Page 9 - Telebrasil - Novembro/Dezembro 1980
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— As transmissões de longa distância — F lexibilidade — a fim de que possa Levando-se em consideração a flexibili
seriam providas por sistemas de trans oferecer os mais variados tipos de dade e a complexidade, a custos compe
missão digital de grande capacidade serviço; titivos, possíveis de serem alcançados
(fibra óptica, guia de onda, rádio digital, — M odularidade — a fim de que possa, pelos equipamentos de telecomunica
satélites digitais), capazes de transportar além de facilitar a manutenção dos seus ções (baseado no uso intenso de compo
diferentes tipos de informação; equipamentos, crescer linearmente seus nentes sofisticados), observa-se que é
— A mesma tecnologia básica (digital) subsistemas de modo a atender aos di viável, hoje, aproveitando as potenciali
seria utilizada em todo o sistema, permi ferentes graus de crescimento dos diver dades da tecnologia disponível, plane
tindo romper, dessa forma, os conceitos sos serviços; jar, especificar, desenvolver e industria
clássicos de separação entre tipos tradi lizar sistemas de telecomunicações que
— E struturação funcional — a fim de
cionalmente diversos de equipamentos. incorporem, em grau crescente, essas
que possa haver sobrevivência de con
características.
cepção dos subsistemas â luz da evolu
Pode parecer um tanto acadêmico pen
ção tecnológica;
sar, hoje, numa “ Rede Digital de Servi
F acilidades de supervisão e adm inis A Digitalização e a Integração cie
ços Integrada” (RDS1) pois, por mais
tração — a fim de que possa prover às Serviços no SNT
atraente que possa ser essa idéia, os
administrações flexibilidade e confia
imensos investimentos realizados nas re
bilidade dos serviços oferecidos. Reconhece-se, em geral, que a maior di
des atuais não podem ser ignorados e
ficuldade para a implantação de uma re
toda a infra-estrutura industrial e de ser
de digital integrada está na área de comu
viços existente não pode ser substituída a
tação, visto que a operação de comuta
curto prazo. Mas para não se ter a im
ção representa um tratamento de infor
pressão que uma RDSl representa uma
mação que pode ser executado, vantajo
visão excessivamente futurista é impor
samente, por métodos diferentes depen
tante citar que muito se tem discutido so
dendo do tipo de informação tratada. A
bre o assunto, a ponto de existirem pro
título de exemplo, pode ser lembrado
postas concretas e detalhadas para sua
que a comutação de sinais de voz é ne
implantação na grande maioria das ad
cessariamente síncrona, enquanto que na
ministrações de telecomunicações dos
comutação de dados existem vantagens
países desenvolvidos. Essas propostas
em fazê-la assíncrona.
não serão aqui discutidas, mas é impor
tante ressaltar os seus pontos em co
A convivência de diversos tipos de infor
mum, que podem configurar uma estra
mação num mesmo sistema de comuta
tégia de abordagem do problema do
ção apresenta previsíveis dificuldades, o
ponto de vista de planejamento sistê
que, ao lado de outros fatores, leva a
mico.
concluir que a integração de serviços não
deve atingir a comutação em futuro pró
De um modo geral as características de
A tendência é para os equipamentos modulares ximo. Muito provavelmente, antes de
uma RDSI são:
chegar a uma RDSI, o SNT tenderá à di
gitalização gradativa das centrais telefô
nicas (introdução prevista para meados
da década de 1980), possuindo, em se
parado, uma rede comutada de comuni
cações de dados e outra de telex. Um dos
problemas a resolver será o de como in
tegrá-las no futuro. No entanto, como os
equipamentos de comutação se consti
tuem na parte fundamental de uma rede
de telecomunicações, é de se esperar
que, a partir da digitalização e da inte
gração dos serviços na parte de comuta
ção, haja uma significativa aceleração
no sentido de se atingir uma RDSI.
Por outro lado, essas dificuldades não
ocorrem na área de transmissão, poden
do-se prever que a digitalização e a inte
gração de serviços em redes de teleco-
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municaçoes se iniciem pelos sistemas
de transmissão. Este objetivo pode ser
l isura atingido dotando-se as redes de meios de
