Page 80 - Telebrasil - Novembro/Dezembro 1980

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contrar centenas, talvez milhares de novos pro­
gramas de aplicação. A SEI acredita que no
Brasil deverá ocorrer uma padronização de
software para evitar o ônus de duplicações ne­
cessárias .
(Gazeta Mercantil 23-10-80)
• A questão do interface entre o usuário e o
banco de dados torna-se um problema central
no desenvolvimento de tecnologia, de acordo
com Jorge Pereira Pilho. Dentre os modelos
tem-se o hierárquico, o de rede, que é mais com­
plexo e o relacional, que é uma volta aos anti­
gos processos sequenciais, porém sem os seus
i n c o n v e n i e n t
(Jornal do Brasil - 25-10-80)
Vão Mexer na COBRA
• O Governo tem intenção de promover a pri­
vatização da Cobra — Computadores Brasilei­
ros — num prazo de dois anos, revelou ontem o
titular da Secretaria Especial de Informática-
SEI, Octávio Gennari Neto, cm entrevista no
13.° Congresso Nacional de Processamento de
Dados.
Cinquenta e um por cento do capital da Cobra
estão em poder de empresas estatais (Banco do
Brasil. Scrpro, Caixa Econôm ica Federal c
BNDE) e o restante pertence a um
cos liderado pelo Bradesco.
Ao abrir, ontem, o 13.° Congresso Nacional de
Processamento de Dados, o presidente da So­
ciedade de Usuários de Computadores e Equi­
pamentos Subsidiários (Succsu), Paulo César
Busnardo, defendeu a reserva de mercado para
as empresas nacionais fabricantes de computa­
dores da faixa de micro ate medio porte.
(Jornal do Brasil - 21-10-80)
O superintendente da Cobra, Vicente Paolil-
lo, disse ontem que acha ' extrem am ente
inviável", a privatização da empresa a curto
prazo, porque é assunto que envolve uma
são no atual modelo de desenvolvimento na
área de computadores, mas admitiu que a pri­
vatização ou uma alteração na com posição
acionária é um compromisso do Governo.
Já o presidente da
sileira da Indústria de Computação), Giovanni
Farina, considerou que, mais importante do
que discutir a privatização da Cobra, é discutir
uma solução a curto prazo para os problemas
que ainda impedem o aumento do índice de na­
cionalização dos com putadores fabricados
pelas empresas nacionais.
(Jornal
A privatização da Computadores Brasileiro
S/A (Cobra) é um assunto que ainda está muito
“ verde", declarou ontem o Ministro-Chefe do
Gabinete Militar, Danilo Vcnturini, esquivan­
do-se de comentar se há ou não intenção do Go­
verno neste sentido. “ Só trabalho com coisas
concretas e não com intenções", acrescentou.
Danilo Vcnturini c o Ministro-Chefe do Serviço
Nacional de Informação, Octavio Medeiros de
Aguiar, visitaram ontem, a convite da Associa­
ção Brasileira da Indústria de Com putação
(Abicomp), os stands das empresas nacionais,
demonstrando grande interesse pelo índice de
n acion alização atingido por cada uma até
agora. Não chegaram a conhecer os equipamen-
tos expostos pelas empresas estrangeiras, mon­
tados no subsolo do Hotel Nacional.
Sic T ransit
• Desde o acordo de acionistas assinado em
novembro de 1978, a TELEBRÁS vem contro­
lando a produção e comercialização da Transit
Semicondutores, cujos 350 funcionários rece­
beram o último salário em julho. Em nota ofi­
cial que divulgou ontem, em Belo Horizonte, a
Diretoria da Transit afirma que a empresa é
viável, com exigível inferior
e capacidade instalada para produzir Cr$ 1 bi­
e s .
lhão anuais, a preços de hoje.
“ Com a oficialização do decreto, anunciado
pelo secretário-executivo da SEI, Octávio Ge-
nari,definindo as condições para o desenvolvi­
mento da indústria de informática, na base da
qual está o semicondutor, irão desaparecer to­
dos os eventuais obstáculos que dificultaram
passos da Transit e se facilitat'd, plenamente,
fabricação de sem icondutores por empresa
brasileira",acrescenta a nota da Transit.
