Page 17 - Telebrasil - Janeiro/Fevereiro 1985
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d ec id ir,  sem   im itá-lo s,  c ria r seus  pró­


              p rio s  m eio s  de  n e u tr a liz a r   q u a lq u e r


              n o v a   a r m a .  E  o  in íc io   d a   c h a m a d a


              "G u erra nas E stre la s”.









                                        Projetos Pacíficos








                      No en tan to , o que se sabe de concreto


              sobre o fu tu ro  espacial é m ais tranqüili-


              zador.  No  próxim o  ano,  segundo  previ­


              sões  a m e ric a n a s,  um   ôn ib u s  espacial


              colocará em   ó rb ita  um   saté lite  m unido


               de um  supertelescópio. Livre dos efeitos


               d a  a tm o sfe ra ,  ele  pod erá  v a sc u lh a r o


               universo à procura de novos astros e no­


               vas  descobertas.  T am bém   em  1986  ou­


               tra   nave  espacial  p a rtirá   da T e rra  e já


               foi  b a tiz a d a   de  "G alileu ”.  S erá  prova­


               v elm en te  a  ú ltim a   m issão  in terp la n e­


               tá ria  deste século.  O "G alileu” vai visi­


               ta r J ú p ite r e estu d a r a atm osfera do p la­


               n e ta .  S e rá   u m a  viagem   plan ejad a  em


               seu s  m ínim os  detalh es.  D uzentos  dias


               a n te s d a  ch eg ad a  a Jú p ite r,  o  módulo


               vai se se p a ra r d a n a v e e a n te s d e  ser des­


               truído pela a lta  pressão do p laneta, ele


               en v iará  à T e rra  m ilhares de  fotos.  E n­                                                                         F otos:© E m   1969, p e la  p rim e ira   vez, o s n o r te -a m e r ic a n o s  p is a r a m  e m

               quanto isso, o "G alileu” co n tinuará via­                                                                              so lo  lunar.@ E m   1986, o s E s ta d o s   U n id o s v ã o  e n v ia r  a n a v e   "G a lile u "


              ja n d o   e  em   dois anos  v isita rá   todas as                                                                       e m   m a is   u m a   m is s ã o   in te r p la n e tá r ia :   v is ita r á   J ú p i t e r   e   s u a s   4



               luas de Jú p ite r.                                                                                                      luas.C D Poderosos te le sc ó p io s  v a sc u lh a m   o  u n iv e r so  á p r o c u r a  d e  n o ­

                       N os  E stad o s  U nidos  tam bém   estão                                                                       va s d e sco h erta s.® D e u m a  d e s s a s  e s ta ç õ e s  e sp a c ia is  o h o m e m  irá  d e c i­


               estudando um  projeto que visa a criação                                                                                 d ir se  va i u tilizá-la p a ra  a g u e rra  o u  p a ra  a p a z.


               de  bases  n a  Lua.  N a  realidade,  a  idéia


               perten ce  ao  pai  da  A stronáutica,  Wer-



               n er Von B rau n , que a n tes de m orrer, em                                                                    ra,  m uitos já  desativados e constituin­                                                                      20 anos,  no lim ia r do Século XXI, o ho­


               1977, tin h a  a certeza de que um dia po­                                                                       do-se  no  cham ado "lixo  espacial”,  fato                                                                     m em   poderá,  in c lu siv e,  e m ig ra r  p a ra


               d eria  to rn a r-se   realid ad e a  instalação                                                                 que pode represen tar graves problem as,                                                                        o u tro   p la n e ta .  P o ssiv e lm e n te  o  único


               de u m a base lu n ar. O projeto já  chegou a                                                                    segundo estudos da  Rand Corporation                                                                            pro b lem a  se rá   o p ta r  p ela  L u a ,o u   por


               um a fase a d ian tad a e,  no final de o u tu ­                                                                 dos Estados Unidos. Com os satélites de                                                                         M a rte   com o  novo  d o m ic ílio .  É  a  fic ­


               bro do ano passado, a A cadem ia  Nacio­                                                                         c o m u n ic a ç õ e s  o  h o m em   c o n tro la   o                                                          ção-científica  de  40  anos  a trá s  to rn a n -


               n al  de  C iências  dos  EUA  prom oveu,  a                                                                     tempo,  o telefone, o  telex,  as  tra n sm is­                                                                 do-se  re a lid a d e .  A  te c n o lo g ia   c ria d a


              re s p e ito ,  um   s e m in á rio   p a tro c in a d o                                                          sões de dados, ou seja, a teleinform ática                                                                      pelo hom em  avança de u m a m a n e ira  a s­


              pela  NASA.  E  h á  m ais:  o  projeto  com­                                                                     espacial.  Os saté lites tam bém   au m en ­                                                                    sustadora.  Se  o  hom em   q u ise r e sta   po­


              p reen d e  ta m b ém   u m a  fase  sucessiva,                                                                   taram  o entretenim ento e o lazer. As co­                                                                      derá ser a realid ad e do fu tu ro  no espaço.


              isto é, a conquista do p lan eta  M arte.                                                                         m unicações tornaram -se m ais fáceis.                                                                          U m   f u tu r o   d e  p a z .  U m   f u tu r o   sem


                      Prevê-se que isso só poderá ser possí­                                                                           Pelo que  se  pode  deduzir,  dentro  de                                                                 g u erras.                                                                                        TT


              vel  depois  do  ano  2000,  se  a té   lá  um a


              g u erra n u clear não ex term in ar a h u m a­


              nidade. P a ra  le v ar à Lua os seus prim ei­


              ros h ab ita n te s p erm anentes, já  se pensa


              num  tipo de veículo reutilizável, como o


              Space S h u ttle. E ste novo veículo poderá


              ser obtido m odificando em  parte aquele


              que h á quase 16 anos levou os a stro n a u ­



              tas am ericanos ao solo lunar.


                     E n tre os hom ens que m ais estudos e


              entusiasm os em pregaram  neste projeto,


             destaca-se o conhecido físico d a U niver­


             s id a d e   de  P rin c e to n   (N o v a  J e rs e y ),


              G erald   K.  O n eil,  in v e n to r  de  um   sis­


             tem a m uito econômico de propulsão ele­


             tro m a g n é tic a   p a ra   e n v ia r aos  la b o ra ­


             tórios o rb itais ao redor de T e rra os m i­


             n erais extraídos,  por robôs,  da  superfí­


             cie  ou  do  su b so lo   lu n a r.  O  c ie n tis ta


             afirm a que o sistem a de robôs p ara esca­


             v ar os  m in e ra is  n a  L ua  e  a  propulsão


             eletrom agnética p ara enviá-los a baixo


             custo já  foram  encontrados e um  peque­


             no protótipo já  foi construído.


                     Existem  hoje m ais de 5 m il objetos fa­


             bricados pelo hom em  em órbita da T er­
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