Page 77 - Telebrasil - Julho/Agosto 1977
P. 77
Julho/AQOStO 7 / 7 5
o q u e d i z a i m p r e n s a
t o u c a v e r b a 0 o b r a s l e n t a s a d i a m Brasil e Nigéria debatem T e i e b r á s a n u n c i a o s
t ê t a s d e T e l e c o m u n i c a ç õ e s com unicações b e n e f í c i o s à i n d ú s t r i a
1 fasfá - A redução dos investimentos Brasília — O Ministro das Comunicações, Dentro de 15 dias a Teiebrás anunciará as
| ;„$cos, as restrições às importações, além Euclides Quandt de Oliveira, recebeu ontem medidas que 0 grupo deverá adotar em be
! $ atraso no fornecimento de equipamentos em audiência o Secretário das Comunicações nefício da indústria de telecomunicações, a
ji recomendados às empresas nacionais, da
da Nigéria, Aminu Salleh, que discutiu com
fim de que haja peto menos uma ocupação
I técnicos do Ministério a possibilidade de se mínima nas fábricas, segundo disse o Ministro
vidão com que se fazem obras como o
vtrô e da criação de novas redes nas gran-
aumentar o intercâmbio Brasil-Nigória no
Quandt de Oliveira, das Comunicações. Por
jts adades, são os motivos alegados pelo
setor.
outro lado, daqui a um mês a Te/ebrás já terá
Vtnisféno das Comunicações para o não
Atualmente, já existem cinco empresas definido as encomendas que serão contra
I -jnprtmento das metas previstas no setor de tadas pelo grupo, em 1977 à indústria de
brasileiras trabalhando da Nigéria na ela
I Comunicações. telecomunicações.
boração de projetos, instalação e ampliação
| Üixtos feitos pelo próprio Ministério davam de redes telefônicas Protec, Hidroservice, "Nem todos estão reclamando, e os que
í conto da necessidade de instalar 8 milhões de ETE, Promon e Sobratel. reclamam 0 fazem de maneiras diferentes",
1 mfones, em todo o pais, no período de 1975 disse o Ministro das Comunicações, ao ser in
Hoje, o Sr. Aminu Salleh estará em São
! i 1979. Apesar disso, tudo indica que não dagado a respeito das reivindicações das in
Paulo, onde debaterá com empresários
instalados mais que 600 m il telefones, dústrias produtoras de equipamentos de
paulistas a possibilidade da participação
por ano, até 1980. Desse maneira, o pleno telecomunicações que se queixam dos cortes
brasileira nos projetos de ampliação das
ttwdimento das necessidades internas ficou orçamentários do Governo.
telecomunicações da Nigéria.
lóadopara uma data próxima ao ano de 1985.
"Se as reclamações sào diferentes, não se
São as grandes cidades as que mais se res podo exigir do Governo uma solução geral
stntem do não cumprimento da expansão para o caso dessas indústrias, mas soluções
ikfônica prevista. Elas estão em terceiro B r a s i l e E u r o p a f i r m a m especificas, que requerem estudos", con
ijç», na ordem das prioridades inscritas no a c o r d o e s p a c i a l tinuou o Ministro, acrescentando que a
rysmento da Te/ebrás. Antes vem: DDI, DDD reunião, do CDE, não fo i uma reunião de
-ter estadual e Estadual. Calcula-se, portan decisão.
Brasília - O Governo brasileiro e a Agência
a, só no Rio de Janeiro, um déficit de 200 m il
Espacial Européia assinarão, na próxima
idtfones em 1980. Jorna/ da Bahia
segunda feiro, ás 12h30m, no ttamarati, um
15/05/77
CPA, 0 cérebro acordo para a instalação a utilização de meios
do rastreamento o de telenwdida de satélites
Ai Centrais por Programas Armazenados —
na Barreira do Inferno, Natal, concretizando, a Estatizar, sem investir
CPA - diferem das telefônicas tradicionais
curto prazo, o Projeto Ariana.
