Page 19 - Telebrasil - Janeiro/Fevereiro 1985

com a utilização das novas tecnologias.
A juventude vè com natural idade projetos anuo ( 'imnda < •
gicial árvore B) e de um minicomputa­
dor Cobra 530 (com sistema operacional
Mumps) a que vão ter 32 portas de aces­
so de alta velocidade (9.600 bps). Os
usuários dos Estados se interligam com
a sede do Ciranda, no Rio, viaTransdata
— mas já está prevista a utilização da
rede de pacotes, Renpac — empregando
concentradores de fabricação nacional.
Para ter acesso à Rede Ciranda basta
discar um número telefônico predeter­
minado e uma vez aceita pelo computa­
dor a senha do assinante, já inscrito na
Embratel, este pode participar de todas
as facilidades postas á disposição dos
cirandeiros.
Quem dá uma boa idéia dessas facili­
dades é o engenheiro Pierre Laveile, da
Embratel, ao informar que "metade do
tráfego do Ciranda é gerado pelo serviço
de correio eletrônico (recados são troca­
dos através de um sistema de caixas pos­
tais eletrônicas), um quarto do tráfego é
destinado ao transporte de programas
fornecidos por um banco centralizado e
que são armazenados pelo usuário em
seu micro para uso posterior (a Embra­
tel optou para a rede Ciranda pelo micro
CP-500 da Prológica) e finalmente o res­
tante do tráfego é constituído pelos ser­
viços de telas (uma espécie de video­
texto), de anúncios classificados e pela
própria administração do sistema”.
Mas o micro também é empregado
grande parte do tempo local mente onde,
segundo Lavelle, "é dedicado em ativi­
dades de armazenamento de dados, pla­
nilha eletrônica e edição de textos”.
O aspecto social
Fazendo jus a seus propósitos sociais,
a comunidade do Ciranda é organizada
('irandno da Kmhratvl.
democraticamente
eleição direta o gira em torno do uma
Assembléia (íoral (Bcdesin), uma As­
sembleia Executiva destinada a imple­
mentar as resoluções aprovadas pela co­
munidade (B o u lc) o uma Comissão de
Coerência e Just iça (o 3. poder). E tem
mais uma particularidade: tudo se re­
solve eletronicamente através da rede
— inclusive as eleições.
No plano cultural, a Embratel fir­
mou vários convênios com entidades
educativas destinados a testar, através
da rede Ciranda, a potencialidade do en­
sino por computador e o desenvolvi­
mento do raciocínio lógico na criança,
socieaaae se prepara para a vulgarização da teleinformática. Na foto, Helvécio Gilson di<
cursando por ocasião do lançamento do Cirandáo-Saúde.
Também a comunidade Ciranda está
participando no experimento de um pro­
grama de inteligência artificial, desen­
volvido pela própria Embratel, no qual o
programa 'aprende” com as pessoas
incorporando novas noções a medida
que os usuários o utilizam.
Outro campo da sociedade informati­
zada que está sendo testado com o
Ciranda éo da saúde. Isto inclui não só a
montagem de um banco de dados com
informações médicas, bem como um ser­
viço de atendimento a distancia inicial­
mente baseado em convênios que a Em­
bratel firmou com a Febrasgo (ginecolo­
gia e obstetrícia) e Nudes (assistência
psico-social).
Como diz Pedro D alledonne, o
Ciranda é importante para que as idéias
saiam do papel e ganhem vida e, desse
modo, num futuro não muito distante,
extrapolem os limites do projeto origi­
os cargos sao por nal e venham a influir para a formação
de uma sociedade mais livre e mais
»1
t t m i ü f u n n ( t t
Ciranclão
Era inevitável que a idéia do pro­
jeto Ciranda, inicialmente circunscrita
aos funcionários da Embratel, fosse ex­
tern! ida ao restante da comunidade bra­
sileira. Quem afirma é 'falia Buarque
de Uollanda, uma analista de sistemas
responsável pelo desenvolvimento do
Cirandão. E explica:
À semelhança do Ciranda para al­
guém participar do Cirandão basta ins-|
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