação dos Telefones Públi as empresas avisando sobre o não funcio 3.906 telefones e, em Recife, o número de
cos. Como principal expediente, uma peça namento de um TP é uma atitude rara telefones inoperantes chega a 15f< dos
infantil intitulada: "O Telefone Público, mente tomada pelas pessoas. 3.906. Em Brasília, durante os meses de
um Amor de Alô”. Conta a estória de como Os problemas mais comuns, responsá janeiro e fevereiro passados, teve 822 TPs
um "TP” sofre a ação do "Capa Preta”, veis por perdas parciais ou totais dos TPs, dos 1.626 reparados. Em todas essas cida
sendo salvo por seus amiguinhos, que pro são caracterizados por roubos de fones, des o tempo de demora para conserto gira
videncialmente ligam para o 103, sem au danos aos discos, e colocação de palitos, em torno de 24 a 72 horas. A Telesp gasta,
xílio de fichas e pedem ajuda à Telesc. grampos e outros objetos no orifício de fi em média, Cz$ 680,00 por telefone re
Para o presidente da empresa catari chas, além do conhecido "afogamento” — parado e a Telesc utiliza 35*2 da receita
nense, Saulo Vieira, a campanha é uma água colocada no interior do aparelho gerada pelos próprios TPs em todo Estado
tentativa de, através da linguagem e da para conseguir linha direta. com gastos de recuperação.
participação infantil, sensibilizar os Segundo o presidente da Telerç, Antô Contratos firmados com a Sociedade