Page 74 - Telebrasil - Novembro/Dezembro 1982
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Satélite Doméstico Atraiu Centenas
de Participantes ao XI Painel Telebrasil
a qualquer grande projeto no interior
brasileiro.
Disse ainda o gen. Alencastro que as
empresas do grupo devem adotar uma
atitude mercadológica agressiva, bus
cando as oportunidades que o satélite
pode oferecer.
Por sua vez, o Secretário-Geral do
Minicom, Rômulo Villar Furtado, re
presentando o Ministro Haroldo Corrêa
de Mattos, disse em seu discurso de en
cerramento do XI Painel que "a implan
tação do satélite doméstico náo era ape
nas a concretização de um velho sonho
do setor, mas principalmente uma es
tratégia política que há muitos anos
. vem se instituindo e se vem realizando
na área das TCs”.
— A decisão pelo satélite doméstico
— enfatizou mais adiante Rômulo Vil
lar Furtado — se impunha náo apenas
porque este instrumento de comunica
ção é um instrumento que se afirma a
cada dia, mas porque ao Brasil competia
ocupar, desde logo, seu espaço orbital.
E, curiosamente, nós vemos no satélite o
que há de mais avançado na tecnologia
servindo também para fins de natureza
social. E, por isso mesmo, o satélite terá,
Vista parcial do auditório da Escola de Guerra Naval, local onde se realizaram as conferências como primeira missão, assegurar as co
do XI Painel Telebrasil
municações nas área mais remotas do
país, na Região Amazônica e no Cen
tro-Oeste. Ele também servira de su
O XI Painel Telebrasil e seu tema vernador do Amazonas, Paulo Pinto porte às necessidades de serviço dessa
"Satélite Brasileiro: Política, Usos e Neri. A coordenação geral do evento es parcela da moderna sociedade brasilei
Perspectivas”, realizado nos dias 29 e 30 teve sob a responsabilidade do Com. Eu- ra que exige a introdução desses novas
de novembro de 1982, reuniu no audi clides Quandt de Oliveira, vice-presi serviços.
tório da Escola de Guerra Naval, no Rio dente da Telebrasil. A primeira conferência do XI Painel
de Janeiro, cerca de 300 pessoas, entre Em seu discurso, o general Alencas foi a do Superintendente da Suframa,
conferencistas e participantes de em tro fez uma breve retrospectiva das ne Rui Alberto Costa Lins, que abordou a
presas estatais e da iniciativa privada gociações do projeto do satélite domés evolução da região amazônica e teste
ligadas às telecomunicações, tanto do tico em sucessivas administrações. Para munhou a significação deste sistema de
Brasil quanto do exterior. ele, o adiamento, no passado, pelo Go telecomunicações para o desenvolvi
A programação sócio-cultural, reali verno Federal, foi acertado. Naquela mento da área. Representando a Spar,
zada em paTalelo ao XI Painel, serviu, época a dependência tecnológica teria empresa canadense responsável pela
mais uma vez, como um elo de confrater sido completa, o que hoje não ocorre, construção dos satélites domésticos,
nização entre os integrantes do setor, tendo em vista que, através dos traba falou Lorne Keys, que fez uma detalha
sempre em ambiente festivo e inteira lhos do CPqD e da Embratel, o Brasil já da exposição sobre o Brasilsat, esclare
mente informal. A programação teve atingiu o domínio do projeto e da ins cendo aspectos técnicos de sua constru
início no dia 27 e terminou no dia 30 à talação das estações terrenas. ção e operação, apoiado em transparên
noite, onde todos puderam participar de — Concluída a parte da contratação cias e slides didáticos e de grande efeito.
— lembrou o presidente da Telebrás — é Frederic D’Allest, presidente da Aria-
momentos de alegria e entretenimento.
necessário que o sistema estatal e a in nespace, relatou a história dos desen
dústria nacional de TCs se preparem volvimentos realizados pela Agência
Conferências e Debates para atingir os grandes objetivos do pro Européia Espacial, responsável pelo
jeto, tais como a ocupação do território, projeto e construção do foguete Ariane,
Na solenidade de abertura do XI Pai os programas educacionais, através do reafirmando que o cronograma de lan
nel falaram o presidente da Telebrasil, uso da televisão, cooperando para a fixa çamento do satélite brasileiro será man
eng.° Helvécio Gilson; o presidente da ção do homem no campo, além de pro tido. E completou sua exposição com a
Telebrás, gen. Alencastro e Silva; e o go porcionar as comunicações necessárias exibição de um filme que mostrou como