Page 61 - Telebrasil - Julho/Agosto 1984
P. 61
aos grandes fabricantes de com puta 500 mil dólares. P ara este ano, Woiler e
dores, na recuperação de placas de cir sua equipe prepararam um cuidadoso
cuito integrado, um a atividade que lhe esquem a p ara re a tiv a r a atuação da
rendeu, no ano passado, Cr$ 50 milhões. Sesa no mercado externo, tendo por base
A idéia é tam bém fabricar componen a própria reorganização da estrutura co
tes, além dos periféricos de interface. mercial da empresa, a partir do segundo
Apesar de perm anecer fiel ao que trim estre de 1983. A empresa estabele
Woiler define como sua vocação básica ceu contato direto com os antigos m erca
— as telecomunicações — a Standard dos, como A rgentina, Peru, Chile e Por
busca, cada vez m ais, a diversificação. tugal, e deu início à abertura de novos
Ela acaba de firm ar acordo com a nor mercados, estabelecendo uma cadeia de
te-americana Tektronix, para a produ representantes e revendedores nos prin-
ção de osciloscópios e equipam entos de c ip a is p a íse s da A m érica L a tin a ,
aferição eletrônica. N este segmento, a América do Norte, Europa e África. "Os
empresa espera fa tu ra r 5 m ilhões de reflexos já começam a surgir: este ano,
dólares no mercado interno e pelo me só nos quatro primeiros meses, a Sesa
nos o dobro quando começar a exportar exportou o equivalente a 600 mil dóla
esse tipo de produto. res, mais que em todo o ano de 1983. Isso
Mas a grande novidade anunciada nos leva a estim ar uma receita em ex
por Samsão Woiler é a participação da portações para este ano no mesmo nível
empresa no mercado das pequenas cen atingido no período 80/81, ou seja, de 2,5
trais eletrônicas, dividindo o mercado milhões de dólares”.
cóm a Promom (30 por cento) e a Elebra
( 3 0 por cento). "A participação no Tró- Rito de passagem Fiação de quadros pentaconta.
O vice-presidente da Standard, Hélio
Kestelmann, costuma comparar o atual
estágio do setor das telecomunicações, de tre in a r seu pessoal, as operadoras
no Brasil, a uma espécie de "rito de pas têm como vantagem o prolongam ento
sagem ” que, traduzido na linguagem da vida útil do equipamentos. Na Ingla
das TCs, significa a entrada gradual na terra, a adoção dessa filosofia perm itiu
comutação eletrônica, sem deixar de la am pliar a utilização dos equipam entos
do a comutação eletromecânjca. "A Sesa para m ais 30 anos”, explicou K estel
está se adequando a ’esse rito, partindo mann.
do princípio básico de que qualquer pas Q uanto à participação da Sesa no
sagem de tecnologia não se pode dar de Projeto Trópico RC (para fabricação de
m a n e ira a b ru p ta , p o rq u e a fe ta o concentradores e centrais rurais e cen
m eio-am biente — no caso, as opera trais de até 4 mil assinantes), K estel
doras, os fabricantes e os próprios usuá mann lembrou que a empresa criou, es
rios” pecialmente para o Trópico, um a divi
"As novas tecnologias — prosseguiu são de pesquisa e desenvolvimento, li
Kestelmann — visam alterar para me gada a sua Diretoria de Tecnologia. Es
lhor a qualidade dos produtos, propor sa divisão poderá se tornar uma em pre
cionar economia de espaço físico e de sa independente, subsidiária da Sesa.
consumo de energia e, principalmente, "Em relação aos outros fabricantes, es
prestar melhores serviços aos usuários, tamos levando a vantagem da tradição
em termos de facilidades já contidas no em comutação. Nossa experiência po
software das centrais a programa arm a derá ser de grande contribuição para o
Inspeção de ajuste de relés.
zenado. Por outro lado, para que essa Centro de Pesquisas da Telebrás”.
mudança se dê de m aneira positiva, os K estelm ann tam bém atrib u i à ex
técnicos das operadoras deverão ser re periência da Sesa, na área de eletrônica,
pico RC representa para nós um passo ciclados. Em vez de ajustarem relés nas a participação da em presa no setor de
da maior importância: o da entrada da centrais, por exemplo, eles passarão a li informática. "A Secretaria Especial de
era da digitalização”, explicou. d ar com hardware, um a inteligência Informática-SEI encontrou um a em pre
Redimensionada, a Standard acre eletrônica”. sa que atende às várias conceituações do
dita que seu grande salto só ocorrerá Nesse sentido, a Sesa pretende parti que seja uma empresa nacional, do capi
quando a em presa re to m a r a perfo- cipar da transição tecnológica, através tal às decisões. E mais: de grande porte e
mance na exportação, que ostentava an de projetos que visam equipar as cen larga experiência em eletrônica. Com
tes de ser nacionalizada. Em 1979, sob trais existentes (só da Sesa existem im isso, se viu estim ulada a nos transferir
controle da ITT, a Sesa exportou 9 mi plantados no País mais de 2 milhões de projetos com reserva de mercado, como a
lhões de dólares. No período 1980/81, terminais) com uma inteligência eletrô produção de osciloscópios e de equipa
com a ITT ainda acionista (mas minori nica capaz de proporcionar aos usuários mentos de medicina”. A reserva favore
tária, apesar de deter 74 por cento do ca facilidades sem elhantes às das CPAs. ceu o acordo de transferência de tecnolo
pital), o faturam ento com as exporta Para isso, a empresa está estabelecendo gia com empresas estrangeiras concei
ções baixou para 2,5 milhões de dólares. convênios com a Telerj (tradutor eletrô tuadas e que exportavam seus produtos
Depois da nacionalização total, o fatura nico) para as centrais PC-1000, e com a p ara o B rasil, como é o caso da n o r
mento caiu de m aneira drástica para Telepar para centrais PCR-32. "Além te-americana Tektronix, ?