Page 69 - Telebrasil - Novembro/Dezembro 1985
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tente em computadores IBM, no mundo. disse Margerum — nos quais "ponteiros” guir — distinguiu Raymond Margerum.
— Em termos de estratégia de software, proveem a interconexão lógica necessária A seguir, ele mostrou como a estrutura
a IBM encontra-se no processo de centrali entre os dados. Esses bancos de dados estru do Datacom/DB da ADR é constituída de
zar o controle da sua arquitetura da rede turados, onde se navega, de ponteiro em tabelas (view), grupamentos de arquivos
(SNA) pela migração dos usuários para os ponteiro, até achar determinado dado, es (área) e um índice relacional que contém
ambientes virtuais VM e MVS. Assim, dei tão, hoje, sendo substituídos por modelos vocábulos-chave com ponteiros embutidos
xará proliferar os sistemas operacionais in relacionais. Nestes, os dados são colocados empregados para identificação de todos
dividuais em todos os níveis, mas manterá em tabelas, acrescentando-se os operadores seus valores nas tabelas (vide diagrama).
um controle centralizado através do VM/ Outro ponto relevante foi levantado por
MVS — prognosticou o conferencista. ^ Tony Percy, ao recomendar a normaI ização
Falando das atuais tendências para a c$ dos dados (o que se relaciona com que e
informática, Tony Percy, 38 anos, técnico 5 como) e o emprego de chaves não significa
da ADR, com mestrado em linguagens por tivas. Lembrou ainda que existe, no mer
Oxford (UK), destacou as seguintes: 1) a cado, BD relacionais de dois tipos— com ou
proliferação de computadores pessoais; 2) a sem ponteiros embutidos nas tabelas —
saturação dos grandes computadores, algo que sempre deve ser examinado.
frente ao acúmulo de aplicações; 3) a des
centralização departamental pelo emprego Sistemas de 4.“ Geração
de computadores para uso específico; 4) a
proliferação de redes de interconexão locais Stephen Gerrard, vice-presidente da
(LAN); 5) a aceitação, pela IBM, de que a ADR, disse que o software de 4.“ geração
arquitetura de redes SNA não necessita ser não é uma idéia nova — já existe há cerca
totalmente hierárquica; 6) o compartilha de 7 a 8 anos —, mas é algo ainda não pa
mento dos recursos entre main-ffames e dronizado. Dentre suas principais carac
computadores pessoais. terísticas ele destacou o aumento da produ
Quanto à Inteligência Artificial, Tony tividade do usuário final (que vê sua tarefa
Percy a definiu como uma nova tecnologia facilitada por meio de ferramentas, tais
interessante, sendo objeto de pesquisa na como edição de textos, composição de lay-
ADR, com ênfase nas áreas de sistemas es outs e janelas), o emprego da filosofia rela
pecialistas e de conhecimento. Sobre micro- Raymond Aturde rum, pivsidente da ADR In cional no Banco de Dados e muitas outras
code (uma técnica em que instruções são ar ternacional. fhei 1 idades. Disse o executivo:
mazenadas permanentemente em me O processamento de dados, que já foi
mórias ROM), afirmou o técnico que a sua uma coisa simples, hoje se tomou comple
disseminação (pela IBM) poderá ser limi necessários (sí'hr( ,join) para manipular es xo. Suas aplicações vão desde o desenvolvi
tada por razões de desempenho. sas tabelas. No enfoque relacional os regis mento de novos sistemas até manter e re
tros são selecionados pelo valor de seu con formular programas existentes. Os usuá
Informática na empresa tendo (o que elimina a navegação com |x>n- rios necessitam de programas para serem
teiros, algo sempre complicado) e empre usados uma só vez ou software complexos, a
"O recurso mais importante em qual gam-se comandos não "procedimentais”. nível departamental, que devem levai* em
quer organização são as pessoas e, logo a se Ao trabalhar com BI) relacionais pro conta Uxlo o tipo de ambiente (on fine, por
guir, a informação” , admitiu Raymond grama-se o que se deseja obter e não mais lotes, transações, etc...). Em consequência,
Margerum, presidente da ADR Internatio qual o procedimento o computador deve se as linguagens de 4.‘ geração, com coman-|
nal. Numa empresa existem 3 níveis de
tratamento das informações, disse ele: — o
operacional (tipo contas a pagar), o geren
cial (relatórios de controle) e o estratégico
(planejamento global).
A partir do modelo do professor R.
Noland, de Harward (vide tabela que prevê
os 6 estágios pelos quais passa a informá
tica nas organizações), o presidente da
ADR conduziu sua palestra para indicai' a
inevitabilidade da migração dos atuais
Bancos de Dados para as técnicas de 4."
geração. Mostrou que, no entanto, essa mi
gração não irá requerer alteração dos pro
gramas já escritos e pode ser feita via com
putador, ao passo que, caso se tratasse de
uma conversão, seria necessário rever pra
ticamente todas as aplicações existentes na
empresa.
De maneira didática, o conferencista in
dicou que o conceito de Bancos de Dados foi
inicialmente criado devido aos problemas
decorrentes da proliferação de arquivos
(cada programa tinha seu arquivo), redun
dância entre dados e dependência entre
programas, dados e ambientes de progra
mação, o que tomava a manutenção dos
programas extremamente dispendiosa.
— Um primeiro grande progresso foi ob
tido com a unificação dos arquivos organi Organizarão de um BD relacional Podem ser acrescentadas chaves, colunas, etc... sem alterar os
zados em Bancos de Dados estruturados — programas já existentes.