Page 16 - Telebrasil - Maio/Junho 1980

modems, TDM’s, minicomputadores, concentradores, etc., dúvidas existentes anterionnente. A única coisa que nos dei-

também mantém os utilizados no Brasil pela Air France e xou um pouco preocupados foi a entrega de todo o serviçode

PAN AM, estando em cogitações para manutenção dos comunicação de dados com exclusividade a uma única con­

equipamentos da Swissair e Avianca. Não temos técnicos cessionária em detrimento das demais empresas do grupo

baseados em outros locais além de São 3aulo. Contudo, o TELEBRÁS. Não nos referimos aqui à competência desta

atendimento é rápido: em São Paulo, 1 hora no máximo; no concessionária, pois é sobejamente conhecido o seu profis­

Rio de Janeiro, 3 horas; em Buenos Aires, para a I*AN AM, sionalismo e excelente padrão de serviços, mas sim asna

6 horas. Esses dados mostram a agilidade da equipe de ma­ condição de intermediária no trato dos problemas de telepro­

nutenção para sistemas operando em tempo real. cessamento. Vamos ver o porquê desta nossa preocupação

Além da manutenção, somos levados a desenvolver siste­ Acreditamos que quando o legislador elaborou a portaria jul­

mas e projetar e fabricar equipamentos que atendam às gava que a comunicação de dados, tal como o te ex, fosse

necessidades da empresa, desde que não sejam fornecidas um serviço eminentemente interurbano e para evitar queo

pela indústria brasileira do ramo. Entre outros, podemos usuário tivesse que tratar com várias concessionária*

citar terminais especiais de vídeo, derivadores de linha nomeou apenas um responsável por toda a prestação do ser

digitais e analógicos, impressoras de bilhetes por computa­ viço. Talvez seja uma surpresa para os senhores, mas\

dor, etc. comunicação de dados, tal como a telefonia, é predominan

temente urbana.

Estamos desenvolvendo o projeto SABIA que se destina a

introduzir teleprocessamento a bordo das aeronaves, ato
Tomemos como exemplo o caso da Vasp. Só operamos pra­

ímpar na aviação internacional.
ticamente nas capitais dos estados, ou seja, somos uma com­

panhia tipicamente de âmbito nacional. Entretanto, dosJô

10. Considerações de ordem geral enlaces de comunicação de dados que ternos atualmente,

apenas 15 são interurbanos; os outros 21 enlaces são total-

A primeira diz respeito a uma linha direta do nosso centro de mente urbanos. E a tendência nossa é estender cada vez mai*

controle da rede de teleprocessamento com o centro rádio- a mecanização dentro das cidades já atendidas pelo telepro­

multiplex da EMBRATELem São Paulo, de modo que um cessamento. E prejudicial a colocação de um intermediar;

pedido para correção de um circuito de dados em tempo real quando as duas pontas do enlace estão dentro de uma mesni.

seja prontamente atendido. Seria uma única linha por usuá­ concessionária. O atendimento será sempre por tabela pro­

rio em tempo real, visto que são pouquíssimos os que usam duzindo demoras, o que não se coaduna com o serviço de

este tipo de comunicação de dados. dados Hoje, por exemplo, se necessitarmos de um LP(t

dados no Rio de Janeiro entre Copacabana e o Centro, deve­

Atualmente há um atendente na EMBRATI I que recebe os mos fazer uma carta â EMBRATEL que por sua vez faz uir

pedidos e os anota transferi ndo-os depois aos resp o n sáv eis outra para TELERJ: porque não se dirigir diretamente|

pela manutenção. Esse critério é bom porque impoc ordem TELERJ que pode nos dizer prontamente se há facilidades

ao atendimento. Porém, esse tipo de transação demora em para o atendimento, previsão de instalação, etc? Na telefo­

média 15 minutos, o que é excelente para comunicação de nia o usuário sempre tratou diretamente com o fornecedor^

dados padrão, porém intolerável para tempo real. serviço com grande sucesso. O importante é que o padrão#

serviço seja coerente com a transmissão de dados. Para isto

A segunda consideração é sobre o conceito de serviço públi­ existe a TELEBRAS que especifica e padroniza os paraná

co de telecomunicações. Percebemos uma grande diversida­ tros de comunicação de dados para todo o país. Desta forni;

de de opiniões sobre este assunto no decorrer dos debates se incentiva a difusão de tecnologia entre todas as concessio-

deste painel. Em nossa opinião particular a concessionária narias e não somente para uma. As empresas-pólo#

deve abrir um leque de alternativas de serviços que iriam TELEBRÁS não seriam apenas instaladoras de cabos,#

desde o aluguel de canais em bruto até o produto acabado real mente vendedoras de todos os serviços de telecomunica­

que seria a comutação telefônica, de pacotes, RNT, etc. A ções dentro de suas juridições. Esta difusão de tecnologia

concessionária seria sempre a única empresa autorizada a importantíssima, visto que os pequenos problemas région^

transportara informação de um ponto para outro do país con­ di lie il mente poderão ser previstos num planejamento#

forme determina a legislação sobre o monopólio estatal das âmbito nacional e é então a concessionária local que dever-

telecomunicações. Acreditamos que o conceito de serviço resolvê-los. Nos ocorre, neste momento, dois exemp

público de telecomunicações seria um excelente tema para interessantes de soluções de problemas regionais: umdeie>i

um próximo painel da TELEBRAS1L. o difusor de microondas utilizado pela TELEPAR para ver

cer o obstáculo de um morro no Paraná e o outro é o siste1

A terceira e última consideração se relacionava com a porta­ de minicentrais de telefonia elaborado pela TELEBAH1 •

ria 109 do Minicom. A comunicação de dados é um serviço resolvendo assim o problema telefônico de pequenas co#

novo no Brasil, pelo menos para a maioria dos que estão aqui nidades e com baixo poder aquisitivo.

presentes, se bem que para nós é bem conhecido, pois esta-
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mos a mais de 7 anos neste ramo. E natural, portanto, que Todos os conceitos acima emitidos em quase nada altera^

haja uma mistura de conceitos e avaliações de tecnologia. sistema Transdata, que por í de âmbito nacional. ousu#f

Esta portaria foi muito oportuna porque dirimiu uma série de deve tratar diretamente com a EMBRATEL.