Page 20 - Telebrasil - Janeiro/Fevereiro 1982
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N A C I O N A L I Z A Ç Ã O D A S T C s J Á É Q U A S E T O T A L
A nacionalização do setor das telecomu concebida no exterior, por uma outra to
nicações no Brasil já está atingindo a sua talmente desenvolvida no Brasil. 0 Sis
quase totalidade. Após o controle acio tema ELO-34, por sua vez, é a primeira
nário por empresas brasileiras da Nec, experiência de comunicações ópticas a
Ericsson, Standard Eletric, Telettra e Ital- ser realizada com equipamentos total
tel, o grupo brasileiro Cataguazes- mente estudados, projetados e construí
Leopoldina adquiriu o controle das dos no país.
ações (51%) da GTE, empresa norte-
americana fabricante de equipamentos Esta iniciativa busca atingir, ainda, uma
de telecomunicações. Agora só falta a igualdade de condições do Brasil com
Telefunken. outros países fabricantes dos mesmos
sistemas, além de gerar tecnologia pró
Entre as mais recentes nacionalizações pria, criando cientistas, novos empregos
destaca-se a do grupo ABC, de Uberlân e dando um passo definitivo no alcance
dia (MG), que assumiu o controle da Au- de hierarquias tecnológicas superiores.
so Eletrônica, de Contagem, através da
compra de 75% do total das ações do Ainda na área das nacionalizações, no fi
grupo Italtel, da Itália. Essa é a segunda nal do ano passado, o Brasilinvest já ha
nacionalização que o empresário Ale via adquirido 51% do controle acionário
xandrino Garcia promove no setor das Alexandrino Garcia, presidente do grupo ABC, ad da empresa japonesa NEC do Brasil, de
telecomunicações, depois da Telettra, quiriu o controle acionário da Telettra e da Auso Ele pois de dois meses e meio de negocia
trônica.
no Rio de Janeiro, que pertencia ao gru ções iniciadas em Nova York. O Brasilin
po Fiat. vest também é proprietário de 100% das
ações da Standard Eletric, do Rio, que
cante brasileiro dos projetos de Modula
Essa nacionalização da Auso deverá até setembro de 1981 contava com tec
garantir também um grande contrato ção Por Códigos de Pulsos MPC e de Ele nologia da ITT norte-americana. Agora
para a produção de equipamentos de mentos Ópticos (ELO). Esses projetos a Standard deverá comprar know-how
telefonia móvel, uma vez que a empresa foram desenvolvidos no âmbito do pro da NEC para fornecer CP As temporais à
grama de transmissão digital e do pro-
foi a única classificada numa concorrên telefonia carioca.
cia aberta da Telebrás. Além desse con ,rama de comunicações ópticas da Tele-
trato, o empresário Alexandrino Garcia rás e já apresentam resultados concre No setor de informática, o Brasilinvest,a
tos em termos de produtos industrializá
mostra-se otimista com o compromisso Pereira Lopes e a Honeywell Buli do Bra
veis. O primeiro a apresentar tais resul
já firmado com a Italtel, da Itália, que, ao sil estão desenvolvendo juntos, com os
longo de cinco anos, deverá colocar tados foi o MCP-30, cujo desenvolvi organismos governamentais, os acertos
cerca de US$ 30 milhões de produtos da mento teve a participação da Elebra- finais de todos os acordos que levaráoà
Eletrônica Brasileira S.A ., qualificada
ABC — Italtel do Brasil no mercado implantação definitiva, ainda este ano
mundial. como primeiro fabricante. da Empresa Telematic S. A. e da Empre
sa Telem atic Comercial S.A., destina
Outra notícia que deixou eufórico o O desenvolvim ento do Projeto MCP das, respectivamente, à fabricação e à co
grupo AB.C-Telettra foi a sua qualifica pela Telebrás visa, principalm ente, a m ercialização de computadores de
ção pela Telebrás como o segundo (abri- substituição de uma tecnologia (PMC) grande porte no país.
RADIO-CHAMADA VEM AI COM VARIAS NOVIDADES
O presidente da Ericsson do Brasil, Sér do, com uma série de características
gio A lberto M onteiro de C arvalho, tais como a transmissão do número do
anunciou que sua em presa lançará, aparelho que está chamando e, quando
este ano, "um produto revolucionário7' necessário, poderá transmitir recados
no mercado nacional. Trata-se do Eri- não duplex, da central para o assinanU
calI-Contactor, um novo sistema de rá- e do assinante para a central.
dio-chamada de busca de pessoas.
— A empresa — destaca o presidente
da Ericsson — está investindo cerca do
Os modelos, que podem ter a facilidade
US$ 20 milhões na adaptação de sua fó*
de transmissão de viva-voz, poderão
brica, visando à troca de tecnologia
ser ligados a telefones diretos, sistemas convencional, ou seja, passando da elo
telefônicos PABX e a qualquer sistema
tromecânica para a eletrônica. Atual'
de segurança, de tal forma que a exata m ente, a Ericsson conta com 150 mi!
localização do ponto de alarm e seja terminais de centrais CPA, em fabrica
imediatamente detectada. ção em São José dos Campos (SP). Des
Segundo Sérgio Alberto, trata-se de um se total, as primeiras unidades já esta
sistema de rádio-chamada aperfeiçoa sendo instaladas na capital paulista.
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