Page 8 - Telebrasil - Novembro/Dezembro 1978
P. 8
sáo. Uma vez que um canal de voz mente nova, seria de se esperar tos. Neste caso a comutação con
foi convertido para um sinal digital que uma nova configuração fosse tinua analógica, havendo necessi
equivalente, ele passa a ter uma projetada de acordo com as carac dade de conversores A/D
forma idêntica aos outros sinais terísticas peculiares do novo siste (analógico/digital) e Dl A (digi-
digitalizados. Da mesma forma, ma. Todavia, a configuração para tal/analógico) nas entradas e
existem codificadores para canais redes analógicas é mantida para saídas das centrais.
musicais, televisão, fac-símile, vi- as redes digitais, sendo as mu
deofone, etc. Qualquer destes si danças existentes apenas de inter 2. a etapa: As estações locais e tan
nais pode ser multiplexado, comu face, não alterando a estrutura do dem também são digitalizadas, e
tado e transmitido junto com si sistema. os conversores estão colocados
nais que já sáo digitais por nature entre as linhas de assinante e as
za. Tal flexibilidade possibilita Nas redes analógicas há basica centrais locais.
uma combinação de sinais de for mente 3 tipos de conexão: 3. a etapa: Os circuitos interurba
ma a ocupar o mais racionalmente
possível a faixa de passagem do — linha de assinante: Conecta o nos são digitalizados. Esta confi
sistema de que se dispõe. telefone do assinante à central lo guração requer muitos converso
res A/D e D/A, tornando difícil de
cal. As distâncias envolvidas são
A maior desvantagem do uso de pequenas. ser alcançada a qualidade de
técnicas digitais em telecomuni transmissão requerida. Deve-se
cações é a necessidade de grande — circuito de junção (ou circuito observar que os equipamentos que
largura de faixa. Por exemplo, um intercentral): Conecta as centrais realizam as conversões A/D e D/A
canal digital utilizando multiple- locais diretamente ou através de são as partes mais sensíveis de
xação no tempo, código de 8 bits, centrais tandem. A distância mais uma rede digital, com relação à in
frequência de amostragem de 8 usual para este tipo de conexão é serção de distúrbios no sinal, tais
Khz, necessita de uma freqüência de 20 a 50 Km. como ruído e diafonia.
de repetição dos pulsos de 64 Khz
para representar um canal — circuito interurbano:Representa 4a etapa: Neste caso é empregada
analógico de 4 Khz. Desta forma, a as demais conexões, ligando cen comutação e transmissão digital.
capacidade de canais de um siste tros locais a centros de trânsito, e Não são necessárias as conver
ma digital acaba sofrendo uma li os centros de trânsito entre si, tan sões A/D e D/A, exceto para as li
mitação devido à largura de faixa. to no contexto nacional como in nhas de assinante.
Por essa razão há interesse cada ternacional. Estas conexões geral
vez maior em se desenvolver novos mente são de longa distância e al 5a etapa: Nesta última etapa é di
meios de transmissão que possam ta capacidade. gitalizada inclusive a linha de assi
alargar o espectro de freqüências nante. Na digitalização da linha do
atualmente em uso, e também no 2.2. Etapas de Transformação assinante, deve-se levar em consi
vos métodos de codificação e mo Analógico/Digital deração que a mesma requer cir
dulação para melhor aproveita cuitos a 4 fios. Sabendo-se que as
mento do espectro existente. Tendo em vista o grande investi linhas existentes usam só 2 fios, a
necessidade de duplicação dos
mento já existente nas redes
Outro problema é o fato de que o fios existentes pode ser problema
erro de interpretação de bit (o bit analógicas, as razões econômicas nas grandes cidades. Como so
“0” é interpretado como bit “ 1” e se transformam numa barreira que lução de compromisso é possível
vice-versa) geralmente não pode torna lenta a transformação colocar concentradores PCM, para
ser totalmente evitado, apesar das analógica para digital. Os circuitos converter o sinal analógico de um
redes digitais serem menos sus digitais deverão ser introduzidos grupo de assinantes em sinal digi
ceptíveis às irregularidades de aos poucos, de acordo com o po tal, em lugares apropriados no ca
transmissão. Os erros de interpre tencial de expansão e/ou substi- minho que leva à centrai local.
tação de bits são causados princi tuição-da área em questão, coexis
palmente por ruído interno, interfe tindo com os sistemas analógicos O uso da técnica digital na trans
rência entre canais, e ruídos impul já existentes. missão associado a uma comu
sivos vindos das operações da co tação temporal usando a mesma
mutação (principalmente quando A seguir são ilustradas várias eta técnica de divisão no tempo, per
equipamentos analógicos e digi pas possíveis de transformação do mite a formação de uma rede digi
tais estão alojados no mesmo sistema, visando a digitalização tal integral. Evita-se assim uma
edifício). Além disso, a não sincro da rede analógica existente, se boa parcela das conversões,
nização entre os bits transmitidos gundo as necessidades e as possi reduzindo-se os distúrbios de sinal
e recebidos também pode causar bilidades particulares de cada ca e obtendo-se uma alta qualidade
erros. so (figura 1). e/ou alta capacidade a longa dis
tância dos circuitos transmissão-
1.a etapa: Sistemas de 24 ou 30 ca comutação.
2. Engenharia do Sistema
nais são usados para interconec-
2.1. Configuração da Rede Digital tar centrais locais entre si ou a 2.3. Formato do Sinal
centrais tandem, para aliviar o con
Devido ao fato da tecnologia en gestionamento dos cabos de voz O formato do sinal básico aceito
volvida nas redes digitais ser total geralmente usados nesses circui internacionalmente para ser usado