Page 65 - Telebrasil - Março/Abril 1977
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Nota 7:
Fp2p 1
Estimativa de reajustes
26 Devido ao compçrtamento não deter-
qk minístico dos índices Econômicos
Nacionais e das taxas de câmbio
(1 + 0.01)k
podemos construir, ao invés de uma
k = 0
única estimativa, uma função den
0 +— 11 24 sidade de probabilidade destes índi-
24 ces/taxas de câmbio. No entanto,
1.01
1.01 ^ ' 1.0112 +
devido não ser este o objeto principal
q0 , q14 . q 16 Q21 924 926
------- + ---------- + ---------- +----------- +------------ h---- --- deste trabalho, adotamos:
1.01 0 1-0114 1.0116 1.0121 1.01 24 1.01 26
« 1 4 = 0 ,2 6 8 4 8 0
R 1 6 = 0 ,3 0 5 6 2 8
0.50 0.25 0.25
+ + R 21 = 0 ,4 0 1 8 7 6
1.0000000 1.1268250 1.2697346
0.10 + 0.10 0.10 + 0.10 0.50 + 0.10 R 2 4 = 0 ,4 5 9 2 8 7
1.0000000 1.1494742 U 725786 1.2323919 1.2697346 1.2952563 R 2 6 = 0 ,4 9 8 1 2 4 •
0.50 + 0.22186230 + 0,19689153
0.10 + 0.086996298 + 0.085282129 + 0.081143019 + 0.39378307 + 0.077204797
= 0.91875383
= 1.1144389
0.82440931
Com a palavra a indústria nacional o mesmo processo, mas se distinguem por ser
passiva e outra ativa, por parte de quem
recebe.
Nacionalizar equipamentos muito pouco
Vem sendo amplamente debatido nas áreas sadores talvez sejam o exemplo mais notado,
governamentais e empresariais o problema de e que terão enorme impacto nos próximos 5 representa em termos de desenvolvimento
desenvolvimento tecnológico do setor de anos. tecnológico, se não se dispuser de uma indús
eletrônica profissional. tria de base. Se repararmos atentamente, a
O Brasil ê totalmente carente de uma indústria maioria das nacionalizações existentes re-
0 quadro se compõe de duas partes bastantes de componentes que suporte qualquer desen ferem-se à mão-de-obra semi-especializada,
distintas e o que ê muito importante, não con volvimento tecnológico nacional, e embora mão-de-obra de montagem e partes não
flitantes. De um lado se colocam as empresas reconheçamos ser de difícil solução devido à eletrônicas. As partes críticas, geralmente
realmente nacionais, em sua quase totalidade economia de escala que tem que estar pre componentes, incluem-se sempre na lista dos
de pequeno porte e participando apenas de sente neste tipo de indústria, o problema itens importados. Podemos conseguir índices
cerca de 1% do mercado. De outro lado as precisa ser resolvido se algo de positivo se muito bons de nacionalização, mas prati
multinacionais representando praticamente deseja ser feito. A carência quantitativa por camente nada se transferiu de tecnologia ou
todo o setor. sua vez entrava as saudáveis linhas de produ know-how.
ção, sem dependências de importação, além
Sob o aspecto de tecnologia, enquanto as de produzir enormes problemas de planeja Evidentemente nacionalizar é válido, melhor
empresas nacionais debatem-se em grandes mento. que uma importação simples, mas ele não
dificuldades no seu desenvolvimento, as mul deve ser encarado como solução para que
tinacionais apoiam-se em suas irmães no ex O mercado ê um ciclo fechado que tem que fiquemos eternamente dependentes.
terior, que distribuem os frutos de suas pes ser quebrado. Isto porque desenvolvimentos *
quisas e do importante fator da massificação nesta área exigem investimentos muito altos Outro detalhe que precisa ser cuidado è o de
de mercado em termos mundiais, o que dilue em pessoal e equipamentos, investimentos se dar prioridade ao que atenda aos nossos
em muito os custos de seus desenvolvimen que têm que ser absorvidos a curto/mêdio interesses atuais e não tentar nos colocar na
tos. prazo devido à rápida obsolêscência da tec vanguarda da' tecnologia, sempre apenas
como usuários passivos, ou aceitar somente o
nologia empregada comparativamente com
Hoje em dia o Brasil tem condições em recur que nos oferecem. Popularmente não adianta
sos humanos de ocupar um lugar de maior outros lõmos de atividade, e o reduzido e tentar dar um passo maior que as pernas.
destaque no campo da eletrônica profissional. dividido mercado disponível quase sempre in
Entretanto dois fatores fundamentais inter viabiliza no preço qualquer iniciativa. Neste Finalmente, o governo e suas companhias
ferem freando esta nossa capacidade: indús particular, o que precisa ficar claro ê que o precisam acreditar na indústria nacional e
tria de componentes e mercado. governo corresponde a praticamente 100% compreender todas estas dificuldades que
deste mercado. passamos, incentivando-a, o que já vem sen
A indústria de componentes, infra-estrutura do feito e precisa ter continuidade.
lógica do setor, ê o nosso "calcanhar de Assim sendo, políticas de deteção e divisão
Aquiles". Sua quase inexistência em termos do mercado têm que ser feitas pelos órgãos No caso da Microlab, que há 12 anos vem
quantitativos e qualitativos impede um ímpeto governamentais envolvidos, e realmente al fazendo desenvolvimento de vanguarda prin
maior em nosso potencial. A principal razão é gumas tentativas já foram realizadas. Não cipalmente para as Forças Armadas, sem
que a eletrônica profissional torna-se cada vez queremos com isso defender idéias pater nenhum auxílio tecnológico externo, e que
mais dependente de componentes, e o que nalistas, mas esta é a única maneira do lado agora utilizando seu amplo know-how ad
deixa mais flagrante esta dependência ê a in nacional do setor crescer economicamente. quirido começa também a atuar sobre pe
filtração da eletrônica digital em todos os quenos produtos em linhas seriadas e tam
setores. Um outro aspecto que consideramos bastante bém licencia-se para nacionalização de
discutível, pelo menos na área que estamos equipamentos estrangeiros, todos os proble
Tecnologia em eletrônica ê muito mais tec tratando, é o termo transferência de tecno mas mencionados acima foram e são sen?
nologia de componentes do que de equi logia. Acreditamos que ela não seja trans tidos, mas acreditamos que uma generali
pamentos ou engenharia. Os microproces ferida e sim absorvida o que aparentemente è zação não estaria longe da verdade.