Page 75 - Telebrasil - Janeiro/Fevereiro 1979

çSo, índice de nacionalização e compra de te no País, nota-se uma "tendência ao en­
componentes e periféricos nacionais. durecimento da posição de alguns técni­
Jornal do Brasil — 25.11.78 cos descontentes com a decisão tomada
no último dia 23". Segundo ele, a decisão
0 presidente da Burroughs Eletrônica, não agradou a todos, principal mente aos
Henry Eicher, qualificou de "extremamen­ setores "menos realistas", que acreditam
te tranquilizadora "a decisão adotada pela na possibilidade de que a empresa nacio­
Capre, favorável aos projetos de grandes nal leve a cabo todos os tipos de projetos
computadores da IBM e da própria Bur­ do setor, apesar das adversidades técnicas
roughs. Advertiu, no entanto, para o fato e financeiras existentes.
de que não são ainda conhecidas em deta­ O Globo - 03.12.78
lhes as condições impostas pelo plenário
da Capre às duas empresas beneficiadas. A n á l i s e e P r e v i s õ e s
0 Globo -26.11.78
A dimensão atual da IBM excede a esfera
Na opinião do diretor da Digibrás, Ivan industrial propriamente dita: queira ou
Marques, "não foi boa" a decisão do ple­ não, a empresa participa de um império a
nário da Capre que aprovou os projetos hfvel planetário e somente os Estados —
de grandes computadores da IBM e da e não outras empresas - têm condições
Burroughs, no último dia 23. A decisão para negociar com ela. E, mesmo assim,
representou um "recuo político no setor, será necessária a formação de um "front
acarretando a perda, a médio prazo, de internacional" para essas negociações. Es­
importante faixa de mercado para empre­ tas são algumas das conclusões do estudo
sas multinacionais, até agora descompro-
intitulado: "A informatização da socie­
missadas com o desenvolvimento nacional. dade".
0 Globo - 29.11.78
0 estudo foi encomendado pessoalmente
Elói Calage explica em miúdos: A decisão a Simon Nora, inspetor-geral de Finanças
da Capre não abriu — inteiramente — o da França, pelo
mercado de médios à IBM e à Burroughs, D'Estaing, com o objetivo de propor ao
abriu, isto sim, uma faixa abaixo (e não Governo francês as orientações necessári­
apenas acima, como tem sido divulgado) as â elaboração de uma política de infor­
da anteriormente ocupada pelas duas em­ mática para o país.
presas. A IBM, que já fabricava o 148, Diário Comércio & Indústria — 17.11.78
A
passou a ter licença para fabricar o 158 e
o 138, ou seja, tanto desceu quanto subiu. O aumento da auto moção baseada em
Já a Burroughs parte do espaço situado computadores deverá ampliar o desempre­
entre o 138 e o 148, o que quer dizer que, go em um grande número de setores na
embora menos favorecida do que a sua Inglaterra, segundo um relatório confi­
concorrente, ela também teve acesso a dencial encomendado pelo Departamento
- uma faixa nova, que se estava tentando da Indústria desse país.
reservar inteiramente ao projeto de asso­
ciação com a Fujitsu. Segundo o jornal "Financial Times", o es­
tudo prevê um aumento do total de de­
Esforços, pode-se dizer de última hora, sempregados para 2J5 milhões a 3,5 m i­
feitos por técnicos do setor, levaram a lhões, ou 10% a 15% da força de trabalho,
Eletrônica Digital Brasileira (holding de em comparação com os 1,5 milhão de de­
bancos liderada pelo Bradesco) a divulgar sempregados de agora, ou 6% da popula­
seu desejo de participar na associação ção ativa. Não fo i determinado, no entan­
com a Fujitsu exatamente no dia da deci­ to, qualquer lim ite de tempo para esta ex­
são da Capre. Mas nem isto foi mais forte pansão. O estudo teria concluído também
do que o argumento principal das multi: que a Inglaterra provavelmente será supe­
mercado externo. E, em nome de mais al­ rada no campo de tecnologia de informa­
guns milhões de dólares imediatos, o Go­ ções por outros países, incluindo a Fran­
verno cedeu. Pode-se afirmar hoje, tran- ça, a Alemanha Ocidental e o Japão, co­
qüilamente, que a decisão da Capre foi pio resultado da falta de uma política go­
tomada em nfvel de poder superior ao do vernamental integrada para as indústrias
conselho plenário. de computação,
Diário Comércio & Indústria —02.12.78 eletrônica.
Gazeta Mercantil - 18.11.78
Na opinião de alto executivo de uma em­
presa estrangeira do setor de computado­ A indústria de processamento de dados
res empenhado nas negociações das condi­ apresenta, em todo o mundo, dois aspec­
ções que deverão pautar a execução dos tos que aparentemente são contraditórios:
projetos de computadores de grande por- se de um lado tem excelentes perspectivas
de crescimento nos próximos anos, por
outro vem assistindo à retirada de diversas
companhias importantes do setor e a mui­
tas fusões. Os fatores que levam a essa si­
tuação são analisados por Pierre Lepicard,
diretor da Cii Honeywell Bull, em artigo
publicado recentemente na Revista
"News Are"
Diário Popular — 23.11.78
Na década de 80, os computadores domi­
narão a administração pública, a indústria,
as comunicações e, até mesmo, os lares e
o lazer. Em 1985, o número de terminais
de computadores, na Alemanha Ocidental,
terá triplicado, em relação aos dias atuais.
Estas são algumas conclusões de um estu­
do sobre o futuro da tecnologia de infor­
mática, realizado por um consórcio de
empresas da Alemanha Ocidental.
Já em 1982, entrarão em funcionamento
na Alemanha Ocidental, segundo o estudo,
serviços de informação por vídeo. A prin­
cípio, se Ugarão à rede de telex, mas, nu­
ma segunda fase, poderão ser transmitidas
informações por telefone e serem projeta­
das na tela de televisão de cada casa.
presidente Giscard O Globo - 28.11.78
M i n i s , ( M é d i o s ) e M á x i s
Capre garante que não fará reserva de mer­
cado para os computadores de médio por­
te — Segundo Ricardo Saur, as circunstân­
cias atuais são muito diferentes das que
determinaram os critérios dos minicom­
putadores.
Jorna/ do Brasil —31.10.78
Capre definirá conceito para computador
médio — Ricardo Saur disse acreditar que
a reunião do Conselho Plenário da Capre,
no próximo dia 23, poderá definir os con­
ceitos sobre o que significa um computa­
dor de porte médio e um minicomputador.
O Globo - 10.11.78
Cobra quer definição do que é computa­
dor médio — o diretor-superintendente da
Cobra quer que o governo defina com
exatidão os limites entre médio e mini
computador, a fim de que o mercado dos
"m ini", reservado às empresas de capital
nacional, não seja invadido pelas multina­
cionais.
O Estado de São Paulo — 14.11.78
telecomunicações e
A Eletrônica Digital do Brasil, empresa
formada por várias instituições financeiras
privadas e por Bolsas de Valores, decidiu
participar da jo in t venture que está sendo
negociada entre o Serpro, a Digibrás e a
empresa japonesa Fujitsu para fabricação
de computadores de porte médio.