Page 76 - Telebrasil - Julho/Agosto 1978

peito. Ê im portante que se inicie o desen­ • “ O Globo” : O que não nos diz que daqui
volvimento de tecnologia. Isso deve co­ a cinco anos não apareça um m inicom puta­
m eçar hoje. para não amargarmos o futu­ dor dez vezes mais sofisticado e dez vezes
ro ” . (Jorna! do Brasil — 26-05-76) mais barato?
• Declara Ricardo Saur (CAPRE):“ Acho que Mário Ripper (SERPRO): "O problema con­
teremos, daqui a pouco, uma nova batalha siste em encarar de frente a produção dos
de conscientização, que vai ser interessan­ componentes, pois daqui a cinco anos os
te: é o campo relativo aos microprocessa­ componentes certamente serão diferentes
dores, que nada mais são do que o encon­ dos que integram as máquinas atuais. Uma
tro dos componentes da microeletrônica das formas de possibilitar isso é encarar
com os com putadores em si. Que é um mi­ essa meta, atingindo, daqui a cinco anos,
crocom putador, numa análise bem sim plis­ capacidade de produção local com tecnolo­
ta? E o encontro de uma fábrica de mini­ gia avançada.” . (O Globo — 26-05-78)
com putador com a Transit." (O Globo — 26-
05-78)
• P ro l. C e rq u e ira L e ite (U N IC A M P ): “ esta­
mos montando uma indústria de computa­
9 Já C a rlo s R o d rig u e s d iz que "a posição
dores e seremos obrigados a im portar até o
da Cobra é não adotar uma atitude verticali-
mais simples componente. Certamente es­
zante, salvo quando é absolutamente ne­
ta situação pode ser tolerada transitoria­
cessário. Isso significa, quando não houver
mente, mas não se cogitou sequer de um
fornecedores credenciados em qualidade e
em custo, que é m uito im portante o binô­ estorço nas tecnologias de componentes,
de magnitude necessária para sustentar o
mio, aí então pretenderíamos trabalhar de
empreendimento. ”
maneira integrada, dentro de casa”.
“ Um plano nacional de desenvolvimento
Esta verticalizaçâo seria a fabricação de
não pode ignorar tecnologias de base como
com ponentes? “ Sim. Na realidade, seria
as tecnologias de materiais.”
tentar fabricar tudo aquilo que for possível,
de uma maneira complementar, estimulan­
do o aparecimento de instalações subsi­ • Citando Richard Lyons, The New York Ti­
diárias ou coligadas à Cobra e às outras mes: "Especialistas estão preocupados
empresas, na medida em que amplia a base porque a falta crescente de apoio para o ti­
operacional das organizações”. (O Globo po de pesquisa inovadora, que permitiu pro­
— 26-05-78) dutos altamente tecnológicos como com­
Amapá, CapItão-de-Mar-e-Guerra Arthur
Azevedo Henning e do Secretário Geral
do Ministério das Comunicações, Eng?
Inauguração da Rômulo Villar Furtado. Em discurso, Ha-
roldo Corrêa de Mattos, Presidente da
Embratel, ressaltou que os Sistemas de
Estação Terrena Comunicações, "eternos condicionado­
res do progresso social e econômico
de M acapá das Nações modernas, quando eficazes,
funcionam em indissolúvel intimidade
com os interesses do usuário, cuja de­
A Estação Terrena de Comunicações via
manda há de determinar sempre maior
satélite da cidade de Macapá, inaugura­
ou menor aceleração na implantação de
da a 30 de maio de 1978, está equipada
com uma antena parabólica de 10 me­ novos sistemas ou na expansão dos já
tros de diâmetro — a primeira de fabri­ existentes. Talvez por isto envaideça-
nos afirmar que — não obstante as d ifi­
cação nacional — e opera via satélite
INTELSAT IV em conexão direta com a culdades que vez por outra impõem jus­
estação terrena de Tanguá, no Estado tificáveis -recessões numa ou noutra
do Rio de Janeiro, permitindo ao ter­ área do desenvolvimento nacional — a
ritório do Amapá recepção de progra­ EMBRATEL vem cumprindo seus crono-
gramas de trabalho com incansável exa­
mas de televisão.
