Page 7 - Telebrasil - Janeiro/Fevereiro 1985

() presidente eleito. Tnneredo Neves, elogiou o setor das telecomunicações

como um dos que tiveram melhor desempenho nos últimos lã anos.

Durante entrevista coletiva à im­ tizando o setor de energia elétrica como Tancredo Neves também defendeu,

prensa, no dia 17 de janeiro, que durou uma das prioridades. Descartou qual­ durante sua entrevista coletiva, o for­

cerca de duas horas, o futuro presidente quer possibilidade de nacionalizar o se­ talecimento da iniciativa privada como

da República, Tancredo de Almeida Ne­ tor bancário. a principal geradora de empregos. Sobre

ves — que tomará posse no dia 15 de Respondendo à pergunta a respeito a desestatização da economia, ele acre­

março —, citou que os setores de teleco­ da democratização dos instrumentos de dita que o enfraquecimento do Estado,

municações, energia elétrica e vias de comunicação, o futuro presidente da Re­ no Brasil, tem que ser feito pelo fortale­

comunicação (rodovias e transportes) pública disse saber que "as concessões cimento do Congresso Nacional, devol­

como os de melhores desempenhos nos de rádio e televisão são distribuídas por vendo-lhe suas prerrogativas funda­

últimos 15 anos. Segundo ele, "foi real­ critérios exclusivamente políticos, par­ mentais, bem como no plano econômico,

mente uma contribuição que nos tirou tidários e até personalistas”. acompanhando a ação das estatais.

da posição de 28/ nação do mundo, em — A primeira idéia que me ocorre — — Muitas delas são essenciais e fun­

termos de Produto Interno Bruto (PIB), acrescentou —, sem entrar no exame de­ damentais ao desenvolvimento econô­

para alcançarmos a 7/ posição”. talhado da matéria, através da consulta mico do País. Mas aquelas que não se

Para o presidente eleito "é o velho feita às entidades de classe nela interes­ tornam necessárias podem ser priva­

tema, a velha discussão política, do que sadas, parece-me a criação de um Con­ tizadas para serem entregues a empre­

é mais importante: se menos liberdade e selho Nacional de Comunicações, que sas nacionais ou, quando muito, a em­

mais eficiência administrativa ou se tenha realmente participação direta, presas nacionais associadas a empresas

mais liberdade e menos eficiência admi­ não apenas na decisão da concessão de estrangeiras, porque eu não sei qual o

nistrativa”. Tancredo Neves afirmou, canais de rádio e televisão, mas sobre­ malefício maior, se o da desnacionaliza­

ainda, que pretende concluir as obras tudo na fiscalização de seu funciona­ ção ou o da estatização — concluiu o pre­

iniciadas pelos seus antecessores, enfa­ mento. sidente eleito. mr