Segundo uma fonte
Quandt de Oliveira, que se afastou
mana da presidência da Transit, deixou tam­
*
bém de ser o representante da TELEBRÁS na
empresa.
de ban­
• As últimas semanas registraram, para o setor
brasileiro de telecomunicações, dois fatos que
aumentaram, ainda mais, a preocupaçãoc inse­
gurança dos empresários que atuam na área,
quanto à sobrevivência da indústria nacional. O
empresário Jaccjues G1 az, diretor da ABINEEc
presidente do Grupo EMBRACOM — conglo­
merado de empresas genuinamente brasileiras e
que atuam predominantemente cm telecomuni­
cações — , aponta o fechamento da Transit, cu­
jos empregados estão em ferias coletivas, e a
passagem de todo o controle acionário do Gru­
po ELEBRA para a Companhia Docas de San­
tos, como “ consequência evidente e exclusiva
da absoluta falta de uma política industrial mais
definida e adequada às necessidades atuais das
indústrias c das telecomunicações brasileiras".
(Jornal do
Abicomp(Associação Bra­
Microeletrônica
é Ponto Crucial
• A microeletrônica sem definições: o debate
foi encerrado, praticamente, com a pergunta
direta do presidente
Brasil - 22-10-80) ças Armadas para área de informática, coronel
Fernandes:
microeletrônica? A única empresa nacional do
setor, a Transit,
‘ O problema
primeiro, se
técnicos presentes.
' 'Não adianta nada montarmos
aqui, se temos de importar ou comprar das
tistodos
equipamentos de processamentos de dados"
Outro participante chegou a levantar a possi­
bilidade da formação de ‘ 'uma O PER dos pro­
dutores de microeletrônica'' que colocaria por
terra as pretensões dos países importadores de
componentes
ção de computadores.
Para Dor ia Porto, computadores e microele­
trônica são setores que devem ser tocados con­
(Jornal do Brasil - 23-10-80) juntamente.
(Gazeta Mercantil - 22-10-80)
• Um interface industrial e de pesquisa que
pode ser chamado de um verdadeiro “pólo de
informática” será anunciado proximamente
pelo governo brasileiro. Deverá localizar-se na
região administrativa de Campinas, onde já tra­
balham ativamente a Unicamp e o Centro de
Pesquisas da TELEBRÁS.
• Gennari, da SEI, confirmou para os próximos
milhões dias a divulgação de legislação específica para a
área de microeletrônica, criando reservas de
mercado e caracterizando o que é de fato uma
è
indústria genuinamente nacional.
(Gazeta Mercantil - 23-10-80)
• Segundo informações dadas pelo Secretário
de Informática, já está decidido a transferência,
de Montes Claros para Campinas, das princi­
pais linhas de fabricação da Transit.
(Gazeta Mercantil - 23-10-80)
• “ Sem microeletrônica e sem software ten­
da empresa, o
deremos à estagnação", disse Antonio Didier j
uma se­
Vianna, diretor da Microlab. A microeletrônica
é um setor que requer elevada massa de recursos
__ __
*
para investimento, além de ser de manutenção j
industrial lenta.
(Jornal do Brasil - 28-10-80)
(Gazeta Mercantil - 27-10-80)
I
>esce o Who is Who
Ao lado«da Associação Brasileira de Indús­
tria de Computadores e Periféricos (Abicomp):
Sociedade Brasileira de Computação (SBC):
Associação dos Empregados Cobra (AECj:
A ssociação dos Profissionais de Processa­
mento de Dados (ÀPPD); Conselho Nacional
das Associações de Processamento de Dados
(CNAPPD): Associação das Empresas de Ser­
v i ç o s d e P r o c e s s a m e n t o d e D a d o s
( A S S L S P R O ) : Sociedade dos Usuários de
C omputadores e Equipamentos Subsidiários
(SUCESU); foi criada agora a Associação Na­
cional dos Dirigentes e Executivos de Informá­
tica ( A N D E I ) que congrega dirigentes, consul­
tores, pesquisadores e professores de área de
C - 28-10-80)
informática.
(Telebrasile Jornal Brasil de )
Os Perigos da Caixa Preta
• Diz Faria LimadaSISCO: “ Estamos em ple­
na era de informática. Não existem barreiras
concretas que represem as informações. 0 que é
do Estado-Maior das For­
fluxo transnacional de dados? É a transmissão
de dados de um país para outro. A consulta de
"Qual a estratégia da SEI para a
dados através de terminais localizados em paí­
ses diferentes.
está em estado de coma."
nãoé descobrir que deveria
Muitas variáveis são introduzidas numa opera­
o ovo ou a galinha' , ção deste
um dos tipo:
1) Qual o preço justo da transação?
máquinas 2) Qual o grau de real reciprocidade entre paí­
ses desenvolvidos e subdesenvolvidos?
os componentes para de 3) Qual o perigo de um país ser “ cobaia" tec­
nológica, isto c. a caixa preta ficar maior e mais
preta?
4) De quem é o monopólio da informação?
5) Qual a proteção cultural, se a memória da na­
ção fica em ban cos de dados de caráter
microeletrônicosquanto à produ­ alienígeno?
(Jornal do Brasil -