w terem um cérebro e uma lógica lo cari O Ministério das Comunicações enfrenta hoje
ados em computadores — hoje nossas cen Em estudos desde 1975, o Projeto Ariana con uma encruzilhada hamletiana, indagando as
m convencionais concentram seus im pul cederá ao Brasil transferência de tecnologia razões de swe própria existência Todo o
»s em conjunto de relês. no setor, além do direito de posse dos equipa dinamismo do passado recente que carac
mentos europeus instalados na Barreira do
A Teiebrás servirá de intermediária entre a terizou a fase de decolagem das telecomu
Inferno.
wpresa estrangeira que fornecerá o Know- nicações no Brasil está acabado. O grande ar
bw e a empresa brasileira que o comprará gumento usado para a solução estatal dos
JornaI do Brasil serviços públicos de telecomunicações foi o
para posterior fabricação e instalação dessas
14/06/77
CPA, semi-eletrônicas: as CPA espaciais. de que "só o governo teria recursos tão gran
des para atender às necessidades de inves
As CPA espaciais, jé em pleno funcionamento timento de um setor que ficara estagnado
em vénos países desenvolvidos, não bastam, Amazônia sem o projeto do satélite durante mais de 20 anos". A Constituição de
porém, para acompanhar o dinamismo das doméstico dará maior importância 1967 consagrou a tese da responsabilidade do
telecomunicações mundiais. Por isso, a idéia ao rédio Estado pelos serviços telefônicos, telegrá
& política brasileira de telecomunicações é ficos, telex, comunicações internacionais e
¦jtiizar a experiência ane a indústria nacional As comunicações via rádio, praticamente serviços postais. Restou apenas a radiodi
w adquirir no projeto e fabricação da CPA desativadas na Amazônia, devem novamente fusão à iniciativa privada.
tapa ciai, para acelerar no Brasil o desenvolvi ganhar importância, na região, agora que o
mento da CPA temporal, totalmente eletrôni Governo abandonou o projeto do satélite Mas o governo não investiu os "recursos fan
ca. com know-how completamente nacional. doméstico. Um reexame da questão — con tásticos" que prometera há 10 anos ao na
Para isso, 0 Ministério das Comunicações siderando as alternativas do rádio e de canais cionalizar a velha CTB, ao criar a Embratel e o
desenvolve junto às Universidades pesquisas de satélite (estes alugados) — já foi deter próprio Ministério das Comunicações. Tudo
com 0 Projeto Siscom, sob a responsabi minado à Telecomunicações Brasileiras que se fez foi financiado diretamente pelo
lidade da Fundação para o Desenvolvimento (Teiebrás) pelo Ministério das Comunicações. usuário, por meio do autofinanciamento
Tecnológico de Engenharia, da Universidade (pagar o telefone 24 meses antes de recebê-
Apesar de não ter um satélite exclusivo, o país lo, em troca de ações desvalorizadas), com o
de Sào Paulo.
já faz comunicações por esta via desde 1974, superavit operacional das tarifas (só então
Tanto quanto outros projetos que dependem quando alugou alguns canais do consórcio ln- reajustadas a níveis realistas) ou com a so-
de recursos internos e não estão inscritos telsat, utilizados desde então para atender bretarifa do FNT (Fundo Nacional de Tele
com prioritários no orçamento da Teiebrás, o Manaus, Cuiabá e Boa Vista, que recebem TV comunicações).
programe das CPA enfrenta dificuldades. diretamente. À Teiebrás caberá, agora, ex
Ainda mais que, depois de julgadas as con plorar estes canais ao máximo, além da alter Agora, com a economia daudicante, des
corrências e iniciados os preparativos para a nativa do rádio, de forma a atender com moronam-se todos os planos das comuni
produção, será o próximo Governo o incum- rapidez outros pólos importantes da Ama cações. Este ano, a indústria — que foi im
bdo de colocá-las em prática. zônia. plantada para servir a um mercado monop-
sônico, ou seja, para fornecer a um único
Jorna! do Brasil comprador — não terá nenhum novo contrato
11/06/77 na área de centrais telefônicas.