Page 5 - Telebrasil - Novembro/Dezembro 1978

a ter por exemplo 200 entradas e central, trabalhando em sistema acesso àquele bloco possam dar

200 saídas, com 400 links interme­ dual, que por meio de órgãos auxi­ continuidade à ação.

diários. liares tem acesso a toda a central

telefônica. Todos os programas 4.1. Elementos básicos de organi­

3. Centrais Convencionais são divididos em módulos, com in­ zação da memória de dados

terfaces rigorosamente definidos.

As centrais convencionais (exceto, Os dados podem ser divididos, pa­

é claro, as passo-a-passo, cuja É curioso observar que se nas cen­ ra efeito de telefonia, em dois ti­

“análise” é totalmente executada trais convencionais um órgão (por pos: aqueles que são temporários,

através da graduação) executam a exemplo, um registrador) quando acompanhado o progresso de uma

função de análise através de árvo­ ocupado por uma chamada fica à chamada, ou seguindo o estado de

res de relés de pelo menos 10 pa­ sua disposição durante todo o um juntor ou de um assinante, e os

res de contatos cada um. O ponto tempo necessário, nas centrais dados descritivos, que não podem

de encontro de 1 relé e 1 par de PRX todas as chamadas comparti­ ser alterados pelos programas de

contato determina um resultado lham da mesma bateria de progra­ telefonia, necessitando de progra­

intermediário, até que o resultado mas, sendo que no processador mas administrativos para isso.

seja encontrado. O resultado final central apenas uma única chama­

é então levado a um circuito de da é tratada em cada instante (é Para o tratamento de chamadas,

controle que determinará as ações claro que se incluirmos os órgãos existe no PRX dois tipos principais

a tomar, que podem ser a comu­ auxiliares, haverá mais de uma de blocos para armazenamento de

tação dos estágios, a emissão de chamada sendo tratada naquele dados temporários: o bloco de da­

tons aos assinantes ou a emissão instante). Não existe a possibilida­ dos associados (ADB), que arma­

de um sinal MFC. de de eventos simultâneos, mas zena os dados relativos à chama­

apenas uma única e rapidíssima da, como a fase da chamada, se já

Deste modo, para a análise de 1 ci seqüêncla de etapas (instruções) houve atendimento, etc. O ADB é

fra não há necessidade de nenhum logicamente encadeadas. proporcional ao número de junto-

relé de análise, o circuito conten­ res, e ó dimensionado de forma se­

do a cifra é levado diretamente aos melhante, pois ficam ocupados

circuitos de controle. Para a Por exemplo: durante a discagem, durante todo o tempo de duração

análise de 2 cifras necessitamos ou melhor,durante a contagem dos da chamada. O outro bloco princi­

de 10 relés de 10 pares de contatos pulsos de disco, assim que é de­ pal é o registrador de chamadas

cada; para a análise de 3 cifras tectada uma variação do foop do (CR), que armazena os dados rela­

mais 100 relés, etc. assinante, o programa correspon­ tivos ao encaminhamento da cha­

dente é chamado para que seja fei­ mada, como as cifras discadas, re­

A interconexão (ou programação) ta a contagem. Entretanto, a sultado Intermediário da análise,

dessas árvores de relés é feita em próxima variação do pulso virá etc. Seu dimensionamento é seme­

blocos de terminais (usualmente apenas 50 ms após, o que equivale lhante ao dos registradores das

destacáveis) onde são feitas as a mais de 25.000 instruções do pro­ centrais convencionais, pois

pontes (straps), interligando os ter­ cessador, e o próximo pulso, mais também ficam ocupados durante

minais. 50 ms. Portanto, após a contagem todo o encaminhamento de uma

do pulso, o programa “entrega o chamada.

Como os sistemas convencionais controle” a outro programa, que

a inteligência (ou controle) dos cir­ processará uma outra chamada. As tabelas de análise e os blocos

cuitos está dividida entre diversos Cada chamada ocupa o processa­ de dados de saída são ótimos

órgãos, sendo que cada órgão é dor de cada vez durante uma cen­ exemplos de dados descritivos e

multiplicado diversas vezes de mo­ tena de instruções (o que equivale serão tratados a seguir.

do a atender as necessidades de a uns 0,2 ms), antes de “entregar o

tráfego, tem-se que estas árvores controle”. 4.2. Análise numa central CPA

de relés devem ser colocadas nos

diversos órgãos que têm a função Após o programa ter “entregue o A análise é feita a partir do mo­

de análise, como os blocos de re­ controle”, quando um novo evento mento que se reconhece o fim de

gistradores e receptores de código referente àquela chamada solicitar uma série de pulsos decádicos ou

de cada estágio seletor, exigindo o mesmo programa (ou um outro, a recepção de um sinal MFC. O va­

com isto verdadeiras linhas de dependendo do evento), existe a lor é levado a uma tabela que dará

montagem no local da central tele­ necessidade de se conhecer o um resultado intermediário ou fi­

fônica, que além de modificarem “histórico” da chamada, isto é, em nal. Como não poderia deixar de

os blocos de programação, que fase está a chamada, quantos ser, a análise das cifras é extrema­

defrontam-se com eventuais modi­ pulsos já foram contados, quais as mente semelhante, em princípio,

ficações na graduação. cifras já recebidas, etc. Para isto, com a feita numa central conven­

uma certa área da memória é re­ cional, com a diferença de ser feita

4. Centrais CPA servada para “anotação” de dados inteiramente em software, o que

temporários, ou seja, em blocos, significa que o conteúdo das tabe­

Nas centrais PRX todas as fun­ nos quais os programas possam las e dos blocos pode ser facil­

ções de controle são executadas anotar o que foi feito, de modo que mente alterável com a utilização

em um único órgão, o processador outros programas que tenham de rotinas especiais, e que a área