Page 71 - Telebrasil - Julho/Agosto 1978

• O ministro das Comunicações confirmou
T elecom unicações
Recursos para o Setor
• O ministro das Comunicações deverá
contratar um empréstimo interno ou exter­
no de 1,5 bilhão de cruzeiros para comple­
tar o orçamento deste ano do grupo Te­
lebrás, fixado em 12 bilhões de cruzeiros.
Ontem, o m inistro Euclides Quandt de Oli­
veira discutiu este assunto com o ministro
da Fazenda, Mário Henrique Simonsen, e
disse, após o encontro, achar que nào “ ha­
verá problema” para o Governo autorizar a
contratação do empréstimo. (Jornal da Tar­
de — 25-04-78)
• Simonsen garante recursos para orçamen­
to da Telebrás — O M inistro da Fazenda,
Mário Henrique Simonsen, prometeu ontem
ao Ministro das Comunicações, Euclides
Quandt de Oliveira, “ dar um je ito ” para ar­
ranjar recursos da ordem de Cr$ 1,5 bilhão a
fim de completar o orçamento do grupo Te­
lebrás, deste ano.
0 desempenho satisfatório da empresa, se­
gundo Quandt de Oliveira, previa investi­
mentos de C rt 42 bilhões, mas como as tari­
fas dos serviços de telecomunicações fo­
ram reajustadas em apenas 15 por cento,
quando o esperado era de 25 por cento, o
orçamento ficou defasado. (O Globo — 25-
04-78)
• Abinee prevê desemprego em telecomu­
nicação — Costa Santos explicou que o Go­
verno vem reduzindo em ritm o acelerado o
volume de encomendas ao setor, e a maio­
ria das indústrias já está operando com me­
nos da metade de sua capacidade de pro­
dução, e despedindo cada vez maior núme­
ro de operários e funcionários adm inistrati­
vos. Informou que o setor já dem itiu seis
mil trabalhadores especializados, no ano
passado. O setor de telecomunicações em­
prega 40 mil pessoas. (O Globo — 27-04-78)
• “ O m e rc a d o d e te le c o m u n ic a ç ã o é e x tre -
m a n e n te n e g ro d o p o n to -d e -v is ta
c a n te s. Está operando com uma capacida­
de ociosa dé 50%. De um investim ento glo­
bal de Cr$ 42 bilhões, previsto para 1978, o
valor efetivo das encomendas não ultrapas­
sará de C rt 1 bilhão e nenhuma empresa re­
ceberá qualquer pedido antes do mês de
novembro”.
As afirmações foram feitas pelo presidente
da Elebra, Sr Seilly Heuman, no Painel so­
bre mercado de telecom unicação realizado
ontem no Clube de Engenharia. Segundo o
empresário, “ o tripé (empresa estatal, em­
presa privada nacional e empresa M ultina­
cional) ficou desequilibrado, pois as com­
pras são feitas apenas pelo Estado (100%),
enquanto as m ultinacionais detêm 96% da
oferta de equipam entos”.
para a constituição dé uma nova empresa,
informação do presidente da ELEBRA, Seil­
ly Heuman, de que os fabricantes estão
operando com uma capacidade ociosa de
50 por cento, mas negou a previsão de uma
queda no volume de encomenda de equipa­
mentos este ano, uma vez que os contatos
para a realização de pedidos estão sendo
mantidos. O ministro não atribui as dificul­
dades atualmente enfrentadas pelas fábri­
cas à queda do volume de encomendas (is­
to estava previsto desde o ano passado),
mas sim à demora da concretização dos pe­
didos, em face do tempo exigido para as
empresas estatais adquirentes concluírem
seus projetos.
Segundo o ministro das Comunicações, as
queixas da Associação Brasileira da
Indústria Eletro-Eletrònica (ABINEE) quanto
aos critérios de realização de concorrên­
cias para a aquisição de equipamentos,
não se aplicam às telecomunicações.
(Diário Popular — 29-04-78)
w
• O M in is tro d as C o m u n ica çõ es, E uclides
Q u a n d t d e O liveira, d e s m e n tiu
havido cortes nas verbas de seu ministério,
admitindo, porém, que com a limitação dos
investimentos em C rt 3,2 bilhões, que ele
considera pouco, o nível de ociosidade das
empresas que operam no setor de teleco­
municações deverá ser, este ano, ligeira­
mente inferiors 50por cento.
