Page 16 - Telebrasil - Julho/Agosto 1985

conjuntura

Comunicações e energia elétrica sâo serviços imprescindíveis em grandes

centros urbanos como o Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte,

Brasília, Porto Alegre, Salvador, Recife, Curitiba, etc. A interrupção de qualquer um deles

causa grandes prejuízos financeiros e perdas irreparáveis. Além da necessidade

da expansão e modernização dos serviços, as companhias telefônicas

e de energia elétrica não podem descuidar-se da manutenção e da correção de seus

sistemas para que não se sintam envolvidas com problemas que

afetarão a vida de milhões de consumidores.

Equipes da Telerj recuperaram, em chefe do Distrito Arcos, Adhemar Pincs- ca), Roberto Guri, agradeceu o esforço

tempo recorde (apenas 12 dias), mais de chi; do chefe do Departamento de Comu­ do pessoal da Telerj em recuperarem

35 mil linhas telefônicas interrompidas nicação Social, Ernesto Dória, além de apenas 12 dias todas as linhas telefóni­

no centro da cidade. A paralisação foi outros técnicos. cas, diminuindo assim os prejuízos do

causada por um incêndio na caixa sub­ comércio. "As vendas caíram, mas reco­

terrânea instalada na rua da Carioca, Prejuízos nhecemos que a empresa não mediu es­

esquina com Av. República do Paraguai forços para restabelecer tudo o mais rá­

*
(Norte-Sul). Das duas caixas existentes Segundo Enio Rodrigues, presidente pido possível”.

no subterrâneo apenas uma foi afetada da Bolsa de Valores do Rio de Janeiro, o Este foi o segundo acidente de grande

quando 29 dos 43 cabos ficaram total acidente proporcionou um prejuízo no porte, em número de telefones atingi­

mente destruídos, enquanto os 14 res mercado financeiro de cerca de Cr$ 3 bi­ dos, dos últimos seis anos. Em 1978,

tantes foram parcialmente danificados lhões de 500 milhões. Para ele, "sem co­ uma explosão numa galeria do Metrô

A outra caixa com 140 cabos nada so municações e energia elétrica, cidades provocada por gás doméstico, no Catete.

freu. como o Rio de Janeiro e São Paulo po­ deixou mudos 70 mil telefones, a maio­

O acidente ocorreu quando técnicos dem parar, o que acarretaria incalculá­ ria residencial.

da empreiteira ETE — contratada pela veis prejuízos a inúmeros setores da so­ De cada 100 telefones no Centro, ape­

Telerj para a realização de serviços de ciedade. E não estamos livres de novos nas 4 apresentam, em média, defeitos

manutenção preventiva na caixa 5560 acidentes”. durante um ano. Este percentual, se­

— soldavam a luva do cabo if.° 91. Por sua vez, o presidente da Sarca gundo técnicos da Telerj, está dentrodos

Durante este trabalho, houve um defei­ (Sociedade dos Amigos da Rua da Cario­ padrões internacionais e mostra a boa

to no maçarico, o que provocou o incên­

dio. O acidente afetou, basicamente,

todo o mercado financeiro carioca, para-

lizando o pregão da Bolsa de Valores do

Rio de Janeiro e atingindo estabeleci­

mentos bancários e comerciais, entre

outras instituições.

Para recuperar esses telefones afeta­

dos, a Telerj adotou uma série de solu­

ções técnicas, estudando para cada cabo

danificado, um tipo de m edida, in ­

cluindo transferência de lances dé ca­

bos, pontes, secagem e lançamentos de

laterais. Foram também construídos, no

subterrâneo, dois andaimes, perfazendo

um total de três níveis, onde durante 24

horas equipes da Telerj se revezavam

em turnos de duas horas, pois os técni­

cos tiveram de trabalhar agachados.

O presidente da empresa, Antonio

João Ribeiro Ferreira Mendes, infor­

mado a todo instante da situação dos

telefones, esteve no local do acidente

acompanhado de Lázaro José de Brito,

Diretor de Operações; do chefe da OCC,

Marcos Rodrigues; do chefe do Distrito Em regime de 24 horas, equipes da Telerj se revezaram para recuperar mais de 35 mil telefo­

Tiradentes, José Ferreira Ramos; do nes paralisados.