Page 40 - Telebrasil - Julho/Agosto 1985
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D E B A T E I
Diante de uma platéia ansiosa por Ministro: O maior incentivo que eu posso nham menor fôlego, para q u e elas
saber as diretrizes e idéias dos novos dar é arranjar dinheiro, é conseguir recur sair dessa situação de verdadeimo.53'11
administradores, o debate da parte da sos para dar encomendas a essas empre em que se encontram. bU|oco
sas, principalmente às pequenas e mé
manhã teve como entrevistados o Mi
dias. Tribunal Federal de R e c u í S S K do
nistro das Comunicações, Antomo
Intelbrás: A telefonia rural visa atender o à Telesp, com relação ao processn m vel
Carlos Magalhães, e o Presidente da agricultor individualmente, o atendimento pela L I B contra a empresa g »
Telebrãs, Almir Vieira Dias. da localidade ou o atendimento coletivo, Paulo. V. Excia. já tem condições d ei °
Os entrevistados, reafirmando seus através de postos de serviços, ou se todos near o andamento do grave problems a
próprios estilos e personalidades, simultaneamente? listas telefónicas? H ema das
deram uma aula de política democrá Ministro: Vamos atender a todos na me Ministro: Este fato pode criar junspruriõn
dida das necessidades, começando pelas cia e nos ajudar a resolver o problema £
tica, além da franqueza que lhe são
vilas e povoados até chegar nas fazendas. listas telefônicas, não só em São Paul,
peculiares, ao abordar temas os mais
Isso vai representar grande economia para mas também no Rio de Janeiro eoutros R
variados. o País e sobretudo para o consumidor que tados. Vamos tomar posição para resolver
tomará conhecimento mais rapidamente esses problemas com a maior rapidez nns
dos preços dos produtos e os próprios ho sível.
mens do campo poderão entender se com Felipe Altberg (In d u c o ): Desde novembro
maior rapidez através da telefonia rural. A as indústrias não recebem encomendas da
Quandt de Oliveira (pres. T e le b ra s il): Re Secretaria Geral do Mmicom está estu Telebrãs. Hoje foi publicado no “Jornaldo
cente decreto estabeleceu que nenhum dando um meio de fazer, junto à Telebrãs, Brasil” que essas encomendas, segundoa
contrato deverá ser assinado a curto prazo um programa em que possa informar ante h o ld in g do sistema, seriam dadas ja! A no
com as empresas. Isso preocupa profunda cipadamente os preços dos produtos agrí tícia é verdadeira?
mente o empresariado, a industria de uma colas para as diversas áreas do país. Ministro: Se os ministros Joào Sayade
maneira geral. 0 Sr. tem idéia de quanto Francisco Dornelles permitiremoaumento
tempo isso vai durar ou quando poderemos de tarifas já , nós faremos isso imediata
ter novamente possibilidade de contratos mente. Mas se eles adiarem o aludido au
com o sistema de TCs? mento nao posso garantir que essas enco
Ministro das Comunicações: O dispositivo “A indústria nacional mendas sejam feitas já \
legal provavelmente não se aplica ao setor terá preferência, sem
de TCs, principalmente no que diz respeito Ivan Botelho ( M u ltite l) : V. Excia. asse
a reposição de cabos, implantação de no desprezo da multinacional”. gurou o tratamento prioritário as empresas
vas centrais e outras encomendas impres Antomo Carlos Magalhães 100% brasileiras. Gostaria de saber.se
cindíveis. Eu quero tranquilizar aos senho por tratamento prioritário, poderíamos en
res em relação a ação do Ministério no que tender a reserva de mercado, tão neces
tange a este artigo do decreto. sária a sobrevivência das empresas nacio
nais contra o abuso do poder económico
Fernando Lavaquial (D e l. Fed. d e A g ric u l
tu ra R J ) - Sou produtor rural no Norte Flu José Martinez (In fo rm á tic a H o je ): Que tipo das multinacionais?
mnense e ex-prefeito de Pádua. Há anos de mudança específica o Sr. propõe para o Ministro: E evidente que toda vezqueain
temos solicitado telefonia rural, sempre setor de informática? E a ingerência da SE dustria nacional tiver capacidade para fa
obtendo como resposta de que ela é anti nas telecomunicações? bricar um equipamento a reserva de mer
econômica. Oqueo Estadodo Rio pode es Ministro: Esse é um problema extrema cado é dela. Agora, com toda a amizade
perar em futuro próximo? mente delicado. Não vamos radicalizar que tenho ao Dr. Ivan Botelho, quero lem
Ministro: Evidentemente, que temos pro como tem feito o Senador Roberto Cam brar que náo procurei uma multinacional
gramas que não dão retorno imediato e a pos, mas também náo vamos aceitar passi- para tomar conta da Standard Eletrônica,
telefonia rural é um deles. As companhias vamente aquilo que for estabelecido. Na procurei justamente a Cataguazes¦ Leopoi-
telefônicas vão ter a maxima boa vontade, próxima reunião do Conin vamos apresen dma. Estamos criando todas as facilidades
inclusive no emprego de seus propnos re tar a nossa posição. Precisamos do apoio para que a Cataguazes do Dr. Ivan Bote no
cursos para o problema da telefonia rural. da sociedade brasileira para apresentar ossa assumir esse ônus. ,
Agora, náo podemos de um modog
0 Norte Fluminense, que é uma área po mos uma posição justa e correta em rela bandonar as empresas multinacionais
bre, é o Nordeste do Estado do Rio de Ja ção à informática no País.
neiro, deverá ter preferência na aplicação Àbinee: Náo seria bom aproveitarmos a esprezar o grande know -how estrang
de recursos. Vamos juntar nossos esforços oportunidade para chegarmos a entendi trasar a tecnologia brasileira em. &
com o do Ministério da Agricultura para re mentos sobre a situação das pequenas e nos, 50 anos, por causa de uma sj
solver esse problema o mais rápido possí médias empresas e conservarmos pelo me iue, demagogicamente, se expl°r .
vel. A primeira coisa a fazer e o senhor pro nos os investimentos de 84? ação a indústria nacional. Éclaroq set0r,
lústria nacional tem preferencia
curar a Telerj. Ministro: Não podemos parar o investi
Mausy Vidor (D a ta N e w s ): Que tipo de in mento na grande empresa, porque não po la Telebrás, do Governo, minha... c0mc
centivos o Sr. pode dar para a fabricação demos parar os serviços de TCs no Pais. anto, não podemos to m a rjpdústris
de equipamentos de TCs com tecnologia Agora, sempre que pudermos vamos con íorma, porque grande parte njren
íacional náo está capacitada p
nacional? ceder investimentos às empresas que te-