Page 22 - Telebrasil - Setembro/Outubro 1984
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tível com toda a linha 500, mas com um
preço mais acessível. Uma das grandes
vantagens do novo micro é poder apro
veitar todo o software já existente para
a linha 500. "É o mierào da Cobra”, diz
António Taliberti.
Mas a menina-dos-olhos da Cobra no
momento é a linha X, desenvolvida por
seus engenheiros e que utiliza a mais
avançada tecnologia. A linha X se es
tenderá desde os micros até os super-
Microprocessador Cobra 210, com unidades de video, disquetes e teclado independentes
minis, cobrindo uma vasta extensão do
mercado. O lançam ento do primeiro
produto da linha (por enquanto cha A Cobra e o m ercado externo conta o chefe do setor de Suporte Comer
mado X-2) deverá ocorrer no final de 85. cial da Cobra, náo há nada em termos de
A Secretaria Especial de Informática A Cobra não tem uma política agres indústria local, e já existem grupos in
aprovou projetos para a fabricação de siva de exportação, mas alguns países teressados em obter licenciamento para
super-m inis por outras empresas, al do terceiro mundo, principalmente da lançar produtos Cobra no país.
guns dos quais com compra de tecnolo América Latina, procuram a empresa Os maiores esforços para exportação
gia no exterior. Estes computadores para estabelecer um relacionamento co são desenvolvidos pela Abicomp — As
competiriam com a linha 500 da Cobra, mercial Alguns produtos já foram ex sociação B rasileira da Industriado
que começou a se preocupar com uma portados para a Argentina, mas a maior Computadores e Periféricos — que tem
possível perda de mercado. Para evitar preocupação da empresa com as expor feito contatos e organizado missões a di
isso, a empresa procura parceiros tec tações é como montar uma rede adequa versos países, inclusive da África e
nológicos para poder lançar a curto pra da de assistência técnica como a exis Ásia. Em outubro, por exemplo, haverá
zo um equipamento nas faixas superio tente no Brasil. "Não podemos partir uma grande exposição de produtos bra
res, pois precisa manter-se competitiva para a exportação de produtos se não te sileiros na China, que contará com um
enquanto amadurecem seus novos pro mos uma rede adequada para suportá- stand da Abicomp. x
jetos. los”, esclarece Taliberti. Na Argentina,
NO JAPÃO COMPUTADORES E TCS SÁO UMA COISA SÓ
Em palestra proferida em julho ul
timo no Seminário Telebrasil "As TCS
em um Ambiente de Mudanças” falando
sobre TCS na Sociedade de informação,
o engenheiro eletricista Motojiro Shiro-
mizu, da NTT, ressaltou a criação da fi
gura da "função de processamento de co
municação”. Segundo ele, a essência do
planejamento para o futuro é a de deter
minar que funções de processamento de
vem ser alocadas à uma rede, como por
exemplo:
CONCEITO JAPONÊS
— Conversão automática de proto EMPRESAS
colos: uma vez identificado o tipo de ter
minal, a rede efetua automaticamente pelo conferencista como sendo a inte tos todo o território japonês; até 1990 as
as conversões necessárias (um terminal gração das telecomunicações com o pro redes d igitais para dados e para voz
de protocolo X-25, passa a se comunicar cessamento de dados, para criar um seg serão uma só; em março de 85. um sis
com o outro protocolo V 11 sem maiores mento mais genérico — o da indústria tema de fibras ópticas de 400 Mbfe cobri
problemas); conversão automática de da informação — destinado a criar in rá todo o arquipélago (capacidade de 48
mídia: a rede converte sinais de voz para formação, aumentar sua divulgação e canais de TV) suplementados pelos sa
dados, fac-símiles ou vídeo (o acesso a dar aos usuários idênticas possibilida télites domésticos CS-2 e CS-3 e compu
um banco de dados pode ser automático des de acesso. tadores de 5. geração, reconhecimento
e comandado pela voz); armazenamento Para se chegar ao INS, o Japão está de caracteres e de voz, que estão sendo
de informação: a rede prevê serviços tais tomando diversas medidas: desenvolvidos, vão sendo incorporadosà
como caixa postal autom ática, secre — Facilidades análogas de transmis rede INS.
tária eletrónica e difusão de mensagens; são de dados estão sendo substituídas O Conceito de INS unifica as ativida
reconhecimento de caracteres: a rede re por facilidades digitais. As redes DDX e des de TCs e de Informática, formando
conhece assinaturas, letras e símbolos, de telex serão uma só até 1986, unindo- uma só atividade, o que sem duvida é fá
podendo aplicá-lo para diversos ser se á rede telegráfica no ano seguinte; cil itado no caso do Japão pelo fato que a
viços. até 87, sistem as totalm ente digitais indústria eletrónica trata ambos os se
O conceito de Sistemas de Rede de In para o serviço telefónico cobrirão 60 ci tores sem distinção. ?
formação (INS) também foi explicado dades e através de equipamentos remo-
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