Page 69 - Telebrasil - Maio/Junho 1978

trial Luis Carlos Bahiana, da Siemens, e dire­
tor do grupo setorial de telecomunicações da
entidade.
Segundo Quandt "todo o problema decorre
da fixação de tarifas para as empresas do
grupo Telebrás abaixo do teto pretendido".
Isto estaria causando uma defasagem nas
programações das empresas, prejudicando os
novos investimentos. No momento, o Minis­
tério aguarda os relatórios de cada uma des­
tas empresas para estudar as necessidades de
compra de novos equipamentos. Feito isso,
serão iniciadas gestões junto ao Ministério da
Fazenda, visando a contratação de emprésti­
mos junto a instituições de crédito para aten­
der as necessidades apresentadas.
Jorna! de Brasília — 15.04.78
• Sefor e/etro-e/etrônico pede soluções
ao governo —Para a maioria dos empresá­
rios que participaram da 8? Feira da Indústria
Betro-Eletrônica, encerrada neste domingo
no Parque do Anhembi, as soluções para dois
de seus problemas básicos — a falta de pedi­
dos em carteira e a elevada participação es­
trangeira no setor, dificultando a formação de
uma tecnologia própria — dependem muito
mais da interferência do Governo, do que da
ação dos próprios empresários.
0 Globo - 16.04.78
• Envelope da ECT pode ter teJefone —
0 presidente da Empresa Brasileira de Cor­
reios e Telégrafos, Sr. Adwaldo Cardoso Bot-
to de Barros, informou ontem que a ECT não
proíbe a colocação do número doe telefones
de empresas comerciais nos envelopes que
serão padronizados a partir de maio, de acor­
do com normas da A8NT.
• %
Esclareceu que a érea superior esquerda dos
envelopes é reservada e livre para a impressão
de dizeres do interesse do remetente. Os
dados fora desse locai é que estão proibidos.
JornaI do Brasil — 18.04.78
• N a c i o n a i s p r o p õ e m f a z e r
— Três empresas nacionais do setor de tele­
comunicações — a Embracom E/etrõnicaS/A,
a IGB-Control Telecomunicações S/A e a Ele-
bra S/A — propuseram, em ofício encami­
nhado ao ministro Eucfides Quandt de Olivei­
ra, sua participação na empresa a ser consti­
tuída para a industrialização de centrais CP A
Icontroladas por programa armazenado). No
documento, os industriais afirmam que, "par­
ticipando desse empreendimento, não só es­
taria sendo assegurado um controle nacional,
mas também uma efetiva transferência de
tecnologia pafa o País, além da nacionaliza­
ção dos equipamentos através da subcontra­
tação de fornecedores nacionais de compo­
nentes".
A Standard Eletric, a Ericsson e a Nec foram
as três multinacionais — detentoras da tecno­
logia — pré-qualificadas pelo governo. A
Standard se apresentou associada d Móveis
Bergamo, a Nec constituiu uma empresa as­
sociando-se à Cia. Docas de Santos e a Erics­
son ainda procura um parceiro, por meio de
gestões junto ao Brasitinvest. O Ministério das
Comunicações deverá optar por uma das três
empresas multinacionais no fina! do próximo
mês.
A única restrição à participação de empresas
brasileiras do setor seria a sua pequena capa­
cidade de investimentos, para empreendi­
mento de tão grande porte.
Contra esta restrição, os industriais alegam
que o mercado de CP A constitui um potencial
de negócio que permite, se assegurado, a
possibilidade de captar substanciais recursos
de terceiros para a capitalização das empre­
sas brasileiras do setor. 0 fortalecimento das
empresas brasileiras do setor poderia,-segun­
do eles, ser feito através dos mecanismos go­
vernamentais criados exatamente com esta
finalidade.
0 Estado de São Paulo — 18.04.78
• O Ministro de Planejamento Sr. Reis
Velioso, explicou ontem que o baixo índice
de encomendas das empresas estatais junto
ao setor privado, em especial â indústria de
bens de capital, neste início de ano, é conse­
quência das dificuldades do fluxo de caixa de
algumas empresas governamentais.
0 corte dos investimentos na érea da Tele­
brás, anunciado semana passada pelo Minis­
tro das Comunicações, não foi comentado
pelo Ministro Reis Velioso, que explicou ape­
nas que o limite fixado pelo Presidente da
República, no caso, foi de Cr$ 27 bilhões 300
milhões, aumento de 37% em comparação
com 77.
