Page 69 - Telebrasil - Janeiro/Fevereiro 1979
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TELECOMUNICAÇÕES Disse também que a situação da indústria Industrial. Discute-se a questão presente
elétrica e eletrônica, este ano, é muito mente no MIC e no Ministério das Comu
P o lít ic a I n d u s t r ia l boa. A venda de produtos domésticos elé nicações, com a participação da Secretaria
tricos e eletrônicos deverá apresentar um do Planejamento.
O diretor de Tecnologia da Telebrás, Jor
índice de crescimento de quase 20 por O Estado de São Paulo —26.11.78
ge Marsiaj, analisou as perspectivas do
cento, surpreendendo todas as previsões.
mercado nacional de telecomunicações e
No setor, o único problema sério é a área O presidente Geisel disse ontem na aber
mostrou-se especialmente otimista com o
de telecomunicações, onde as indústrias tura do II Congresso Brasileiro da Indús
desempenho do setor de teleimpressores,
continuam a apresentar uma ociosidade tria Elétrica e Eletrônica, que o desenvol
cuja demanda "está sendo estimada em 5
superior a 50 por cento. Foram convida vimento industrial não criou concentra
mil novos assinantes por ano". O diretor
das as companhias que produziam os equi ção de renda. "As acusações sobre concen
da Telebrás apontou como uma das solu
pamentos mais modernos do mundo. De tração de renda" — disse o presidente —
ções em execução pelo sistema de teleco
repente, o País descobre que é pobre e "decorrem de uma interpretação nem
municações^ indicação da Abramo Eber-
que não tem recursos. As encomendas fo sempre muito correta de dados do recen
le para introdução no país do tele impres
ram todas canceladas, muitas das fábricas seamento de 1970". Geisel acrescentou
sor eletrônico.
foram fechadas e milhares de trabalhado- que, entre 1966 e 1977, a população bra
Jornal de Brasília - 03.11.78 % •
res, que representam uma mãò-de-obra sileira cresceu 35,8 por cento enquanto a
cara, despedidos. renda per capita aumentou 96,4 por cen
A política industrial — definir, da maneira
O Globo - 17.11.78 to. Logo após a abertura do Congresso,
mais precisa possível, as diretrizes para o
nas dependências de Secretaria da Agri
desenvolvimento de novos equipamentos, Após ler matéria publicada no GLOBO,
cultura de São Paulo, onde comparece
as pesquisas de novas tecnologias e as nor contendo entrevista do presidente da
ram cerca de 600 empresários, o presiden-
mas de aquisição para as empresas do gru Abinee, Quandt de Oliveira disse:
tê Geisel participou de um coquetel,
po Telebrás — ó, na opinião do ministro
— Eu gostaria de conhecer a relaçao des acompanhado pelos ministros Reis Vello-
das Comunicações, o mais importante le
ses cancelamentos, assim como quero lfeij£, so, do Planejamento, Angelo Calmon de
gado que deixará. Sá, da Indústria e do Comércio, e Euclides
Relatório da Gazeta Mercantil — 10.11.78 brar o discurso que fiz no dia 7 de junho
de 1974/ na cerimônia de posse cte Mano Quandt de Oliveira, das Comunicações.
el da Costa Santos. Nesse discurso, deixo O Globo-29.11.78
A Portaria n? 582 de 7 de novembro de bem claro a necessidade das indústrias do
1978 do Conselho de Desenvolvimento setor não procurarem conseguir encomen O Ministro das Comunicações é favorável
Industrial fixa os seguintes índices míni das além da sua capacidade normal de a uma revisão do mercado nacional de
mos de nacionalização em valor, para a fa produção. Multiplex — o terceiro maior volume de
bricação de Teleimpressores Eletrônicos gastos no setor — o que virá com "a aber
de Página com Acessórios e dispositivos: Para o Ministro, também, não faz sentido tura, proximamente, de concorrência para
a afirmação de que não existe uma polí
aquisição, pelas empresas do Grupo Tele
tica industrial para o setor de telecomuni
brás, de equipamento M ultiplex, justifica
cações no País. Ele citou as portarias 661
da pela discrepância dos preços atuais".
e 662, ambas do Ministério das Comuni
cações, como os documentos em que es
— Internacional mente — explicou — tem-se
tão contidas as linhas gerais dessa política.
observado que o preço desse equipamento
O Globo - 18.11.78
tem baixado, o que não ocorre no Brasil,
onde existem diferenças de até 20 por
Serão concedidos a redução de 80% dos cento entre os fornecedores nacionais. Es
Segundo Ethevaldo Siqueira, o ministro
impostos de importação e sobre produtos sas diferenças ocorrem porque atualmente
Euc/ides Quandt de Oliveira, das Comuni
industrializados e o apoio preferencial por temos cinco fabricantes para o M ultiplex
cações, afirma categoricamente que a for
entidades oficiais de crédito. FDM e três para o M ultiplex PCM.
mulação de diretrizes de política industri
Diário Oficia! - 13.11.78 O Globo - 02.12.78
al para componentes eletrônicos não é de
competência de seu Ministério, mas sim
0 presidente da Associação Brasileira di do Ministério da Indústria e do Comércio. Análise e Previsões
Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee) Há cerca de dois anos, esse Ministério e o
Manoel da Costa Santos, disse ontem qut das Comunicações formaram um grupo "N o início da atual administração — disse
o próximo governo precisa definir corr denominado Geicom (Grupo Executivo o Presidente da Telebrás — o Sistema Te
da reza uma política industrial para o Bra da Indústria de Componentes), para for lebrás tinha menos que dois milhões de
sil, porque ela não existe e a sua falta de necer elementos para a formulação de telefones em operação, e, agora, já atingiu
sorienta os empresários, que dependerr uma política industrial para componentes. o marco de cinco milhões, os quais, so
do beneplácito de vários órgãos governa Na verdade, a definição dessa política é mados aos telefones de empresas indepen
mentais para executar os seus projetos. tarefa do Conselho de Desenvolvimento dentes, dão ao Brasil cerca de 5.200.000