— Pelo contrário, acredito que as indús­
trias ficaram até um pouco desafogadas
porque as encomendas deste ano serão
maiores do que as do ano passado. O ano
de 77 foi muito difícil, e não direi que já su­
peramos essas dificuldades. Contudo, pos­
so garantir que 78 será melhor. (O Globo —
01-05-78)
• Quandt anuncia novos recursos para a
Telerj — O Ministério autorizou a Telerj a
aumentar em Cr$ 355 milhões e a Cetel em
Cr$ 70 milhões os orçamentos do próximo
ano para melhoria dos serviços telefônicos
no Rio, com os recursos sendo usados ape­
nas no serviço de manutenção da rede.
d o s fa b ri­
O ministro atribuiu às “ agressões ao meio
ambiente” , como as grandes obras realiza­
das, os problemas com os telefones do Rio.
Quandt de Oliveira citou o caso do acidente
no Catete. “ Enquanto foram emendados
dois ou três fios do sistema elétrico, a Te­
lerj teve que fazer emendas em 30 ou 40 mil
pares de cabos da rede telefônica. É preci­
so compreensão, pois o serviço de telefo­
nes é muito complexo.” (O Globo — 13-05-
78)
CPA’S em FOCO
• N E C -D o c a s fo rm a m e m p re s a
— A NEC (Nippon Electric Co.) e o Grupo
Docas de Santos chegaram a acordo final
còm o controle de capitais privados brasi­
leiros, para a produção de centrais telefôni­
cas do tipo CPA (controladas por programa
armazenado). (O Estado de São Paulo — 02-
05- 78)
• Telebrás escolhe quem fará novas cen­
trais telefônicas — A Telebrás selecionou
as multinacionais Ericsson (sueca), ITT
(norte-americana) e NEC (japonesa) para a
fase final do processo de escolha da empre­
sa que, associada a capital nacional, será
responsável pela introdução no Brasil de
tecnologia para a fabricação de centrais te­
lefônicas controladas por programa arma­
zenado (CPA), as quais dispensam telefo­
nistas para operar. A Siemens (alemã), a
Phillips (holandesa) e a GTE (norte-
americana) foram afastadas da disputa.
O presidente de Telebrás, General José An­
tônio de Alencastro e Silva, garantiu que as
très empresas selecionadas foram as que
melhor atenderam às exigências do edital.
(Jornal do Brasil — 15-05-78)
que tivesse
• Quandt anuncia novo sistema — Até
1981, estarão instaladas em São Paulo as
primeiras 50 linhas telefônicas pelo siste­
ma CPA (Central de Programação Armaze­
nada). A informação é do ministro Euclides
Quandt de Oliveira, das Comunicações, que
disse, ainda, ter determinado que a Te­
lebrás conclua, num prazo de 30 dias, os re­
quisitos de adequação para a implantação
do sistema por parte das firmas vencedoras
da concorrência pública realizada pelo Mi­
nistério.
Nesta primeira etapa de implantação do
sistema CPA, a LM Ericsson, associada à
Atlântica Companhia Nacional de Seguros,
terá a prioridade para constituir a nova em­
presa. Em caso de não adequação aos re­
quisitos da Telebrás, a beneficiada será a
segunda colocada ha concorrência, que é a
Internacional Standard Electric Corpora­
tion — ISEC —, que se associará, para tan­
to, à grupos nacionais. (O Estado de São
Paulo — 03-06-78)
• A concorrência vencida pela Ericsson
compreende o fornecimento de centrais te­
lefônicas do tipo CPA para o governo, por
um período ilimitado. A primeira encomen­
da consta de 50 mil terminais para a Telesp
— Telecomunicações de São Paulo S/A.
(Folha de São Paulo — 06-06-78)
• A E ricsso n d o B rasil C o m ércio e In d ú s ­
tria S.A . co n firm o u ontem, através de nota
oficial enviada à Bolsa de Valores do Rio de
Janeiro, a transferência de seu controle
acionário para o grupo Atlântica-Boavista
de Seguros.
:
e le trô n ic a A nota esclarece que a operação deverá
ocorrer através da criação de uma empresa
holding, da qual o grupo nacional será o