Jorna! do Brasil — 18.04.78
• T e / o r f d e s l o c a e q u i p e s d e t é c n i c o s p a r a
i n t e n s i f i c a r r e p a r o e m t e l e f o n e s m u d o s —
Onze equipes em serviços de reparo de tele­
fones mudos, somente no período de 15h e
15h30m de ontem, nas ruas do Riachuelo,
Lapa, Catete, Marquês de Abrantes e Praia do
Flamengo, refletem a intensificação dos tra­
balhos de manutenção da Te/erj, que provo­
cou até o deslocamento de equipes de ins­
talação de novos aparelhos, segundo um en­
genheiro da empresa.
Jornal do Brasil — 21.04.78
c e n t r a i s C P A _ • Telebrás tem promessa para cobrir défi­
cit — O déficit de Cr$ 1 bilhão 500 milhões
no orçamento do Grupo Telebrás será coberto
"recorrendo-se até mesmo a empréstimo ex­
terno, se necessário", prometeu ontem ao Mi­
nistro das Comunicações, Quandt de Oliveira,
o Ministro da Fazenda, Mário Henrique Si-
monsen. O déficit foi conseqüência da previ­
são de uma majoração tarifária de 25%, quan­
do o aumento autorizado não passou dos
-15%.
Segundo o Sr. Quandt de Oliveira — que in­
formou sobre a decisão do Ministério da Fa­
zenda — a não solução do problema poderá
levar as companhias telefônicas a novos cor­
tes nas encomendas às empresas do setor,
agravando mais ainda a capacidade ociosa
que já atinge 50%.
• • • I
Jornal do Brasil — 25.04.78
I n f o r m á t i c a
C o b r a e D i g i b r á s
+ A D i g i b r á s , v a i p a r t l c t p a r minoritária men­
te e com um representante nos Consejhos de
Administração da Labo Eletrônica (SP), Edisa
(RS) e da Sharp. Foram as empresas vence­
doras da concorrência para a fabricação de
minicomputadores no país.
Jornal do Brasil — 04.04.78
• A Digibrás formalizou sua participação
no capital da SID — Sistemas de Informá­
tica Distribuída S.A. A composição acionária
da empresa, que utilizará tecnologia da Loga-
bax, será distribuída, em ações ordinárias, da
seguinte forma: Sharp S.A. Equipamentos
Eletrônicos 51%; Inepar S.A. Indústria e
Construções 13%; Dataserv Processamento
de Dados Ltda, 26%; Digibrás 10%.
JornaI do Commércio — 11.04.78
F a b r i c a n t e s
• O Governo está empenhando em pro­
duzir. no Brasil, equipamento para compu­
tadores. Podemos informar que já há nego­
ciações com os seguintes grupos privados:
ELEBRA — Projeto em vias de ser aprovado
pelo Conselho Plenário da CAPRE. Produzirá
impressoras seriais e terminais impressores
com tecnologia da Hisita/ia (subsidiária da
Honeywell). Interessada, também, em produ­
zir unidades de disco flexível.
Grupo Bradesco/Eber/e — Interessada em fa­
bricar impressoras de Unha e, possivelmente,
unidades de disco flexível. Cia. Docas de
Santos — Interessado em fabricar unidades
de disco magnético e unidades de disco fle­
xível.
JornaI do Commércio — 23.03.78
• Siemens assocla-se à AMD —_ A Sie­
mens A.G. e Advanced Micro Devices, de
Sunnyvale, na Califórnia (EUA), acabam de
fundar duas empresas, depois de um longo
período de trabalho em conjunto. A "Advan­
ced Micro Computers" funcionará em Sun­
nyvale e a "Ame Advanced Micro Computer
GmBH" será instalada em Munique, Alema­
nha Federal.
As duas novas empresas, das quais a Sie­
mens participa com 60% das ações e a AMD
com 40%, iniciam suas atividades no setor de
microcomputadores com sistemas, subsiste­
mas, sistemas de desenvolvimento e "sof­
tware".
V 9 / * •
Gazeta MercantH — 24.03.78
# T r a n s i t v a i p r o d u z i r c i r c u i t o s i n t e g r a ­
d o s n o i n t e r i o r d e M i n a s — Em 1 9 7 2 , o s
primeiros transistores e protótipos de circui­
tos integrados de tecnologia brasileira foram
desenvolvidos pelo Laboratório de Microele-
' » • • 0 . ,
trônica da Escola Politécnica da Universidade
de São Paulo (LME da USP), que contou
com financiamento do BNDE.
A Transit teve que buscar engenheiros de
vários países (como India, Alemanha, Estados
Unidos, entre outros) para garantir à empreàa
o seu atual status de dispor de tecnologia pró­
pria para a produção de pastilhas (chips) de
semicondutores em escala industrial.