Page 24 - Telebrasil - Maio/Junho 1986
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— Em relação à Central Temporal valeram, respectivamente, a 210 e 280 resultado, visto que a central, especifi
Trópico R obtivemos três primeiros lu Erlangs (uma medida estatística dojbrá- cada para operar com .08E/terminal, foi
gares. Ganhamos a l.a concorrência fego telefônico). Mas a capacidade espe testada com o dobro de sua carga nor
para seu fornecimento; somos os primei cificada para a central Trópico RA é de mal, sem acusar perda de chamadas.
ros a embarcar este tipo de equipamento 320E, que correspondem a 9,6 mil cha Um resultado excelente — concluiu sa
para uma operadora, que é a Telama- madas/hora de 120s de duração ou 12,8 tisfeito Parola.
zon; e vencemos a maior licitação já fei mil chamadas de 90s.
ta para o Trópico, com 21 mil linhas — Assim, tivemos que extrapolar os Mercado
para a Telesp — contou com orgulho Se- resultados devido à limitação dos equi
bastião Esteves Alpha, diretor de pamentos de teste, o que não invalidou o Por seu potencial mercadológico e es
Operações e Mercado da PHT (uma em tratégico a condução do projeto Trópico
presa do grupo Promon). é objeto da política industrial do Mini-
com. O desenvolvimento está sendo con
Trópico duzido pelo CPqD, com a participação
da PHT e da Elebra, que, juntamente
A odisséia do Trópico vem de longa com a Sesa, são as empresas detentoras
data e sua relevância é explicável por se históricas da reserva de 100% do mer
tratar do desenvolvimento de tecnolo cado para o fornecimento de centrais
gia nacional para comutação — um dos temporais de pequeno porte (C e R) Mas,
segmentos que mais movimentam in não será difícil imaginar que ampla
vestimentos em TCs. A idéia nasceu, em gama de potenciais fornecedores dota
73, com o grupo Siscom (USP/Telebrás), dos de capacidade empresarial, como os
prosseguindo no CPqD, e que resul grupos ABC, Daruma, Sul América,
taria, em 83, no Trópico C (concentrador Splice, Multitel, se sintam inclinados a
de 192 terminais); em 85, no Trópico R contestar a situação e queiram entrar
(central de 1.536 t); e em 86 no Trópico no segmento reservado das centrais
RS (4.096 t) O próximo passo está pre Trópico.
visto para 89/89, com o surgimento do O problema tende a se tornar mais
Trópico RA (16 mil terminais) — uma agudo com a chegada das centrais Tró
central de médio porte. pico (RA) — consideradas de médio
Para Aldemar Parola, gerente de co porte. Para este tipo de equipamento,
mutação do CPqD, o Trópico RA é uma metade das aquisições do Sistema Tele-
extensão tecnológica do (R) e será carac brás foi reservado pelo Minicom para a
terizado pelo aproveitamento dos mó indústria nacional, ao passo que os res
dulos de terminais, introdução do pro Componentes eletrônicos que formam as pia- tantes devem ser objeto de livre concor
cessador preferencial do CPqD (Rcv. J/F cãs do Trópico R. rência, inclusive com a participação das
86; pg. 29) e quadruplicação da capaci
dade das matrizes de comutação. Além
do mais, serão empregados quatro pla
nos de comutação ao invés de 3 (tal como
acrescer mais uma turbina num avião a
jato), com o que se terá 6 vezes mais ca
pacidade de tráfego e melhor desempe
nho, nos casos de falha parcial de um dos
planos de comutação.
Mas, Trópico não é só teoria e por ins
piração de Manfredo Hering (ex-Em-
bratel e ABC, agora superintendente de
P&D do CPqD) procedeu-se ao teste de
tráfego da central que está sendo em
barcada pela PHT para a Telamazon.
Aldemar Parola explicou que os testes
— realizados fisicamente na PHT —
duraram uma semana e empregaram 4
geradores Simat (Simulateur d’Appel
Telephonique), capazes de gerar um to
tal máximo de 8.400 chamadas/hora.
Detalhando a operação, ele disse que
a especificação do número de chamadas
por hora depende do "tempo de retenção
(duração) médio” da chamada, no Brasil
de 90 a 120 segundos. Assim, o teste efe
tuado na PHT, com 8.400 chamadas/ho
ra, com tempos de 90s e de 120s, equi Primeiro Trópico R que está sendo embarcado para Manaus, encomendado pela Telamazon