Page 15 - Telebrasil - Julho/Agosto 1980
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Antônio Cacace
D e s c r i ç ã o d e M á x i m a d e
Engenheiro Eletrônico formado pela Universidade
F u n c i o n a m e n t o d e u m de Roma em março 1970. Trabalhou na ITAETEL
— Laboratório de P& I), Setor de
Rudiocomtitiiuiçócs, como Sisteinista de
Microondas. Radiotelefonia Fixa, Radiotelefonia
S i s t e m a R a d i o t e l e f ô n i c o Móvel; trabalhou como Professor de Eletrónica em
Escolas de Formação Técnica. Desde Setembro de
1976 na A uso Eltel, como responsável técnico pela
M ó v e l P ú b l i c o A u t o m á t i c o linha de produtos VHF/UHF, e de suas instalações
externas.
1. Premissas
Em um Sistema Radiotelefônico Mó A seguir, tentaremos resumir as solu I) Os geradores de tráfego (assinantes)
vel Público Automático (SRAMPA) o ções mais frequentes utilizadas para são independentes entre si.
serviço oferecido ao Assinante Móvel compatibilizar as necessidades técni II) As chamadas são distribuídas ca
(AM) deve ser do mesmo tipo do que é cas e comerciais tia estrutura da rede sualmente no tempo.
oferecido a um Assinante Fixo da rede telefônica pública fixa com os da parte III) E verificada a condição de plena
pública comutada. rádio do SRAMPA. acessibilidade aos canais para todos os
assinantes.
Para alcançar esta finalidade deverão 2. Faixa rádio o número de canais IV) O estabelecimento da conexão en
rádio bidirecionais tre os assinantes e os terminais rádio
ser analisados diversos aspectos de
planejamento e tomadas decisões bási dura um tempo desprezível em com
cas no que se refere à filosofia de fun A principal característica do Sistema paração ao tempo de conversação.
cionamento do sistema. de Radiotelefonia Móvel Publico de V) Existe um regime de equilíbrio es
tipo Automático (isto é, efetuação das tatístico, ou seja, o número das con
ligações telefônicas para/de o AM sem versações terminadas no tempo A t é
Em geral podemos resumir os aspectos
a serem analisados nos seguintes: intervenção de operador humano) é re igual ao número das conversações ori
presentada por suas particularidades ginadas no mesmo A t.
de tráfego, que por outro lado são liga VI) As chamadas não completadas são
• Tipo de serviço oferecido
das ao número N de assinantes a serem perdidas (não há espera).
• Extensão geográfica do SRAMPA
atendidos e ao número M de CRB’s
• Capacidade, em tráfego e assinan
disponíveis numa certa área. E bas Nas hipósteses acima referidas a rela
tes, do SRAMPA
tante claro que devido à constante difi ção entre N e M está determinada pela
• Faixa de freqüências rádio utilizada
culdade na procura de canais rádio em fórmula B de Erlang, tendo presente o
• Estrutura da Rede Rádio: posição do
qualquer faixa, desde 140 até 900 grau máximo de perda admitido. Os
Centro de Controle (CC) e das Esta
MHz, não é possível pensar em aten conceitos acima definidos não se apli
ções Rádio Base (ERB)
der às necessidades de cada um dos N cam, no caso do SRAMPA ser exten-
• Procedimento de chamada Rádio
AM’s com um CRB só a ele consig dido como serviço a nível nacional, a
para/de o AM
nado, devendo ser neste caso M = N, todo o número N’ de assinantes no âm
• Interligação com a rede fixa
onde N é sempre maior que 1000. bito nacional, mas sim à soma do nú
• Numeração e tarifação dos AM’s
mero N” de assinantes de uma Grande
• Estrutura do sistema
Isto leva a concluir que qualquer AM Área Urbana (GAU) e do número N*
Alguns destes aspectos são parecidos deve ter livre acesso a qualquer um dos de assinantes de outras cidades, que se
aos que se apresentam qo projeto e pla CRB’s, que não estejam já ocupados hipotiza forem se deslocar diariamente
nejamento de uma rede telefônica fixa por uma conversação em andamento. para a dita Grande Área. Este número
qualquer, ou seja, tipo de serviço Tal procedimento de consignação, o N = N ” + N* d eterm in ará, de
oferecido, capacidade de tráfego, etc. melhor acesso aos canais rádio, é cha acordo com o grau de perda admitido,
mado de Multiacesso, tendo-se N mui o núm ero de CRB necessários na
Outros são ligados ao fato particular de to maior do que M. Este procedimento GAU: M.
uma parte da ligação telefônica ser efe permite o aproveitamento ótimo dos
tuada através de ligação rádio bidire canais rádio, com elevada percenta Considerando, enfim, que numa nação
cional (em duplex) entre um centro gem média de tempo, no qual os canais qualquer o número de grandes centros
fixo (ERB) e um Assinante Móvel. são ocupados por conversação; parâ urbanos não ultrapassa a dezenas, e
metro este que em Telefonia Clássica é que normalmente eles estão bastante
Estes são: Faixa de freqüências rádio e chamado “ Rendimento de Feixe” . distantes entre si, o número M ’ de
número dos canais rádio bidirecionais CRB necessários para toda a Nação é
(CRB) disponíveis para o serviço; pro O correto funcionamento do procedi dado por M mais um M* (canais utili
cedimento de chamada rádio; numera mento de Multiacesso fundamenta-se zados para co b ertu ra das outras
ção e tarifação. nas seguintes hipóteses básicas: regiões), mas com M* M.