Page 11 - Telebrasil - Maio/Junho 1978
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C e n t r a i s t r a n s p o r t á v e i s
p a r a á r e a s r u r a i s
A. M. FERRARI
Diplomado em Engenharia Elétrica e M e
cânica pela Escola Federal de Engenharia
de Itajubá (1956). Chefe de treinamento
na Ericsson do Brasil até 1969. Gerente do
Dept? Técnico do 1970 a 1974 e Superin
tendente da Subdivisão Técnica da Erics
son desde 1975.
Resumo
A implantação de centrais de pequena capacidade nas áreas rurais re ções têm, frequentemente, de implan
quer um alto investimento por terminal. Grande economia poderá ser ob tar em prazo curto centrais comutado
tida na parte comutadora pela padronização de entroncamento, permi ras nos casos de calamidade pública,
tindo a produção em sórie de centrais já montadas e testadas total ampliações de emergência ou quando
mente de fábrica. O autor aborda a definição de um Container fabricado a empresa decide, dentro de seu pla
em estrutura de aço para abrigo e transporte de centrais como meio para nejamento normal, implantar uma cen
evitar a construção de pródios convencionais e obter flexibilidade no tral para atendimento temporário, en
translado das centrais. quanto a demanda não justificar uma
instalação definitiva de maior porte.
1. Introdução de complexidade, porém de acesso Este é o caso normal das áreas rurais
mais difícil, consumindo muito tempo ou periféricas dos grandes centros.
As empresas operadoras de serviços para deslocamento. O investimento na Consegue-se deste modo postergar
telefônicos quando se lançam à auto construção é de valor baixo, tornando grandes investimentos em prédios
matização das áreas rurais, enfrentam não só problemática a fiscalização mas convencionais, sem retardar a integra
o encargo administrativo e econômico também consumindo esta substancial ção dessas regiões ao sistema telefô
de fiscalizar o andamento das obras parte do preço final da construção. nico.
civis de construção de pequenos pré - •
dios para abrigar os equipamentos. Se por um lado a implantação das cen A pequena área necessária, a redução
Embora o desafio de acompanhar as trais rurais pode apresentar esta difi — e se possível — a eliminação dos
construções nas cidades grandes e culdade — perfeitamente removível — custos de fiscalização, lay-out padro
médias seja também enorme ele conta tem como fatores positivos o seu vo nizado e mobilidade, casam-se perfei
com a vantagem da proximidade dos lume reduzido e configuração mais ou tamente ao uso de "container" para
órgãos, fiscalizadores e com a possibi menos padronizada (1). Isto resulta na abrigar centrais comutadoras. O "con
lidade da concessionária contratar em necessidade de área reduzida, normal tainer" e o equipamento constituem
presa especializada na fiscalização,* li mente abaixo de 50 m2, e possibilidade uma unidade transportável que dispen
berando seus engenheiros para acom de padronização completa do lay-out sa ainda as formalidades municipais
panhamento das fases de instalação do equipamento para toda a faixa de para prédios convencionais. Pode ser
de equipamentos. A complexidade e o capacidades, permitindo o emprego de depositada em um terreno alugado evi
valor do investimento nos prédios nes prédios pré-fabricados (figuras 1 e 2). tando também a despesa com sua
sas cidades é também de tal monta r , . ^ aquisição. O "container" vem com to
que compensa essas despesas de fis 2. Flexibilidade na Instalação do o equipamento instalado e testado
calização. de fábrica, permitindo colocar a cen
Um outro aspecto da questão que re tral em operação tão logo os cabos da
As condições nos meios rurais são di comenda o uso de prédios pré-fabrica rede externa sejam coneGtados aos
ferentes: pequenos prédios, sem gran dos é a necessidade que as administra- blocos do distribuidor geral (DG).