tidão e pode orgulhar-se de — só no go­
O Subdístnto de Operações de Macapá verno do eminente Presidente Gelsel —
foi instalado em março de 1972 com a fi­ ter triplicado as facilidades.postas à dis­
nalidade de operar a estação repetido posição do usuário até 1974, quando já
ra no tronco de microondas por tropodí- tinha 19 anos de intensa e laboriosa ati­
fusão que interliga Belém a Manaus. vidade.”
O tronco Belém — Manaus foi instalado Ressaltou que "na histórica cidade de
com a capacidade inicial de 120 canais Macapá, ora se integrando ao Sistema
telefônicos, ampliada para 180 canais de Comunicações Via Satélite INTEL-
em 1977. mas restrita quanto à recepção SAT, erigimos uma antena parabólica, a
de sinais de televisão, dai a necessidade primeira que se fabrica no páis para
de urna estação terrena. atender a este tipo de emprego.”
A solenidade de inauguração teve lugar "Produto do esforço
no Palácio Setentríáo em Macapá, con Indústria Aeroespecial S.A., que ora in-
tando com a presença do Governador do cursiona num setor sempre avaro da par-
putadores, Irá quase inevitavelmente tornar
os Estados Unidos menos competitivos nos
mercados mundiais.”
Esta terrível conclusão é compartilhada pe
los assessores presidenciais, parlamenta­
res e economistas que estudaram as ten­
dências de pesquisa e desenvoWimento no
país. (Jornal do Brasil — 02-06-78)
• A p a rc e la d o p a g a m e n to correspondente
a R o y a ltie s , aparentemente, é a de maior
peso no valor da transferência de teconoh-
gia. Em princípio, os termos do acordo fixa­
do pela própria Capre e aceito pelas empre­
sas envolvidas no modelo, estebelece que.
no final de cinco anos, não haverá reno­
vação do contrato.
O pagamento dos royalties dá direito à em­
presa brasileira contratante de explorar co­
mercialmente o produto final, utilizando, in­
clusive, uma marca nacional A título de
exemplo, Ivan Marques (DIGIBRAS) disse
que apesar de produzir com tecnologia e
componentes da Logabax os minicomputa­
dores levarão a marca SI D (grupo de empre­
sas liderado pela Sharp). (O Globo — 22-0&
78).
¥
ticipaçáo nativa, esta antena represen­
ta ao mesmo tempo uma resultante da
inteligente atuação que o FINEP vem de­
senvolvendo com vistas à consolidação
das empresas genuinamente nacio­
nais ”
“ Também ocorre, nos bastidores deste
evento, a ação diligente de nossa “ hol­
ding” , a TELEBRAS, desenvolvendo, em
plena consonância com o Ministério das
Comunicações, uma salutar política de
incremento ao emprego de equipamen­
tos .de fabricação nacional na implan­
tação dos diferentes projetos em curso
nas empresas que constituem a sua vas­
ta família.”
"Acreditamos que o estimuio que nosso
Setor imprime à produção de equipa­
mentos de fabricação nacional, há de
subordinar-se sempre a uma ação vigi­
lante. onde o controle dos prováveis en­
gajamentos nunca permita seja criado o
fantasma indesejável da produção ocio­
sa, sem absorção pelo mercado.”
Concluindo, ressaltou que: "defende­
mos tal ponto de vista por julgarmos
que, nas indústrias nascentes ou que ve
nham a introduzir equipamentos de nos­
so interesse especifico em suas linhas
dè produção, há que se garantir um flu­
# xo normal no encaixe destes produtos,
que assegure a justa retribuição ao in­
da Avibras- vestimento efetuado pelo empresário,
que jamais gostaríamos de ver entregue
ao vendaval das incertezas.”